Lasanha

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Hello, gente nunca sejam trouxas bom dia/tarde/noite

MANTENHAM SUA CABEÇA SOBRE A ÁGUA. 

bebam água e ouçam "Head above water" recomendo 

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Luana caminhou por entre o espaço dos sofás, o movimento cauteloso de não fazer barulho com seus passos. A respiração da garota era pesada, o ar parecia mais denso e difícil de respirar do que antes. Tudo se tornou ainda mais confuso quando viu sua própria imagem sentada ao sofá, a sua frente Camila se sentava de forma confusa.

— Não... — Sua figura murmurou de forma fraca. Sua fala era direcionada a Camila. Luna não deixou de notar o aspecto doentio de suas palavras e sua aparência. A mulher mais velha havia tentado toca-la, mas a outra figura não deixou que isso acontecesse — Eu preciso que você foque aqui, se não a... — Houve uma crise de tosse. Luana pode jurar que ouviu um incompleto "mã..." antes da crise, que poderia muito bem ser falsa.

— Se não a Lolo irá sofrer mais do que já está. Você precisa dizer a ela e entender que não é apenas um jogo. Vocês precisam repetir a pergunta e responder em voz alta, isso ou Larssias ganha. Eu sei que Lauren ama o controle, mas aqui ela precisa se abrir com você. Vocês serão prisioneiras para sempre se Larssias ganhar. Se concentrem nisso, eu não consigo formar essa visão por muito tempo, eu estarei na sua intuição, apenas sinta a espada... — Finalizou.

Luana pulou assustada do colo de Camila. As duas dormiam na mesma cama, enquanto isso Lauren compartilhava alguns panos no chão com Kiara. Ao que parece a morena não havia digerido tudo o que acontecerá, porém permanecera ali após a revelação dos fatos. O problema permanecia o mesmo, entretanto as duas se concentraram apenas em cuidar da filha.

— Tudo bem aí? — A menor quase pulou de susto. Descendo o foco para o chão, Luna se viu perdida no verde, era sempre assim, a garota amava a cor dos olhos das suas mães. Sempre entre o verde e o castanho.

A menor negou.

Lauren suspirou pesadamente, não poderia deixar seu filhote precisando de ajuda. Engolindo o orgulho a morena se levantou em silencio até a cama. A menor sorriu estendendo os braços para um abraço, mesmo que não pudesse se mexer muito, sua outra mãe a abraçava firmemente. O anjo beijou a testa da menor, um gesto de carinho como "vou lhe proteger de tudo".

— Tenta dormir, filhote. Estarei aqui... para as duas. — Sussurrou mais baixo, quase imperceptível, a outra parte.

A garota adorava viver nesse aconchego, mesmo que nada ainda estivesse resolvido, já era um começo. A imagem era tão fofa que a única coisa que a tornou melhor foi o husky que pulou na cama para descansar a cabeça nos pés de Camila. Aquilo parecia com uma típica imagem da família Cabello-Jauregui. Se ignorar a parte que três corações quebrados batiam de forma dessincronizadas.

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Na manhã daquele dia, Luana não quis ao menos levantar da cama. Sua reclamação era a forte dor que sentia, não apenas na região abdominal, e sim no corpo inteiro. Aquilo era horrível, pensava a menor. Sentia vontades aleatórias de chorar ao se lembrar até de um simples caminhar pela floresta, logo depois sua mente transformava aquilo em algo trágico que a fazia se derramar em lágrimas.

A garota se encontrava enroscada a cadela da família. Kiara dormia como se não se importasse com um enorme bebê em cima de si, o husky amava a menor.

A cena toda foi vista de relance por Lauren, ela saia do banheiro com os cabelos molhados, o dia parecia tranquilo. Uma calmaria após a tempestade. Uma calmaria puramente parcial para um tornado catastrófico. A Jauregui sabia o que significava sua filha ter as três raças mais poderosas em seu corpo. Eram três poderes que sós eram a maior força da natureza, agora combinados, aquilo seria como um bebê tentar controlar um furacão.

Impossível.

Luana havia acabado de escolher ser uma adolescente para viver eternamente com isso, agora teria que lutar quando três poderes que queriam dominar completamente seu corpo. Haviam apenas três opções. Eles fossem controlados, o que era basicamente impossível. Apenas um deles ganhasse e Luna seria apenas aquilo.

No meio de tudo isso o frágil corpo de sua filha cederia ao cansaço físico e espiritual. E era fim de jogo para a garota.

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Sofia ajeitou a hortênsia roxa no jarro com água pela incontável vez, a cada cinco minutos checava se a pobre flor havia saído do lugar. A ansiedade a deixava um tanto avoada em relação as coisas ao seu redor, aquilo tudo era acelerado demais para sua mente apaixonada.

— Pelo menos a lasanha não queimou. — Pontuou olhando para o magnifico prato de lasanha recém-saído do forno.

Seu próximo movimento foi pular no lugar ao ouvir o ruído da porta. Taylor havia chegado. Junto com ela toda a carga emocional de tesão acumulada e conversas mau resolvidas. Eram adultas que sabiam exatamente o que sentiam, entretanto agiam feito adolescente escondendo seus sentimentos.

— Já vai! — Gritou para que a mulher do outro lado da porta ouvisse. Em uma velocidade fora do normal, Sofia tirou o avental e o pendurou na cozinha, foi até a geladeira e posicionou o vinho tinto e em passou apresados se viu no espelho do corredor até a porta. Tudo isso rápido o suficiente para que a convidada não se chateasse com a demora. Assim que a porta foi aberta a Jauregui ofegou, fazia alguns anos que não sentia aquele frio no estômago apenas em olhar alguém.

Aquela sensação de que o mundo parasse e nada mais importasse a não ser aquela pessoa.

— Jauregui — saudou sorridente. Estava com as mãos atrás da porta para tentar esconder o tremor das mãos, era sempre muito bom estar perto de alguém que se gosta, porém, o nervosismo vem no pacote.

— Cabello — retrucou a mais velha também entrando naquilo. Então as duas gargalharam. Eram acima de tudo amigas, amigas que estavam indo a um encontro com segundas intenções.

— Fiz minha especialidade... — Explicou permitindo que a outra entrasse. Taylor levantou a sobrancelha para a mesa impecável, estava acima de qualquer restaurante gourmet.

— Eu adoro lasanha, mas acho que ela está com um problema — divagou olhando para o prato. Sofia adquiriu um estado de alerta, havia feito aquilo para ser perfeito. O que havia de errado? — O sabor que eu quero está nos seus lábios.  

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o que acharam?

a cantada final tem o meu selo pq eu já fiz essa pra crush na frente do grupinho de amigos dela todo, então vergonha e dignidade não tenho mais

até a próxima att :3

Demon (3 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora