Efeitos Da Pílula
William chegou na sua mansão sem expressão nenhuma. Ele não queria saber de ninguém nem nada. Para ele, o mundo acabou e ele já tinha aceitado isso. Afinal, essa história toda de estar vivo após uma destruição assim era muito estranha. Então ele simplesmente subiu até seu quarto, e o encontrou em perfeito estado. Porém, assim como para o resto das coisas, ele nem ligou para isso. Arrumou uma mochila grande com o pensamento de viajar pelo mundo agora que todos já haviam morrido. Tomou um banho, se vestiu, pegou sua mochila, e saiu. Na frente da mansão, ele viu uma bicicleta jogada. William notou que aquela bicicleta não estava lá antes. Então observou o lugar para ver se tinha alguém ali. Sem sucesso, resolveu entrar em casa para procurar. Notou algumas pegadas de lama subindo a escada. Seguiu aquelas pegadas intrigado deixando sua mochila no meio da escada. As pegadas iam em direção ao quarto de sua irmã mais nova de 6 anos. Ouviu alguns barulhos ao espiar atrás da porta. William se assustou ao ver a porta se abrir e ele não encontrar ninguém ali.
Viu todos os cantos do quatro e não encontrou sua irmã. Ao se virar para sair, ela estava na porta com um vestido branco e seu coelho de pelúcia. A primeira coisa que William notou foi que ela não estava mais com o olho de vidro, e rapidamente notou o que havia acontecido. Ele tinha certeza de que sua irmã também tinha sido afetada pela pílula.- WILL!!! -correu e pulou nos seus braços o apertando forte. Depois de uns segundos para assimilar a situação, William correspondeu ao abraço.- Will, olha o que eu sei fazer! -ela fechou os olhos, se concentrou, e de repente desapareceu.
- Alice! Cadê você? -William se desesperou a procurando.
- Atrás de você. -William se virou e ela estava lá.- Bu! -tentou o assustar ele riu abraçando ela.
- Maninha... Como você conseguiu ficar tanto tempo sozinha aqui em casa? -perguntou William sentando ao seu lado.
- Eu não fiquei sozinha não, Will. A tia Lexa cuidou de mim. Mas porquê você tá tão legal comigo? -Alice falou meio sem jeito.
- Eu também não sei, Alice. Mas... Quem é Lexa? Existe mais alguém vivo? -se intrigou.
- Sim, irmão. Tem eu, tem ela, e tem uma menina estranha que não conversa com a gente. Toda vez que a gente vai tentar falar com ela, ela fica fugindo. Tenho medo dela... -Alice escondeu seu rosto no braço de William. Will sorriu com aquela situação, a pegou no colo, e lhe deu um beijo na bochecha.
- Não precisa ter medo de nada, maninha. Will tá aqui agora. Eu vou cuidar de você, ok? -William falou meigo, e Alice concordou com a cabeça abraçando seu coelho.- Agora eu preciso voltar. Tem uns amigos meus me esperando. Acho que eles vão gostar de te conhecer. Quer ir comigo?
- Quero siiim! -Alice se animou.
- Então vamos tomar um banho! -William a pegou no braço e levou pro banheiro.
Eles brincaram enquanto William dava banho nela. Após o banho, William vestiu ela, os dois lancharam, e William levou ela até o laboratório no carro vermelho que era de seu pai.
Cigarro
Loui chegou em casa já chorando. Ele sentia falta de sua avó, seu avô, da sua mãe... Ao entrar, começou a espirrar pela grande quantidade de poeira. Foi até seu quarto, e encontrou um pacote de Snickers na sua cama com uma fita cassete em cima. Ele pegou a fita, desceu até a sala observando a mesma, e colocou em um aparelho que servia para assistir a mesma. Deu play no aparelho e começou a ver um vídeo de sua mãe.
- Filho, eu acho que você não se lembra de mim, mas... Eu amo você, filho. Eu peço do fundo do meu coração que me desculpe por ter te abandonado. Logo você saberá porquê. Porque você não foi o único... Lu, mamãe pede que você se mantenha forte... Por favor... Tem mais uma coisa que você precisa saber. Seu pai não é um estuprador. Eu o amava de verdade. Nós planejamos sim ter você, Lu. Mas sim, ele me traiu depois disso e foi pra longe. Mamãe vai estar sempre no seu coração, filho. Amo muito você.
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PILLS
Ciencia FicciónSeriam pílulas capazes de mudar o mundo? Dormiria eu em lençóis de falso algodão enquanto assistia o mundo mudar da forma errada? Talvez tenha sido esse meu destino. Mas porque eu? O que tenho eu de diferente? Eu sou mesmo quem eu achei que era?