20. Ciúmes

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— Boa noite Taeyang, aconteceu alguma coisa? – Seunghyun estranhou o cientista lhe chamando tarde da noite para conversar sobre o experimento.

— Sim, muitas coisas na verdade, mas eu te chamei assim com urgência para comunicar que o tenente Jeon comentou com o Park que quer ajuda-lo a fugir e voltar para o passado – ele explicou sobre o que ouvira mais cedo. – Então, eu os tranquei lá, para poder saber se devemos tomar alguma providência mais séria.

— Não existe nenhuma maneira deles saírem daqui sem que nós saibamos – o marechal não se preocupou nem um pouco com tal situação, visto que, para viajar para o momento certo, Jungkook precisaria das coordenadas adequadas, que ninguém iria lhe dar. – Além do mais, ele sabe que pode morrer se ficar preso no passado.

— Pelo que observamos nas interações dos dois, ele não se importaria em morrer, se fosse para salvar o Jimin...

— Mesmo? – isso sim soava estranho, Seunghyun jamais conseguiria compreender como uma pessoa seria capaz de arriscar a própria vida por outra.

— Sim, eles têm um tipo de conexão muito... intensa – Taeyang afirmou, lembrando-se do que vira mais cedo.

— O tenente Jeon precisa ir à divisão médica, ele não esteve lá para verificar como está seu organismo. Mande alguém acompanha-lo, só por garantia, para que não tente fazer nenhuma bobagem.

— Certo senhor.

— Quanto ao Jimin, mantenha a porta trancada e só o deixe sair acompanhado também, como era no início. Precisarei ter uma conversa com ele depois.

— Ok. Tem mais uma coisa, senhor.

— Pois diga.

— Tem mais duas pessoas do passado aqui.

— O que? – essa informação chamou a atenção do soldado.

— Jungkook comentou que amigos do Park vieram ajudar nesse resgate, que estão escondidos em algum lugar da base.

— Bem, você gostaria de estuda-los também?

— Eu não sei, até agora tudo tem sido inconclusivo, mas quem sabe com outras cobaias eu pudesse chegar a melhores resultados. Preciso falar sobre isso com o senhor também.

— Certo, primeiro, mande fazerem o que eu disse, e coloque alguns soldados para procurar esses dois intrusos. Se encontrarem, levem-nos ao quarto de Jimin, para que fiquem na atmosfera adequada. Os quero em bom estado de saúde – Choi ordenou.

— Depois, volte aqui para falarmos sobre os resultados dos seus estudos.

[...]

Sehun se irritou ao ser chamado àquela hora da noite, quando já estava pronto para dormir, para fazer a escolta de Jungkook até a divisão médica.

— Ultimamente tudo sou eu nessa porra! Sehun faça isso, Sehun faça aquilo, atenda o Jimin, vá fazer exames, vá escoltar o Jungkook, TUDO É SEHUN, SEHUN, SEHUN! — o soldado falava sozinho, enquanto vestia seu uniforme.

Chegando na ante sala da cela do Park, ele viu o casal abraçado na cama. Jimin estava de olhos fechados, com um semblante tão tranquilo que parecia um anjinho, enquanto Jeon estava com os braços ao seu redor, olhando-o com admiração e ternura. Ele não sabia exatamente o motivo, mas aquela cena lhe dava um embrulho no estômago e uma vontade de chorar. Contudo, ele respirou fundo e abriu a porta, assustando os dois com a chegada repentina.

— Com licença, desculpe incomodar, mas o tenente Jeon precisa me acompanhar.

— Sehun! – Jimin rapidamente sentou-se, ficando constrangido por ele ter que vê-lo com Jungkook, não tinha intenção de lhe magoar. – Eu te procurei o dia todo.

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