Abusive |•| Hayes Grier (concluída)

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anne

- Sua vez Lindy! - Loren diz animada.

- Estou bem só rindo de vocês - dispenso e ela revira os olhos.

- Do mesmo jeito você vai ligar - Madison fala e disca algum número no celular - Tá chamando - arregalo os olhos.

  - Você ligou pra quem? - olho na tela. Ela não fez isso - Alô? - não sabia o que dizer.

   Sim, nós estávamos passando trote no meio da madrugada.

   E não, a pessoa não era o Hayes.

   Loren ligou para o Taylor e foi muito engraçado.

  Madison ligou para o Gilinsky e foi mais constrangedor do que hilário.

  - É o Franky? - minha vó disse sonolenta pelo outro lado da linha.

  Porque ela atendeu??
 
  - Han.. - pigarreio a garganta e tento fazer uma voz grossa - Sou eu, o Franky - what the fuck.

  - Ô querido, que bom que me ligou! - ela esperava mesmo esse tal de Franky - Minha filha está em casa, não tem como você vir essa semana.

- Poxa - olho para as meninas que estavam escutando pelo viva voz - Que pena Amélia, mas o que eu faria? - tento entender o que estava acontecendo.

   Minha vó deve estar dormindo acordada, porque minha voz de homem não é tão convincente.

- Oh meu Deus! Depois eu que sou a idosa - escuto sua risada fraca - Você vai vir fazer seu show especial pra mim, tigrão - na última palavra, Beer e Gray começaram a gargalhar - que som é esse Franky?

- A televisão tigrona - Que porra eu disse?

- Céus, pare! - nessa hora eu gelei - Só me chame assim quando tirar sua roupa - okay, não esperava por isso.

  - Não sabia que sua avó era tão tarada assim - Loren diz baixo.

  - Nem eu - ri concordando - Tem certeza que não posso subir pela janela? - continuei minha atuação.

- Olha - um silêncio se instala e logo o barulho de porta abrindo e fechando me dão um susto - Tudo bem, estou no quarto antigo da minha neta, pode vir passar cerol na mão que mamãe aqui tá pronta - escuto alguma coisa estralar - merda de calcinha - ela murmura mas nós escutamos - Franky? Meu tigrão? - afasto o celular pra rir.

    MINHA VÓ TÁ DROGADA

- Amélia? - decido parar com a trollagem - tô chegando pra aparar sua rabiola - não me controlando, continuo.

- Carambola, eu tô ficando negoçada! - eu não escutei isso. - Anda logo!

- Vó - falei tomando fôlego - Que porra é negoçada? - perguntei gargalhando.

- Jesus Anne! - seu tom de voz muda - POSSO SABER O QUE A SENHORITA TÁ FAZENDO ACORDADA ATÉ AGORA E PORQUE VOCÊ TÁ SE PASSANDO POR OUTRA PESSOA? - ela grita.

  - Mudando de assunto tia, que feio - Madison fala rindo.

  - Lindemann e Beer, vou contar para os pais de vocês que estão passando trote a essa hora da madrugada - Amélia atua direitinho.

  - Até você tem stripper particular e eu não - Loren diz rápido.

- QUE STRIPPER O QUÊ! - ela se altera de novo - Franky é um amigo meu e..

- Não era seu tigrão? - a corto e digo pra irritar mais.

  - PORQUE EU AINDA ESTOU FALANDO COM VOCÊS?

- Para de gritar vó, vai acabar acordando sua filha - rimos.

- Quando nos reencontramos, dou cinquenta dólares para que esse assunto morra aqui - seu tom de voz muda novamente, parecia nervosa.

  - Só cinquenta? - falei - Minha mãe vai gostar de saber que tem um padrasto, não acha?

  - Cem! Cem dólares pra cada uma, e não se fala mais nisso! - ela bufa.

  - Ótimo! - sorrimos - Por mais que eu tenha muitas perguntas sobre esse assunto, vou desligar porque a senhora está esperando uma ligação mais importante.

- LIND..

  - Tchau tigrona - desligo antes de ela responder.

- o que foi isso? - Madison fala ainda rindo.

  - Vou passar cerol na mão, assim, assim - respondi cantando.

  - Vou aparar pela rabiola, vou sim, vou sim - Loren continua.

  - Vou trazer você pra mim, vou sim, vou sim - Beer continua e nós gargalhamos.

   Ja tínhamos escutado essa música brasileira antes, e mesmo não sabendo direito a tradução não perderiamos a chance de usá-la contra minha dócil e nem tão inocente, avó.

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