Baralho noturno

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HELLO

29/30

boa leitura <3

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Lucy.

Há muitos anos, quando fui enviada por Zeus, estava perdida, assustada, sem esperanças. Hoje quando olho para o que conquistei. Dallas e Verônica. As duas mulheres da minha vida, tudo por um grupo de garotos antiquados. A morena me defendeu, me deu uma casa e uma família. O sentimento me faz aquecer o coração, minha pequena família. Algo que aconteceu tão de repente, não planejado, porém não menos importante.

Minha filha resmungava por Vero estar lhe segurando por minutos demais. Todas estávamos em um dia ensolarado de verão, de roupas de banho e brincando com coisas envolvendo água e sabão. Uma piscina inflável enorme era incluída nisso, e agora minha mulher não permitia nossa filha de sair debaixo de suas asas.

— Mama! — Grunhiu irritada.

— Verônica, a garota é imortal! — Ouvimos Normani argumentar enquanto jogava um golfinho inflável em Camila.

— Imortal, mas nem por isso ela não pode se machucar

Revirei os olhos. Era até compreensível sua superproteção, entretanto aquilo sufocava a nossa filha. Eu sabia disso, até em mim me dava uns nervos. Conhecia o motivo por trás, por rejeita-la no início o sentimento de querer pagar por isso era mascarado pela sua proteção excessiva. Fui até suas costas e a abracei como fazia com Dallas. Beijei meu pescoço, mordi sua orelha e voltei para o pescoço desprotegido. Ri quando a menor correr e fez uma careta de nojo para gente.

— Comigo perto não — resmungou antes de pular na água.

Luana.

Escorreguei no golfinho que minha mãe jogou em mim, cai de cara na grama e ouvi a gargalhada das mulheres que deveriam me ajudar a levantar.

— Filhote perdeu — fiz um bico para mamãe Laur, ela copiou meu gesto em ironia — sabia perder, filhote.

— Difícil é eu fazer outra coisa a não ser perder — retruquei me equilibrando no sabão.

— Se está falando sobre Demi, calma, ninguém nasce aprendendo. E comigo foram anos, nem todo mundo é como sua mama que aprendeu a manipular o mundo em uma semana

Gargalhei. Camz fazia uma cara de incredulidade pela fala da morena. A briga de brincadeira iria pegar e eu estava queimando no sol, então entrei na água. Dinah estava em cima de um colchão enorme de ar e um coco com uma sombrinha. Vi Dallas do outro lado.

Está pensando o mesmo que eu? — Acenei com a cabeça. Ainda aos risos, submergimos. Passei por baixo na cadeira inflável sem nenhum problema, me juntei a Dallas. As bolhas de ar denunciavam sua gargalhada, igual a mim. Seguramos firme. — Agora!

Lentamos a tempo de ouvir o grito da feiticeira. Completamente molhada e sem a fruta, DJ olhou para nós como se fosse nos jogar em um tornado, nos fazer como ensopados, tipo João e Maria. No caso Maria e Maria.

Corre. — Olhei mesmo que não tivesse poder de retrucar, estava mais do que óbvio "sério?". Antes que ouvisse sua voz na minha mente de novo, estava fora, correndo. A grama ensaboada me permitia escorregar algumas vezes, a vantagem é que Dinah caia também. Em algum ponto ouvia Dallas ofegar atrás de mim. Estava a gargalhadas, a morte iminente não parecia assusta-la.

— Venham cá, crias! — Gargalhei ofegante. Avistei Taylor e Sofia, as duas pareciam em seu próprio mundinho, mas não me impediu de correr pela própria vida.

— Oi tias que me amam acima de qualquer coisa e que me protegeram por tudo que é mais sagrado — sorri amarelo, meu coração batia na boca. As duas riram quando notaram Dinah correndo atrás de Al. A garota me olhava como se dissesse que estava trapaceando.

Eu vou te matar Katherine! — Engoli em seco. Esse era meu nome do meio. Problemas! Meu cérebro apitou. Mas não deu tempo para em brigas infantis quando tive um relance de segundos antes de acontecer. A corrida foi até o ponto onde Al tropeçaria, o desespero tomou conta de mim, vi a pedra mais a frente, na linha de queda. Meus braços se moveram em automático, como se tocassem as células de seu corpo e o jogaram para longe da pedra. A queda foi suavizada por mim, Al olhou para o corpo pousando lentamente no chão, nem em uma queda normal cairia assim.

— Parece que alguém resolveu finalmente usar os poderes — todos nos assustados com o que Demetria falou. Olhei para as próprias mãos.

Meu lado demoníaco havia dado as caras! Foi uma demonstração minúscula se meu fosse igual ao de Demi. Ela poderia destruir coisas, reconstruir e criar. Poderia me livrar das feridas, poderia começar a treinar com a força total e para me equilibrar. Conhecer todas as minhas fases e me curar! Olhei para minhas mães, seus olhares dizia a mesma coisa que estava pensando.

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Contei tudo empolgada para vovô de noite. Ele ria e dizia estar orgulhoso e esperançoso de mim. Estava espalhando para todos o que fiz de manhã, a empolgação me consumia, não saberia dizer se dormiria. E foi o que aconteceu. Fiquei a noite olhando o teto do meu quarto. A noite me abraçava, estava frio para o verão, mas agradecia por isso.

Sem sono? — Pulei na cama. As vezes tinha vontade de bater naquela garota, ela brotava na minha mente sem me avisar, dava medo. Peguei meu celular, só tinham mensagens minhas, nossa comunicação era unilateral. Só ela poderia responder na minha cabeça, mas não poderia me ouvir. Então restava aos métodos humanos, tipo um celular e créditos.

Eu: Yep..., mas o que você faz acordava, pirralha?

Faço a mesma pergunta. — Revirei os olhos ao ouvir seu resmungo irritado. — Será que dá para bolar um apelido melhor, esse é horrível, lua.

Eu: Por que? Não é isso que você é? Sou mais velha

Eu te odeio, Katherine.

Eu: É reciproco Iglesias.

Por que somos amigas mesmo? Deveria pedir para Kiara matar você e depois jogar para as piranhas comerem

Gargalhei com seu último comentário, me repreendi por lembrar que minhas mães dormiam no quarto a frente, e Dinah ao lado e um monte de gente que brigaria por estarmos acordadas a essa hora.

Eu: Vá dormir, Al....

Não obtive resposta depois disso. Nem um suspiro na minha cabeça. Tudo o que poderia imaginar era que estava dormindo. Suspirei antes de voltar para o que estava fazendo. Olhar para teto. O susto que tive foi pior que sua voz, a sobrancelha arqueada, com aquele ar presunçoso. Revirei os olhos. Como se Dallas Iglesias Vives se contentasse com um pedido meu. Os pijamas mais adultos do mundo, estava vestida de Patrick Estrela dos pés a cabeça, até riria da sua infantilidade, mas o pijama de Bob Esponja não me dava esse direito.

Tão adulta você, pirralha.

Grunhi, mas apontei para seu pijama, deu de ombros como se fosse mais adulto.

Vamos jogar ou não? — Sua voz era entediante. Por mais que estava sem sono, não queria levantar da cama. Então me arrastei para a cabeceira e tirei as cartas. — Que ganhe a melhor. — Sussurrou. Era claro que poderia no final da noite culpa-la por roubar, mas eu era tão ruim quando mamãe Laur nesse jogo.

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até o último <;

Demon (3 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora