Confusão

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HELLO ANJINHOS.

então, só quero avisar que minha intenção é escrever apenas 30 capítulos, sendo que esse é o 25, então... estamos perto do fim, é isto.

Espero que aproveitem e perdão qualquer erro. 

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Luana resmungou quando sentiu a macieis do algodão bebido em iodo. Suas costas protestaram contra o toque. Após a batalha, Demetria aconselhou que a garota se concentrasse nos poderes da sua parte menos usada, aquilo a curaria em segundos, mas ao que parecia, Luna não sabia como controlar seu lado demônio. Isso a fez ficar com o machucado aberto, teria que cicatrizar da forma humana. Provavelmente deixaria uma cicatriz feita, sua mãe Lauren disse que se não fosse pelo anjo dentro de si, já teria morrido muito antes.

— Mama! — choramingou. As lágrimas caiam de forma despreocupadas, doía e não tinha medo de chorar por isso.

— "precisamos soltar o demônio dentro dela", "vai ficar tudo bem" — repetiu em ironia o que disseram antes de começar o treino. No quarto estavam apenas Camila e a garota. Ninguém mais ousou chegar perto da latina enfurecida, até mesmo Demetria com todo aquele poder não quis arriscar testar sua imortalidade. — Não sei quem quero matar primeiro. Lauren, por ser uma irresponsável, por me convencer disso, ou Demetria, por te ferir de proposito, ou a você, por ser igual a nós... ou a mim mesma por ser estupida de te deixar lutar com um demônio!

Com o ferimento limpo e protegido, Luana arrastou a mãe para sentar-se ao seu lado. As duas se encararam por um tempo.

— Mama, a senhora, no fundo sabe que isso não foi de fato inútil, não pode me proteger de mim mesma. Bem, nem eu consigo fazer isso — fez referência ao fato de seu interior está lhe destruindo aos poucos. — Mas se há algo que sei é da bravura que as melhores mães do mundo me deram, só peço que me ajude nisso. Não vou conseguir sem o seu apoio.

Camila respirou fundo. Os olhos brilhando em lágrimas. A culpa lhe atingiu em cheio, como sempre tinha a tendência de não conseguir notar o que os outros a sua volta estavam sentindo. Sua filha precisava de apoio e tudo o que fazia era reclamar das tarefas que a estavam ajudando. A menor conhecia o conflito dentro daqueles castanhos calorosos, por isso a abraçou como sempre fazia. Um enlace de aquecer o coração e tornar o mais frio ser humano em alguém feliz.

— Não é sua culpa. — Murmurou. Não era culpa de ninguém a nãos ser do irônico destino.

— Te amo, filhote. — Murmurou com a voz embargada. Luna permitiu-se sorrir no abraço.

— Também te amo, mama. Mas poderia tirar a mão das minhas costas, estão doendo — choramingou, fazendo Camila tirar a mão mais do que rápido. — Tudo bem. Mama — chamou sua atenção. Os olhos tornaram-se arregalados e assustados. —, como que eu vou deitar agora?

Não gostava de ficar apenas em uma posição a noite, rodar de um lado para o outro era o que a permitia dormir. Porém, com a enorme ferida, que ia do seu ombro até o quadril. de forma diagonal, não poderia nem se mexer, aquilo assustava a menor. As duas param de falar quando ouviram o ranger da porta, dois relutantes olhos verdes pousaram na cama.

— Barra tá limpa?

Luana riu com a língua entre os dentes. As duas se derreteram com aquele ato, era igual a Camila.

— Yep. Mama estava dizendo algo sobre bolo de chocolate para seu bebê ferido.

É claro que recebeu aquele olhar desacreditado das duas, mas no final a Jauregui cedeu ao pedido, como sempre fazia. Camila no fundo concordava que a filha precisava de um mimo após lutar com um demônio e viver para contar a história, muitos não tinham essa chance.

Demetria, relutante, havia pedido desculpas quanto a luta. Ally era usada como escudo humano, entre Camila e a demônio, no balcão Verônica e a Jauregui menor riam de um ser imortal fugindo como se não pudesse acabar com todos daquela casa em segundos. Mas a risada cessou quando seus olhos focaram nas duas, o argumento de estar gravida e de ser filha da mais velha, foi o suficiente para não morrerem.

O mês finalizou Vero ruía as unhas, de medo, ansiedade, relutância. Apenas mais uma lua e teria um bebê. Aquela ideia piscava na sua mente como um farol na beira do mar. Uma ironia do destino, ou uma piada sádica, não saberia dizer. Por mais que tenha se acostumado com a ideia de propagar sua geração, ainda não veio aquela coisa que tomo mundo dizia. Era como um namoro, você gosta da pessoa, mas não a ama. Tem diferença, e Verônica sabia muito bem disso, era o que mais temia.

Clara como sempre estava ali para o casal, fazendo checagem e supervisionando a gravidez. Era sempre bom ter uma médica em casa, as deixava mais relaxada. Decidiram por não saber o sexo no momento, queriam superar, Lucy. Vero não parecia se importar menos, tudo o que fazia era comer e chorar, culpava os hormônios. Entretanto dali a um tempo não poderia mais o fazer, precisaria de outra desculpa. Os receios entalados e forçados goela abaixo. Sorrir e acenar, esse era seu novo lema. Talvez ninguém parecia notar as bolsas azuladas abaixo dos seus olhos, ligeiramente vermelhos. Ou a súbita vontade de não sair de qualquer lugar sem ser seu quarto, recebendo visitas menos frequentes, saindo apenas para alguma refeição.

Todos estavam focados em salvar Luna, agradecia por isso, não queria ter que explicar a tristeza dentro de si. Não somente raiva; medo, angustia e tristeza. Um bolo de sentimentos tão entrelaçados quanto a um fone no bolso de algum adolescente. O problema era que o fone possuía ajuda do seu dono, Verônica tinha apenas a mente e força de vontade para livra-la da escuridão que era sua cabeça ultimamente.

A palavra usada para se descrever atualmente era essa. Confusão. 

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até a próxima att <3

Demon (3 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora