(Toda história começa em algum lugar. A dela começou com um despertador irritante, um uniforme novo... e um esbarrão que mudaria tudo.)
(S/N) era pura energia. Metade brasileira, metade coreana, dona de um sorriso que acendia qualquer ambiente... e de uma mente que oscilava entre o brilho e a bagunça completa. Amava cantar, dançar e, acima de tudo, comer — porque ninguém vive só de drama e k-pop.
Hoje era o grande dia: seu primeiro dia na tão sonhada High School Korean.
(Nome brega? Com certeza. Mas era o que tínhamos pra hoje.)
Filha de uma mãe brasileira intensa e um pai coreano metódico, (S/N), com seus 17 anos, era o melhor (e o pior) dos dois mundos. Uma mistura explosiva.
Segunda-feira — 06:00 AM
O despertador berrou.
— Aish... — resmunguei, com vontade de arremessar aquele inferno pela janela. Só não fiz porque, infelizmente, ainda precisava dele. Vida que segue.
Levantei feito uma alma penada direto de The Walking Dead. Me arrastei até o banheiro, tirei a roupa no piloto automático e entrei no banho. A água me despertou aos poucos. Lavei o cabelo, passei o sabonete e ainda tive tempo de filosofar sobre minha existência por uns bons cinco minutos.
Me enrolei na toalha, escovei os dentes, sequei o cabelo e fiz uma make básica: rímel, lápis e um gloss. Só o necessário pra não parecer um panda cansado.
— 06:15? Só? Tô me superando — murmurei, surpresa com minha eficiência.
Vesti o uniforme e desci. Na cozinha, Hyujin, a governanta — mas que pra mim era tipo uma mãe versão 2.0 — já estava com o café pronto.
— Bom dia, Hyujin! — disse, dando um beijo em sua bochecha.
— Bom dia, minha flor. Dormiu bem?
— Apaguei. E você?
— Também. Agora come logo, senão vai perder o primeiro dia de aula.
Comi como se não houvesse amanhã (porque né... vai saber o que servem na cantina da escola) e fui direto pra rua. Coloquei meus fones, dei play na minha playlist de sobrevivência matinal e caminhei pelos 20 minutos que me separavam do destino: o início da minha nova vida.
Quase na escola...
— AIGOOO, YUMI! — gritei ao ver minha melhor amiga, correndo pra abraçá-la como se fosse o reencontro das Spice Girls.
— AAAH, PIRANHA! QUE SAUDADE DE VOCÊ! — Yumi me apertou de volta, gargalhando.
— Cadê a Umji? A minha prima do kokoro?
— Ei, eu também sou sua prima BFF, ok? A Umji foi ver a sala... E ADIVINHA?! Vamos ficar na mesma sala, viada! — ela pulava igual criança que ganhou brinquedo novo.
— Acalma, bicha. Olha ali... Ela tá vindo.
Umji chegou saltitante, mais animada que debut de girlgroup. Primeiro me abraçou, depois a Yumi.
— Gente, vamos ficar JUNTAS! Eu tô em surto. Obrigada, pais, vocês foram LUZ!
— Bora, que a aula vai começar e não quero ser a nova aluna atrasada — avisei.
Corremos como se a professora fosse lançar sapato em quem chegasse por último. Entramos na sala. Eu sentei na frente, Yumi ao lado e Umji logo atrás. Os outros alunos começaram a chegar e logo o professor também.
— Bom dia, turma. Sou o professor Kim Hong Lee, mas podem me chamar de Lee... ou Kim... ou só "prof", se preferirem. — Ele sorriu simpático. — E vejo que temos alunas novas. Apresentem-se, por favor?
A Umji foi a primeira, toda comunicativa:
— Oi, gente! Sou a Umji, meio BR meio KOR, tenho 18 anos e falo alto mesmo, acostumem.
Yumi deu um passo à frente:
— Sou a Yumi, 17 anos, também metade brasileira, metade coreana... e 100% fofa.
Minha vez.
— E-eu sou a (S/N), brasileira-coreana, 17 anos... e nerd com orgulho, obrigada.
— Sejam bem-vindas! — disse o professor, sorrindo.
Cada uma sentou ao lado de algum colega. E a aula começou...
Três aulas depois...
TRIIM TRIIM
O intervalo chegou como presente dos deuses.
Yumi já estava de pé antes mesmo do sinal parar de tocar. Umji pegou o caderno, eu arrastei minha mochila com um suspiro. Fomos andando de mãos dadas, fofocando sobre a professora de filosofia que parecia uma mistura de doida e guru espiritual.
Rindo, distraídas... até que...
PAH!
Fui direto ao chão.
Esbarrei com tudo em algo. Quer dizer, alguém. Um muro. Uma parede humana. E minha bunda agora conhecia o chão como se fosse amiga de infância.
— Ai, meu glúteo sagrado...
Ergui o rosto.
Era um garoto. Lindo. Tipo capa de revista. Mas com uma expressão de quem tinha comido limão azedo.
— Toma mais cuidado por onde anda, nerdzinha — ele disse, com aquele tom escroto clássico de vilão de dorama.
O encanto evaporou em 0,2 segundos.
— Me solta, garoto! — rosnei, quando ele segurou meu braço com força.
Todo mundo no corredor parou. Eu queria cavar um buraco e desaparecer.
— Esbarrou em mim e nem se deu ao trabalho de pedir desculpas? Típico...
— Tá bom, desculpa. Agora me solta, antes que eu te mostre como as brasileiras resolvem isso.
Puxei o braço com força e virei de costas. As meninas me seguiram.
— Quem esse otário pensa que é?
— MOÇA, ele é LINDO! — sussurrou Yumi, chocada.
— E escroto. Dois segundos e já quis esganar. Ótimo início — murmurei, bufando.
Mal sabia eu...
Eu acabava de entrar na mira do garoto mais popular da escola.
E ele adorava um desafio.
Oii minhas amoras, espero que gostem. (Dêem uma olhadinha no meu outro livro. )
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A Submissa
Fanfiction-Ela é minha mesmo ainda não sabendo disso ela é minha e demais ninguém... |Conteúdo adulto, contém palavrões...caso seja menor de idade, não leia, caso você leia, eu não irei me responsabilizar.| | AVISO | Bom, quero avisar que esse livro é uma cr...
