26. Recomeços

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Apesar do alívio que sentia em saber que seu amor ficaria ali ao seu lado enquanto eles vivessem, Jungkook se sentia triste ao embalar o sono de Jimin. O pequeno dormia em seus braços um dia após a cirurgia, agora que os dois podiam viver no mesmo ambiente, pegaram uma das casas para morar. A recuperação foi rápida, já que a medicina era avançada, mas Jimin estava devastado com a morte de Sehun, e era isso que afligia Jungkook. Não gostava de ver aquele rosto que sempre estava sorrindo, triste e abatido, por isso lhe dava ainda mais amor e atenção, no intuito de ajudá—lo a se recuperar.

Também se arrependia das vezes que tinha brigado com o general, não sabia que ele realmente amava Jimin de tal forma, nunca imaginou que o outro fosse capaz de fazer o que fez, e se sentia muito grato, apesar da culpa por ter sido tão idiota com ele só por um ciúme bobo. Acabou adormecendo da maneira que mais gostava, sentindo o cheiro dos cabelos do Park.

— Bom dia, amor – quando abriu os olhos, Jimin já estava acordado, e havia lhe trazido o café da manhã. A horta já estava bem suprida e eles conseguiam uma boa diversidade de alimentos.

— Bom dia meu anjo. Eu que deveria fazer isso pra você, está se recuperando da cirurgia, não deve se esforçar – falou preocupado, se recostando na cabeceira para poder comer.

— Eu estou bem já – de fato, fisicamente, ele parecia bem, só seus olhinhos que ainda estavam meio tristes.

— Jimin – o mais novo segurou seu rosto com uma das mãos. – Eu sinto tanto pelas vezes que fui idiota em relação ao Sehun, não queria que tivesse sido assim, não sabia que ele se sentia tão triste.

— Tá tudo bem, eu também fui idiota por não acreditar que ele me amava mesmo. Mas eu gostava muito dele, mesmo com aquele jeito todo carrancudo. Eu deveria ter dito mais vezes o quanto ele era importante, mesmo que eu não pudesse corresponder seu amor, talvez isso tivesse feito alguma diferença. Aqui no futuro, ele era meu melhor amigo – Jimin acabou desabafando um pouco.

— Quando precisar falar sobre isso, eu estou aqui tá? Não vou ter ciúmes. O Sehun, no fim das contas, era uma pessoa tão boa que me deixou ser feliz do seu lado. Ele só pensou em você. Vou ser grato por isso pelo resto da minha vida – estava sendo muito sincero ao dizer essas palavras. – E pense que, mesmo que ele não esteja aqui, um pedaço dele vive em você, e agora eu vou ser obrigado a conviver com meu inimigo! – ele riu, e ficou contente por ver que Jimin também achou engraçado.

— Sabe... Você me deu uma ideia agora – Jimin pareceu refletir sobre algo.

— Que ideia?

— Depois eu te conto, deixa eu ir lá falar com o Taeyang antes, pra saber se é possível.

— Argh! Só porque você é presidente agora, vive guardando segredos de mim que sou um pobre tenente – Jungkook fingiu estar indignado.

— Eu já vou te contar, é que quero fazer surpresa – Jimin lhe deu um selinho. – Primeira dama! – e riu quando Jungkook lhe deu um tapa no braço por falar assim. – Vamos, veste logo seu uniforme sexy que temos que ir pra base.

Jungkook, que estava só com uma boxer preta, levantou e deu um cheiro no cangote do menor, apertando sua cintura e deixando um beijo no pescoço, antes de ir se vestir para o trabalho.

[...]

Yoongi ficava irritado por seus namorados não lhe permitirem que fosse visitá-los no quarto que antes era de Jimin, temendo que o ar lhe fizesse mal. Isso porque, cada vez que eles saíam para ficar em sua casa, seu tempo no futuro diminuía, já que também não deveriam respirar aquele ar. O soldado sabia que o momento da separação estava cada vez mais próximo, e seu coração se apertava dolorosamente quando pensava nisso. Cada vez que estava sozinho em sua cama, deixava seu choro sair livremente, porque não faria isso na frente de Hobi e Tae, não queria que eles se sentissem mal por si.

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