Desejo

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Hello, anjinhos. Gente, eu estou presa novamente '-' minhas aulas começaram e já quero me atirar do 3 andar da escola.  

Espero que gostem e peço perdão por qualquer erro <3

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As folhas do jardim pareciam um tanto caídas. Era até curioso de se pensar que tais seres vivos pudessem sentir o clima que se formava na casa, o dia não estava verde e alegre.

Em um dos infinitos quartos da casa, a jovem Luana se encontrava concentrada no telhado. Não saberia ao certo dizer a quanto tempo olhava para o local, apenas estava. Na mesma cama onde a garota estava deitada, Ally também a compartilhava, as duas concentradas em coisas diferentes.

— Se olhar mais um pouco, talvez ele cai em nós duas — disse a loira. Mesmo focada na leitura, não poderia deixar de notar que algo de muito errado havia acontecido com a cria Jauregui. Não só por ter chego chorando ao seu quarto, ou a discussão das duas mães. Ally sabia que a doce Luna não suportava discussões entre pessoas da família.

— Mamães brigaram. Você sabe o quão estranho é isso? Elas jamais haviam tido uma briga tão feia, não na minha frente pelo menos — murmurou, ela se arrastou até ficar de forma confortável ao lado da mais velha.

Ally suspirou. Era mesmo muito estranha tal situação. Como quase a mãe da casa, ela se sentia no direito de saber tudo o que acontecia por ali. Lucy ainda não havia retornado, assim como Veronica não havia saído para comer do quarto. Sofia misteriosamente estava calada no café e sem contar Taylor xingando aos deuses no quintal com Trovão, seu cão.

— Mas elas vão se resolver. É só esperarmos, não podem viver uma sem a outra. Enquanto isso não acontece, tente se distrair um pouco. — Aconselhou. A voz mansa como sempre. Às vezes, Luna tinha dúvidas se Ally perdia a calma em algum momento.

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Antes do sol alcançar o topo de sua grandeza, a guerreira havia voltado para casa. Exausta de correr por aí e faminta. Lucy finalmente havia esfriado a cabeça. Já mais calma, entrou com cautela na casa. Os primeiros dois cômodos estavam vazios, sem contar o silêncio naquela casa. Resolveu ir em um dos quartos mais simpáticos da casa.

— O que aconteceu aqui? — Sussurrou entrando no lugar.

— Uma catástrofe! — Dinah exclamou de olhos arregalados. — Pelo que eu soube alguém levou um fora e Camren brigou. Tão feio que a pobre cria está com a gnomo.

Normani revirou os olhos, a feiticeira estava sentada na escrivaninha com o computador. Lucia franziu o cenho.

— Posso ficar aqui? Não sei se é seguro ir para meu quarto

Dinah e Normani se entreolharam.

— Acho melhor você ir lá, Luh. Não vimos a Veronica no café, ela nem saiu de lá ainda — Normani comentou receosa. As duas haviam prometido não se meter. Era algo que deveria ser resolvido apenas com os envolvidos. Estariam ali para dar suporte, mas não consertar algo que duas pessoas quebraram.

A mulher na porta engoliu em seco. Vero parecia mal quando saiu. Não deveria ter a deixado sozinha.

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— Eu estou bem, ok? — Murmurou para os olhos azuis claros. — Não me olhe assim, não é como se eu tivesse matado alguém — rosnou novamente.

— Não acha que o cachorro vai te responder, vai?

Taylor se assustou ao reconhecer a voz de Sofia atrás de si.

— Não, mas ele é meu amigo. É bom para desabafar — deu de ombros. A mais nova olhou intrigada para o cão cinza. Nunca havia visto outro cachorro a não ser Kiara. Sabia da existência do canil, mas nunca parou para ver de quem era qual cachorro.

— Com um cão?

Apontou para o animal.

— Ele é meu amigo. Poderia parar de ofender o meu cachorro? — Falou afagando o pelo macio. Trovão apenas observava tudo com a língua para fora, vez ou outra movendo a cabeça para quem possuía a vez de falar.

— Nada de ofender o Raio — indagou em rendição. A outra apenas negou com a cabeça.

— Trovão — corrigiu se levantando. Sofia adquiriu uma careta. Só conseguia dar mancada.

— Trovão. — Falou firme. — Vai fazer alguma coisa hoje?

— Não. Você sabe que não. Quase vive aqui também. — Murmurou enquanto prendia o mascote junto com todos os outros. Fazia um tempo que não brincava com o seu Husky.

— Não custava ser gentil — pontou se virando para ir embora.

Taylor se xingou internamente. Não era assim que deveria tratar alguém que se gostava, deveria ser ao contrário. O problema era que não conseguia evitar, quando se dava conta, já estava expulsando Sofia a ponta pés. Talvez fosse seu mecanismo de defesa.

— Livre a semana toda. — Falou, um tanto mais alto, para que a outra pudesse ouvir. Sofi mordeu o lábio, ainda de costa.

— O que disse? — Se virou. Havia ouvido muito bem, entretanto queria ouvir de novo. Seria uma chance?

— Você perguntou se estou livro hoje. Estou livre a semana toda — deu de ombros. As duas trocaram um sorriso cumplice. Sofia não saberia dizer se aquilo era uma chance ou alguma proposta amigável. Mas ao menos sairia com Taylor Jauregui.

Talvez, apenas talvez, Taylor poderia se dar uma chance. O primeiro passo seria deixar alguém entrar. Daria esse voto de confiança à Sofi.

— Amanhã. — Disse já entrando na casa.

— Amanhã o que? — Taylor gritou confusa.

— Estou te sequestrando para um encontro. Espero que goste de lasanha.

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No outro cômodo do quarto, Lucy bateu na porta levemente, quando não obteve resposta, apenas entrou. Suspirou se sentindo muito mal. A namorada dormia encolhida na cama, o rosto inchado denunciava o choro recente. Ela rapidamente se condenou. Vero estava grávida, hormônios a flor da pele. A pior coisa a se fazer seria deixá-la sozinha.

— Amor... — chamou enquanto acariciava os cabelos morenos. Ouviu a mais velha ressonar baixinho. Lucy apenas riu, ao que parece Veronica estava ficando muito manhosa. — Um passarinho me contou que você não tomou café — falou ainda de forma branda.

— Vou fingir que não sei quem foi. — Murmurou se virando para encontrar com os olhos de Lucy. — Não estou com vontade de comer... — choramingou virando para o travesseiro novamente. — A menos que você faça pizza com chocolate, cogumelo e giz de cera vermelho.

Lucy fez uma careta de nojo.

— Eu definitivamente não vou fazer isso. — Disse se deitando do outro lado da cama. A mulher se desesperou assim que a namorada virou chorando.

— Você não me ama mais — choramingou. — É só um pedido. Seu filho quem tá pedindo — falou de forma manhosa e chorosa. As lágrimas caíam soltas.

A outra apenas suspirou.

— Ok. Eu faço. — Falou se levantando. A morena lhe roubou um selinho em agradecimento. 

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Espero que tenham gostado. Amo vocês ^^

 Até a próxima att (: 

Demon (3 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora