~ O Contrato ~

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S/N permanecia imóvel, os olhos marejados e a mente em colapso. As palavras de sua mãe ecoavam como um trovão abafado, repetindo-se sem parar em sua cabeça.

— Sei que é difícil, minha filha… Saiba que não está sendo fácil pra ninguém — disse sua Omma, com um olhar triste e cansado.

S/N balançou a cabeça lentamente, sentindo o nó na garganta crescer. — Omma… eu não vou aceitar te perder. Já perdi a vovó… e agora você? Não! Isso eu não vou permitir! — sua voz saiu embargada, os olhos transbordando em lágrimas.

O Appa dela se aproximou e abraçou a esposa com firmeza. — Filha… você não vai perder sua Omma. Vamos passar por isso juntos.

Nesse momento, um bocejo infantil ecoou no quarto. Soo Hong despertava lentamente, coçando os olhos com as mãozinhas gorduchas. Ao ver S/N chorando, caminhou com passos pequenos até ela.

— Omma, pote... a senola tá cholando? — perguntou com inocência, subindo no colo dela e tocando-lhe o rosto para enxugar as lágrimas com seus dedinhos.

S/N forçou um sorriso. O pequeno sempre tinha esse dom de amolecer seu coração.

Sua mãe, observando a cena, sorriu encantada. — Filha… qual o nome dessa coisinha linda? E por que ele te chama de omma?

— Ele se chama Soo Hong… e, pra ser sincera, nem sei porque me chama assim. Mas ele é filho do meu chefe — respondeu rindo, fazendo carinho nos cabelos do menino.

— Que gracinha! — disse sua Omma, pegando o pequeno no colo.

— Por que você está cuidando dele? — questionou o Appa, curioso.

— Sou amiga do pai dele. A babá está de folga e, como ele teve uma emergência, me pediu esse favor — explicou de forma leve.

A conversa seguiu tranquila, e logo estavam todos sentados para almoçar. Após a refeição, S/N levou Soo Hong para brincar na praça antes de ir ao mercado. Sentou-se no banco, observando o pequeno descer animado no escorregador, tentando, mesmo que por alguns minutos, esquecer a dor que apertava seu peito.

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Algumas horas depois…

Já em casa, S/N havia dado banho em Soo Hong, feito compras e agora estavam assistindo O Rei Leão — o clássico. Estava com o coração mais leve, até que a campainha tocou. Franziu o cenho.

— Quem será agora?

Levantou e foi até a porta. Ao abrir, deu de cara com Yumi e Umji.

— AAAAAAIIIIIN que saudades de vocês, suas piranhas! — gritou antes de abraçá-las com força.

— Imunda! Estávamos morrendo de saudades! — disse Umji rindo alto.

— Sua escrota, nem me esperou falar contigo aquele dia — resmungou Yumi fingindo estar brava.

— Desculpa… é que eu estava com pressa — respondeu S/N, meio sem graça.

Mal sabia ela que a surpresa estava só começando.

De trás do carro, vozes conhecidas ecoaram:

— SURPRESAAA, S/A!

Todos os meninos surgiram em grupo, rindo e correndo até ela, que foi engolida num abraço coletivo.

— Parece que se passaram anos que não vejo vocês! — disse S/N rindo e emocionada.

— Olha, vou logo dizendo… a ideia foi do Tae e do Hobi — apontou Yoongi.

— Melhor ideia do século. Eu estava mesmo precisando disso… Entrem, entrem, a casa é de vocês! — falou animada, abrindo espaço para todos.

Conversaram animadamente por alguns minutos até Umji, percebendo o olhar distante de S/N, perguntou com voz doce:

A SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora