Bom Proveito

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William e Lexa foram nos bancos da frente, e Alice no banco de trás do carro. Ao entrar, William colocou uma música do "Twenty One Pilots" para tocar. Ele aproveitou a viagem sentindo o vento gelado no seu rosto, e ouvindo uma de suas bandas favoritas.
Ao chegar em casa, William pegou Alice no braço a fazendo rir e entrou com ela e Lexa. E Lexa riu da forma como William tratava sua irmã mais nova.

- Quer fazer o avião?! -Perguntou William animado.

- Siiiim! -sorriu Alice sapeca. William a segurou e ficou jogando ela de leve para cima enquanto ela gargalhava de braços abertos.

Depois de algumas brincadeiras, Lexa fez o jantar para os três, e eles comeram juntos. William e Lexa deram banho na Alice juntos, e desceram para a sala.
Ficaram assistindo um filme até Alice dormir. Quando ela dormiu, William a pegou no braço e levou pro quarto. Deitou a mesma na cama, e a cobriu.

- Amo você, maninha. Dorme bem. -William beijou sua testa, apagou a luz do quarto, e fechou a porta descendo de volta para a sala.

- E aí? Acha que ela dormiu? -Lexa se virou para William no sofá.

- Que nem um anjinho. -afirmou William se jogando no sofá.

- Eh... Então, William... -Lexa ia falar mas foi interrompida pelo menino loiro.

- Pode me chamar de Will. -Will olhou para ela rindo de leve.

- Ok... Will, do que você mais sente saudade na vida humana?

- Olha... Tanta coisa... Mas eu acho que essa vida caiu melhor em mim. Eu acabei amadurecendo. -William se aproximou da Lexa.- Mas se fosse pra escolher só uma coisa... -O menino loiro segurou o queixo de Lexa aproximando para ele. Quando eles já estavam tão próximos que um conseguia sentir a respiração quente do outro, William se afastou cortando o clima.- O jeito inofensivo.

- Eh... -Lexa estava com as bochechas vermelhas tímida e apenas permaneceu calada.

- Lexa... -William olhou o celular.- Jonathan disse que Caden está na casa dele. E... tá tarde. Não quer dormir aqui?

- T-Tudo bem... -Lexa corou mais.

- Você pode dormir em algum quarto de visitas se quiser. -Will levantou arrumando as coisas para ir dormir.

- Certo.. -Lexa levantou. William a conduziu até seu quarto, e foi pra o quarto de seus pais.

Will pegou o celular e ficou pesquisando algumas notícias antigas. Quando ele ia dormir, recebeu uma mensagem de Lexa.

- Will... Posso pedir
uma coisa?...

Pode -

- Não que eu tenha
medo de ficar
sozinha, mas...

Quer vir dormir aqui? -

- Ok... Obg

Rlx -

É o último quarto à -
direita

- Tô indo


William desligou o celular, e ficou esperando Lexa chegar. Quando ela abriu a porta, ainda estava com a mesma roupa de antes, e Will se sentiu encomodado.

- Olha, você não vai dormir com essa roupa não, né? -Will a olhou sério.

- Não tenho roupa aqui. É minha única opção. -Lexa entrou e fechou a porta.

- Nada disso. -William levantou, pegou uma camisa grande sua e um short, e deu para Lexa. Lexa entrou no banheiro, se vestiu, e saiu.

William nunca tinha sido tão próximo de uma menina assim. Ao ver ela naquela camisa grande que parecia mais um vestido, sorriu fofo.
Lexa estava bastante envergonhada em dormir com ele, mas era bem melhor do que dormir sozinha. Então ele se afastou, e ela deitou na ponta da cama.

- Não precisa ter medo de mim, Lexa. Eu não vou te morder. -Will disse isso, e Lexa se afastou um pouco mais pra perto dele. Rindo por sua vergonha, William a abraçou por trás e os dois pegaram no sono.

No meio da noite, Alice bate da porta falando que teve um pesadelo. Will a puxa para cama, e a deixa entre ele e Lexa. E novamente eles dormem.

David foi até um de seus cassinos favoritos, e passou todo o seu tempo aproveitando de tudo o que ali ele via. Quando conseguiu ver pelo teto de vidro, um enorme clarão.

Loui não teve nenhum tipo de inspiração nesta noite. Ele estava apenas feliz com o momento e consigo mesmo. Então dormiu sorrindo.

Aaron estudou a composição das pílulas as quais eles haviam tomado. E acabou tendo um pouco de noção de que tipo de efeito a mesma tinha deixado nele. O tempo antes era seu inimigo, e agora ele o dominava.
O menino, sem a menor consciência do que estava fazendo, apenas ingeriu fé em sua mente e coração. Sentindo uma forte e inexplicável conexão com Caden. Conseguiu notar uma lágrima caindo de seu rosto. E escutando barulhos estranhos do lado de fora de casa, olhou pela janela vendo um clarão invadindo o todo.

Helena não estava em um de seus melhores dias. Então subiu batendo os pés na escada e dormiu antes de comer.
Trevor estava com saudades de sua casa, daquela cidade, e de todas as aventuras que ele tentava viver em seus dias normais. E desistindo de dormir mais do que já havia dormido durante todos esses séculos, Trevor foi até o porão, pegou suas tintas spray, colocou os fones de ouvido, e saiu.
Indo até a concentração de eletricidade da cidade, ligou todas as luzes que antes pertenciam à prefeitura.
E sentindo verdadeiramente a música que tocava em seus fones, Trevor desenhou tudo o que veio em sua mente. Ou seja, anjos, e demônios. A paz, e o caos. A coragem, e o medo. O tempo, e suas consequências.
Ao terminar um de seus últimos desenhos, viu um clarão invadindo tudo o que seus olhos podiam alcançar.

Jonathan levou Caden para sua casa, e durante todo o caminho, os dois permaneceram calados. Ao chegarem em casa, Jonathan foi tomar um banho e Caden foi comer alguma coisa.
A noite foi bastante silenciosa. Principalmente para Caden que já estava acostumado com a escuridão em sua volta, que agora, também estava dentro de si.
Na mente e no coração de Caden estava acontecendo uma grande guerra devastadora que o fazia perder o controle de si na maioria das vezes.
Era uma batalha das trevas contra a luz. Ele não conseguia saber escolher entre fazer parte do um terço caído, ou dos que permaneceram ali.
Seu coração decidia com cuidado e medo juntos, mas seu cérebro sabia que nenhum deles era completamente perfeito. Pelo menos, não em seu ponto de vista.
No meio da noite, Caden levantou da cama, saiu da casa de Jonathan, e observou o céu. Cerrou os punhos, respirou o mais fundo possível, e fechou os olhos esperançoso. Caden queria acordar daquilo que chamava de pesadelo, porque não tinha forças para encarar sua nova realidade.
E assim, com um coração cheio de fé, e um cérebro cheio de conhecimento, asas brancas cresceram nas costas de Caden.  Ele decolou rápido, subindo cada vez mais e mais. Ao ver poucas luzes na cidade a qual ele percorria voando, caiu uma lágrima de seu olho.
Quando essa lágrima tocou o chão, Caden sentiu uma corrente de vento mais forte que a de antes. E olhou para trás.
Ao virar seu rosto, ficou pálido e assustado com o clarão que parecia atacar todo o universo com uma rapidez inexplicável. E sentindo seu corpo cair, e suas asas desaparecerem, Caden apagou.

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