04 | Apelidos e o Punk

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  Okay! Preciso admitir que a pequena viagem, da capital para a cidade natal dos meus anfritriões, foi mais rápida do que eu esperava

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  Okay! Preciso admitir que a pequena viagem, da capital para a cidade natal dos meus anfritriões, foi mais rápida do que eu esperava. Talvez pelo fato de termos passado por tantos pontos turísticos no caminho, o que atraiu minha curiosidade e me distraiu.

Para falar a verdade, eu só fui me dar conta de que havíamos passado duas horas na estrada quando estacionamos na frente da casa em que eu ficaria hospedada. Tinha um primeiro andar, um pequeno jardim com a grama bem verde e aparada, e um murinho de tijolos branco de menos de um metro, que deveria bater em minha cintura.

Tomei um susto quando Antony buzinou, numa tentativa de acordar a sua filha que babava em meu ombro.

Lana despertou com os olhos esbugalhados e com o cabelo levemente embaraçado, o que me fez rir.

— Acorda, dorminhoca! — Karla brincou com um sorriso, saindo do veículo.

— O quê? Já chegamos? — Lana olhou ao nosso redor.

— Eu acho que sim — eu olhei através da janela para a rua em que estávamos.

Tinha várias casas coloridas, uma do lado da outra, separadas do mar por conta da rua e dos quiosques que ficavam na calçada do outro lado, antes da faixa de areia.

— Vem! — Lana abriu a porta traseira da Kombi e saltou para fora, me puxando junto.

   A garota em minha frente abriu o ferrolho da portinha branca de madeira e entrou no próprio quintal, a segui em direção a casa pelo caminho liso de cimento, que dividia a grama em duas partes, onde ela subiu os três únicos degraus para acessar sua varanda branca, como o restante da casa. A sacada acima de nós dava um teto para a varanda, que era um tanto quanto acolhedora com um banco de madeira de balanço do lado esquerdo e com duas cadeiras acompanhadas por uma mesinha de centro do lado direito. Tinha também alguns vasos decorativos com plantas nos cantos e algumas iluminarias pregadas na parede.

Então, finalmente, entramos na casa.

A primeira coisa que reparei foi a mínima distância entre a sala e a cozinha, que eram divididas somente por um corredor extenso. A sala de estar ficava ao meu lado esquerdo, onde precisávamos descer apenas um degrau, enquanto a cozinha ficava do lado direito, no mesmo piso do corredor.

Fomos recebidos por um cachorro, mais especificamente um pug, meio acizentado e totalmente desequilibrado, visto que bateu contra duas paredes até que finalmente alcançou a dona.

Eu ia começar o meu discurso sobre o quão maldoso era as pessoas ainda investirem nessa raça de cão, que era vítima da mistura de outras raças e sempre tinha como consequência problemas de saúde que acaba dando uma vida de sofrimento ao bichinho, quando Lana se antecipou a explicar.

— Esse é o Punk, o nosso cachorro — ela apresentou com o cachorro no colo — Minha mãe nunca quis ter nenhum animal de estimação, até o dia chuvoso em que o meu pai trouxe o Punk para casa. Ele tava tão machucado e molhado. — ela olhou para ele com pena, como se estivesse relembrando — Meu pai o achou numa estrada, haviam maltratado e abandonado ele — relatou.

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