Sangue

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HELLO ANJINHOS :3 (eu chamo vocês do jeito que a Demi chama a Luana, caso vocês não tenham notado) 

vamos encerar aqui o final de semana :< então para aproveitar pq não uma atualização de Demon? 

Aproveitem e perdoem qualquer erro <3

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Luana ofegava nervosa, os pelos de seu corpo em alerta. Suas mãos suadas seguravam a base da espada, parecia que sua vida dependia disso, e talvez realmente dependesse. Em contrapartida, Demetria segurava outra arma muito semelhante a que a garota segurava. Todos temiam o que aquilo significava. Treinar com suas mães era fácil, lutar com um demônio era outra coisa.

Sem aviso prévio, a mulher a sua frente sumiu. Seus olhos procuraram por algum indicio de onde poderia ter ido. O movimento frenético não demorou segundos, Luana havia sido jogava para trás com o que parecia ser um chute no peito, Camila roeu as unhas. O ar faltou por longos segundos, ainda desnorteada, levantou.

— Está lutando contra um demônio, Luana, não espere uma luta justa.

Um golpe em suas costelas a fez cambalear para o lado.

Camila ameaçou levantar, seu estado não poderia suportar a filha levanta uma surra. Dinah segurou seu pulso, não permitiria que a amiga saísse dali, não era sua intenção tortura-la, porém Luana precisava de apoio para aquilo. Relutante, se sentou. Os olhos fechados e o ar preso na garganta, Lauren não se encontrava muito diferente. Sua vontade era quebrar a Lovato ao meio por ter encostado no seu filhote. Doce engano pensar que um demônio ficaria apenas nos tapas e chutes, e Lauren conhecia bem os demônios para saber que haveria mais sangue ali, só não precisava notificar a Camila.

— Vamos, você precisa se libertar, seus poderes são infinitos. Não vou lhe poupar. — Anunciou Demetria. Luana tentou golpear o ar de onde a voz havia saído. O golpe abriu espaço o suficiente para o fio metálico abrir um pequeno corte nas costas da garota.

O grito veio logo em seguida. Não seria mortal, mas doía para caralho. Demetria riu, não pela dor, mas porque sabia que uma outra ou outra despertaria o demônio reprimido dentro daqueles olhos castanhos. Ainda cambaleante, Luana reprimiu a tontura da dor. Finalmente o demônio apareceu alguns passos a sua frente, a espada pingava o líquido vermelho.

— Uma picada de mosquito em consideração ao que podemos suportar! — Desdenhou. Aquela não era sua tia Demi, era um oponente que faria de tudo para a tirar do sério. A mais velha rolou os olhos ao notar que insultando a menor não conseguiria nada. Respirou fundo antes de estalar os dedos. — Lembre-se que você me forçou a fazer isso — murmurou. Veronica some na arquibancada, para então aparecer em pé ao lado de Demi. O corpo de Lucy e Luana tencionaram.

— Você não ousaria — relutou. Era claro que sua tia não faria mal a uma mulher grávida, mas aquele medo dentro de si a tomava por completo.

— Não se confia em demônios.

— Não se machuca bebês. — A lâmina da menor voou junto com seus movimentos. Uma fumaça levou Vero para um lugar onde ninguém soube, talvez apenas Demetria possuía a localização. Luana foi rápida demais para que a outra desviasse, causando um enorme corte em seu braço. A menina arregalou os olhos com o tamanho do machucado.

— Não cante vitória antes da hora, bebê — zombou, extremamente calma. A surpresa tomou a menor dez vezes mais ao ver a ferida de fechando, até se tornar apenas uma marca um pouco mais clara que a pela de Demi. Quase como uma cicatriz, apenas mais invisível. — Armas não podem nos matar, Luana!

A garota tremeu. Como matar algo invencível? Ela era assim também? Muito provavelmente, mas não queria ter que levar outro golpe para comprovar. Suas costas ainda sangravam, não achava que possuía forças para tentar algo novamente. Entretanto Demetria iria tentar seu limite. Poderia ser uma novata, entretanto pegar leve não estava nos seus planos. O irônico disso tudo era que fazia para o próprio bem da garota. Havia tanta energia acumulada que ela não sabia, mas Demetria conhecia tudo aquilo, todo aquele poder.

Luana apertou a espada contra sua palma, os dedos ficando brancos de tanta raiva. Finalmente havia permitido beber da raiva que, de forma desconhecida, habitava sua alma. Tudo ficou vermelho aos seus olhos, Demetria parecia um alvo gigante e brilhante. Quase como "me mate". Ela havia ameaçado sua tia Veronica, o bebê que ela esperava e até sua própria vida. Não saberia dizer como as duas vieram parar em uma batalha de desvios e chutes. Mais golpes foram desviados pela mais velha, Luna apenas lutava para manter o máximo de órgãos dentro do corpo, mas o sangue escorrendo no canto de sua boca mostrada que algum ferimento interno foi formado.

Camila estava pronta para atacar, espada na mão e a determinação de uma mãe tigre. Porém a mulher não contava que a melhor amiga sentasse em cima de si, apenas para evitar que a descarga emocional de Luana não seja interrompida. Todas estavam cientes de que ela precisava descarregar tudo, acabar com as baterias, para ficar um pouco relaxada. A última crise quase levou a garota.

— Você vai deixar que ela mate com o sobrou da nossa filha? — Era óbvio que a irritação da latina seria jogava para outra pessoa. O que sobrou é claro para a pobre Jauregui que roía as unhas.

A morena tentou respirar calma. Não queria brigar com Camila, com Demetria ou com alguém ali, só queria que acontecesse o que tivesse que acontecer para Luana ficar bem. Se isso significava que ela deveria apanhar um pouco, que apanhe.

— Amor, vamos respirar e lembrar que nossa filha é metade demônio. Eles são muito poderosos — murmurou. Os castanhos focaram na posa de sangue a frente delas, como se quisesse dizer, "mas nossa filha não, ao que parece!".

A menor se levantou tossindo um pouco. Seu último golpe era girar do ataque da maior, prevendo a abertura que notará no quinto ataque, e desceu a lâmina entre as costelas da mentora. Demi segurou o metal afiado, sentia um pouco de dor, claro, mas nada insuportável. Aquele golpe seria mortal para qualquer outro ser, mas para elas era apenas um machucado, como ralar o joelho. Contrariando todos que estavam de olhos arregalados para a cena, Demetria riu.

— O treino acabou por hoje. Se saiu bem, anjinho. 

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é isso. até a próxima att <3 ^^

Demon (3 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora