A Dallas

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HELLLO ANJINHOS :>

2 capítulos e essa bagaça tá acabando :c

aproveitem, sorry qualquer erro. 

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Point of View Luana Cabello Jauregui.

Quatro anos que Dallas Iglesias Vives veio ao mundo. Quatro anos que Veronica admitiu seu amor pelo bebê. Quatro anos de paz relativa.

Sentamos no pano quadriculado na grama, o sol nos deu piedade a essa hora do dia. Em algum lugar entre nós e a cesta que mama carrega, mãe Lauren e tia Vero treinam. O som do metal colidindo dá essa certeza. Em meu colo, Dallas brinca de tirar as pétalas de uma flor que foi arrancada do capim. A claridade seus cabelos parecem mais claros do que são, um castanho quase loiro.

Tia Sofia bloqueia os raios a minha frente, a sombra chama a atenção de todos na toalha. O único ponto de luz em seu corpo é a enorme aliança dourada que ostenta a alguns meses. Sofia Cabello Jauregui. Ao que parece todos os Cabello querem ser um Jauregui ou vice e versa. Deveria ter imaginado que viria para o piquenique de entardecer. Onde há um Cabello, há uma pinha delas. Adoro ser uma, é claro que uma Jauregui também. A fofura e garra de um e a bravura de outro. Devo dizer que a beleza é dos dois lados.

— E o que esse pequeno faz respirando ar puro? Sua mãe dificilmente deixa você vê a luz do sol — brinca, o tom infantil, como o que todos usam para falar com bebês. Fofo, porém, não menos constrangedor.

Mama?

Ao balbuciar isso o torna ainda mais foto. O pequeno Serelepe aprendeu algumas palavras e frases e parece algum tipo de papagaio. Dinah que sofre as consequências quando uma frase errada sai dos lábios infantis. Palavrões. A feiticeira tem uma falha na sobrancelha até hoje. Se há duas pessoas nessa casa que não podem mexer, elas são tia DJ e Vero. Pegadinhas pesadas, sustos inimagináveis e senso de humor pesado. Mas vingança bem calculada.

— Que coisinha fofa — diz a mais nova Jauregui. Os olhos se iluminam quando o pequeno ri. —, quero até roubar para mim.

Mama gargalha alto.

— Dallas morreria antes de amanhecer. — Zombou. Sofi revirou os olhos, em discordância.

Sabia que aquela discussão terminaria no próximo século, por isso levantei-me para ir ao centro da luta. Mamãe e a mãe de Dallas estavam suadas e ofegantes. Minha mãe tinha um machucado pequeno perto da boca, nada mortal ou dolorido. Sinto a cicatriz nas costas tremer. Nada tão ruim que nenhuma de nós duas tenhamos experimentado. Lauren é uns séculos mais velha, lutou em tempos diferentes e viu coisas piores, um corte daqueles seria uma unha quebrada.

— Peço uma solicitação para levar Dallas ao lago. Preciso preencher o formulário ou falar com o gerente?

Tento manter a cara mais neutra que consigo. Por mais que esteja brincando, espero que sintam a necessidade de leva-lo para lá. É mais seguro para brincar, sem ninguém por perto.

— A menos que você leve Kiara. — Liberdade!

Mordo o lábio para não rir. Evito olhar para os olhinhos fofos, sei que estão brilhando. Assobio com as notas certas para a husky que é quase um símbolo da nossa família. Kiara é tipo uma guardiã nossa. As histórias de antes deu nascer são tantas, nem o cão saiu ileso de algumas coisas, o pedaço que falta da sobrancelha foi de alguma batalha que mamãe me disse, mas não lembro.

— Para o lago. — Reafirmei, seguindo com os dois. O lobo corria a nossa frente, por meio dos galhos e abrindo o caminho conhecido. O som da cachoeira era franco, ainda estávamos longe.

Demon (3 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora