11. Porto Seguro

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 Nunca um teto pareceu tão interessante.


Luíz... Meu Pai tinha organizado tudo enquanto olhava o enorme saguão e agora me encontrava em um estado de não saber o que fazer em seguida.

Meu celular vibrou avisando que havia chegado uma mensagem, levantei e olhei pela barra de notificações e foi então que me toquei que esqueci totalmente que havia combinado um jantar com Lucas.

Lucas: O que aconteceu? Estou aqui em sua casa para o jantar, mas parece que alguém morreu e ninguém sabe onde está.

Droga.

Luna: Desculpa-me, aconteceram algumas coisas e me esqueci do jantar! Posso te recompensar amanhã?

Lucas: Claro que pode Luna. Só que tá tudo bem com você?

Luna: Sim, não foi nada demais. Só preferi ficar com meu pai.

Lucas: Então até amanhã.

Agora era só esperar a Mel.

Mas ainda estou sentindo que estou esquecendo alguma coisa.

***

Acabei por cair no sono esperando noticias da Mel, quando acordei estava tudo escuro lá fora e tinhas varias malas ao lado das minhas. Mel tinha chegado, alisei o cabelo para domar a juba que provavelmente se encontrava nesse momento, olhei para o teto esperando que me proporcionasse às respostas para todos os problemas que estavam surgindo, não fazia ideia de como iria resolvê-los e como iria lidar com tudo que estava acontecendo.

Encontraria um jeito, como todas as outras vezes.

Levantei, fui tomar banho, me arrumar e ir à procura da Mel. Quando estava entrando no saguão avistei Mel e o Luíz conversando. Merda. Queria poder esquecer tudo que aconteceu pelo menos essa noite.

Em meio à conversa Mel olhou pra cima e me viu, levantou e veio ao meu encontro. Abraçou-me e era tudo que precisava de alguém que soubesse de tudo e que mesmo assim estivesse comigo. Mel era meu porto seguro. Olhei para Luíz e senti uma paz em meio a toda essa tempestade, ali estavam duas pessoas que me fazia enxergar a luz no fim do túnel e isso fez com que tivesse certeza que o que ainda viesse conseguiria superar.

- Você precisa se sentar e me contar tudo do seu encontro! – exclamou Mel e quase cai em choro, ela sabia exatamente o que precisava.

- Luna. – Luíz beijou minha testa , puxou a cadeira para que sentasse – Vou deixar vocês sozinhas e tenham cuidado, estou no quarto se precisarem de mim.

- Obrigado, Pai. – falei, com meu coração leve, finalmente sentia que tinha meu pai de volta.

- Oh minha menina... – disse com os olhos cheios de lágrimas e saiu em seguida, não queria criar mais uma cena nesse dia.

- Cala a boca! Quando isso aconteceu? Agradecendo? Pai? – Mel me encarava sem acreditar – Garota foram só dois dias! Sua vida pode virar uma novela e eu acompanharia todos os dias sem perder um capitulo.

- Que estão parecendo uma eternidade! – reclamei.

- Então desembucha! Quero saber de tudo, com detalhes.

- Mel, quer que eu comece por onde? Scott?

- Ah, cala a boca. Não quero saber desse idiota, quero saber dos seus dois homens, menina, essa cidade é um achado, tem que me apresentar alguns...

- Falar nisso, eu e o Bryan estamos meio que tirando sarro do Scott com você.

- Como assim? – falou intrigada.

- Eu disse que você e o Bryan fariam um ótimo par e ele disse que chamaria pra sair. Scott tá maluco, mas fingindo demência.

- Desculpa lhe contar, mas seu irmão é realmente demente. Ele não tá fingindo. – falou enquanto bebia seu drinque. – Para o resto das historias precisamos de álcool. Garçom? Pode nos trazer duas dozes de tequila?

- Eu senti tanto a sua falta. – olhei para Mel.

- Também, muita! Mas agora vai me contar direitinho essa historia Bryan/Scott. Porque pra tirar sarro do seu irmão e ainda de quebra sair com o gato do Harry, topo tudo, mas antes preciso dizer que tem um gato encarando suas costas. Oh cidade abençoada. 

Virei para olhar quem era e encontrei Lucas sorrindo e andando em nossa direção. Puta merda, ele ficava cada vez mais bonito toda vez que o via. 



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