Anjo
Caden foi levado até o laboratório de teste. O amarraram na cadeira, e o cientista olhou sua ficha com um rosto estranho. Caden começou a se assustar com tudo o que estava acontecendo, e principalmente com a expressão do médico.
Caden não parecia bem, e muito menos despreocupado. O cientista lhe deu a pílula, e imediatamente os olhos de Caden mudaram para a cor cinza claro, e na sua cabeça começou a se passar um flashback de toda a sua vida em pequenas partes. Ao final do flashback, ouviu um grito de sua irmã. Ele começou a se contorcer preso.
Pelo bem da experiência, os cientistas o soltaram. E quando o soltaram, ele caiu no chão gritando alto. Voltou a se contorcer, chorar e gritar de dor. Dentro dele, ele conseguia sentir a dor de todos aqueles a quem ele amava. Não apenas dor mental, mas física também.
Foi aí que no meio de suas lágrimas, caiu uma gota de sangue que rolou pelo seu rosto devagar. De suas costas, começaram a crescer grandes asas brancas. E assim que cresceram, ele se levantou devagar observando os olhares assustados da plateia e dos cientistas.
Em uma vez que bateu suas asas, começou a voar olhando para todos no laboratório, enquanto pensava em sua irmã a quem ele amava.
Então, com um barulho de algum objeto derrubando, Caden perdeu o controle.
As asas tornaram-se algum tipo de vapor que sumiu no ar, e Caden caiu no chão.
O impacto da queda o deixou bastante dolorido. E quando alguns seguranças tomaram coragem, foram o ajudar.
Os seguranças levaram Caden para uma cela espaçosa com um teto alto de vidro.
No caminho, Caden ouviu os gritos de Jonathan pedindo que o soltasse. Ele notou que os gritos foram perdendo a força e após alguns minutos, pararam. Caden se assustou bastante e tentou resistir aos seguranças para ir até Jonathan. Não conseguindo, entrou na cela, um dos seguranças prendeu uma corrente forte no seu pé, e fechou completamente a cela.
Caden começou a sentir uma leve tontura. Após ver o vapor tomando conta de sua cela, apagou completamente. E assim como os outros, entrou em coma.Realidade
Após todos esses testes, o cientista estava cansado, porém bastante satisfeito com o efeito de seu trabalho de meses. E após limpar todo o laboratório, os cientistas foram alertados de que o presidente havia chegado.
Ele entrou no laboratório e foi saudado por todos. Chegou com um sorriso ao cientista e apertou sua mão.- O que você tem para mim? -perguntou se referindo as pílulas.
- Terminamos os testes pouco tempo atrás. Estamos decidindo o que vamos fazer com os meninos em que testamos. Todos eles são perigosos demais para a sociedade. É impossível viver em paz com eles. E após tomarem consciência de tudo, temos certeza de que eles irão querer se vingar de nós. -falou o cientista sério.
- Não me importo em contratar mais um revolucionário como você. Existem muito mais no mundo. Quero usá-los para o meu exército. E se forem perigosos, é exatamente o que eu queria. Agora eu tenho que perguntar, quantos são os meninos? Vocês trouxeram todos os que eu pedi? -rodeou o laboratório curioso.
- Estão todos aqui. Os seis. Cada um em sua cela.
- Seis?! Eu quero sete! -gritou irritado.No meio de toda essa discussão, no laboratório aparece Aaron a procura de seu pai.
- Pai, a mãe mandou mensagem. Eu preciso ir pra casa. Tem como me dar um dinheiro para o Táxi? -perguntou calmo e se assustou ao ver o presidente- Perdão, vossa senhoria. -reverenciou.
- Não peça perdão, garoto. -o presidente pensou pouco, mas tomou uma grande decisão- Será ele.
- O que? Quem?! Meu filho?! Não! De jeito nenhum!! -falou o cientista consumido pela agonia.
- Sou eu quem dou as ordens. -respondeu o presidente autoritário.Os seguranças do próprio presidente seguraram Aaron prendendo o mesmo.
- Agora se me permite, tenho uma arma pra formar. -o presidente pegou uma das pílulas e forçou Aaron a engolir.
Aaron começou a tossir e passar mal, quando de seus olhos saíram sangue. Seu corpo ficou fraco e de sua tosse também saiu sangue. Ele caiu fraco no chão e seu pai correu até ele.
- AARON! FILHO! NÃO! -se jogou chorando em cima de seu corpo e chorou alto- OQUE VOCÊ FEZ COM MEU FILHO?!?! ELE ERA MEU ÚNICO FILHO!!! -gritou o homem de jaleco.
- Ponham ele numa cela. -obedeceram sua ordem e trancaram Aaron numa cela soltando o mesmo vapor que o resto.
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PILLS
Fiksi IlmiahSeriam pílulas capazes de mudar o mundo? Dormiria eu em lençóis de falso algodão enquanto assistia o mundo mudar da forma errada? Talvez tenha sido esse meu destino. Mas porque eu? O que tenho eu de diferente? Eu sou mesmo quem eu achei que era?