48 | Novos Rostos

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     A tarde com o Benício foi divertida e leve

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     A tarde com o Benício foi divertida e leve. Estudamos e conversamos durante horas e eu só me dei conta que precisava ir pra casa quando o pai dele chegou do trabalho.

— Benício, não sabia que tínhamos visita — O homem de terno e gravata apareceu na entrada da sala. Nós dois nos levantamos.

— Pai? Eu não sabia que você chegaria cedo hoje — Ben franziu o rosto em confusão — Essa é a Amélia.

— Decidi jantar em casa, espero que não tenha atrapalhado nada — cruzou os braços e nos olhou com um sorriso presuntoso.

  O homem tinha cabelos castanhos como os do filho, a pele era mais clara e os olhos eram de um tom de cinza.

— Só estávamos estudando — Eu tratei de esclarecer.

— Tudo bem também se não estivessem, o Ben nunca traz alguma namorada pra me conhecer — retrucou, folgando a gravata e desabotoando o colarinho.

— Deve ser porque eu nunca namorei — Benício deu de ombros, não ficando envergonhado, enquanto eu sentia o meu sangue subir e se alojar nas minhas bochechas. Devia tá vermelha como o inferno.

— Nós somos só amigos, Senhor Foster — me escutei dizer.

— Porque ela quer — Ben deixou claro, me fazendo arregalar os olhos.

— Okay, essa é a minha deixa — comecei a juntar os meus materiais.

— Você já vai? — O menino me perguntou.

— Já está tarde, a Dona Karla deve estar preocupada — usei a única desculpa que eu sabia que podia ser verdade.

— Amélia, certo? — O Foster pai chamou a minha atenção para si — Me desculpe se a deixei constrangida com a brincadeira. Não precisa ir agora. Fique com a gente para o jantar.

— Eu adoraria, Senhor Foster, mas eu realmente preciso ir embora. — joguei minha mochila por cima do ombro.

— Outro dia, então — ele entendeu — Você mora muito longe?

— Do outro lado da cidade — Benício respondeu por mim.

— E alguém vai vir buscar ela? — os observei me excluírem da conversa.

— Não, ela quer ir de ônibus — O filho respondeu como se fosse um absurdo e o pai concordou.

— Por Deus, à essa hora da noite? Não, não, não, não, não! — balançou a cabeça negativamente e tirou as chaves do bolso — Leve ela. Eu sei que ainda não tirou a carteira de motorista, mas é mais perigoso deixar que ela saia sozinha. — então o homem finalmente me olhou, parecendo lembrar que eu também deveria participar da decisão — Eu mesmo a levaria, mas estou com cheiro de farmácia e a base de café expresso, então não seria uma boa ideia.

— Tá tudo bem, Senhor Foster, não precisa mesmo se preocupar comigo. Eu posso pedir um uber ou um táxi. — Não queria dar trabalho para nenhum deles.

De Sol a SolOnde histórias criam vida. Descubra agora