"Eu estou aqui e pretendo não sair"

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Comecei a falar tudo da minha vida e ele apenas me olhava abismado, falei desde a minha adoção até hoje. Quando eu parei de falar tudo ele tomou um pouco de água e me olhou falando.

- Você e Júlia são iguais em quase tudo, não em relação de ser rico. Mais em relação de jeito, como lidaram com o desprezo da mãe de vocês. Ainda sim estou abismado como a mãe conhece você. - Ele falou sério. - Sua irmã vai ficar feliz em saber que você é irmão dela.

- Júlia é uma pessoa maravilhosa. Eu me apaixonei pelo jeito dela cantar. E como ela canta bem. - Ele sorriu pra mim sem jeito.- E em relação a eu ser rico, minha família fez algo que eu não imaginei que eles fossem fazer, eles vão dar 15 % das empresas pra ela. Provavelmente a sede daqui. - Ele me olhou com os olhos arregalados e sorriu.

- Sua família é louca. Você é louco. Mais gostei de você. - Ele me olhou estendendo a mão pra mim.- Vamos ser amigos?

- Claro, namorado da minha irmã é meu amigo. - Quando ele falou isso, uma correria começou no hospital, Noah olhou para uma mulher e gritou.

- O que houve mãe? - Ele levantou e eu fui junto à ele. Noah corria e parou no quarto, olhei para a cama e vi a minha irmã tendo uma parada cardíaca. - Mãe faz alguma coisa.

- Noah saía do quarto, agora. - Ela falou séria - Noah agora.

- Mãe eu não quero perder ela… - Assim que Noah falou isso, os batimentos de Júlia voltaram, Noah chegou perto dela é falou. - Seja forte, meu amor seja forte.

- Júlia.. - foi a única coisa que eu consegui falar, minha irmã estava deitada na cama, já com os batimentos normais.

- Quem é ele? - Noah pegou a mãe pelo braço e falou algo. - Lurdes tem que parar de guarda esse tipo de segredo. Seja bem vindo a nossa família.

- Obrigada, eu queria falar com a senhora ficar a par de tudo. E se preciso eu pago o hospital para ela. - Noah olhou pra mim e negou.

- Não precisa, Luke e Mirna tem como paga, mais se você quiser,  ficar com ela para eu poder ir a escola. Eu vou agradecer. - Olhei para ele sorrindo.

- Fico sim, claro. - Ele me olhou e olhou pra mãe dele.- Prazer Dylan, Dylan Moore.

- Olá Dylan.. eu sou a Kristina. - Sorrir sincero para ela, que me olhou dos pés a cabeça. Me senti constrangido mesmo assim não tirei o sorriso e nem parei de olhar pra ela.

- Olá.. Então quando vou poder começar a vir a ficar com a Júlia? - Falei olhando para Noah.

- Amanhã, hoje eu quero ficar com a minha pequena.-  Sorriu o garoto.

- Tudo bem, eu vou indo… antes eu posso ficar um pouco com ela…? - Noah sorriu largo e Kristina entendeu saindo junto com ele do mesmo.

Me virei olhando pra ela, segurei na mão dela e suspirei, anos esperando encontrar ela, abraçar e chamar ela de irmã. E hoje eu estou aqui com ela, no hospital. Por causa da mãe e do pai merda que ela nem conheceu. Esses idiotas da escola, o Yan, a como eu queria acabar com ele.

- Se eu pode-se te tirar daí, se eu pode-se trocar de lugar com você. Você não merece isso, você é forte, tem uma vida tão grande pra viver… - eu falei isso e sentir um no tampa a minha garganta. As lágrimas já desciam. - Vamos lá, o mundo merece conhecer a sua voz Júlia Montez… imagina você nos palcos do Rock In Rio, no Lollapaluza… por favor acorda, eu quero te ver sorrindo, feliz… - Cheguei perto dela dando um beijo na testa dela. - Eu vou indo amanhã estou aqui… e pretendo não sair da sua vida.

Sair de perto dela, me virando olhei para a porta e vir a Mirna e a Lurdes me olharem. As duas tinham os olhos marejados. Fui até elas e as mesmas me abraçaram.

- Vai ficar tudo bem querido… você vai ver… - Lurdes falou olhando pra mim, Mirna não tinha me largado ainda. Ouvir ela chorar baixinho durante 10 min. Quando ela parou me olhou falando.

- Você não sabe o quanto eu quis te conhecer, você era um bebê quando eu te vi saindo da minha casa, eu não queria que minha irmã tivesse feito isso… olha o rapaz que você se tornou. Você é um homem, um homem que o seu pai não foi, nem pra você e nem pra sua irmã. Deus… olha pra isso. - Mirna me falava aquilo e eu me sentia orgulhoso pôr ser melhor que o cara que deu o sêmen e a mulher que foi barriga de aluguel. - Me diga… onde você está ficando?

- Mirna… - ela me cortou.

- Me chame de tia… por favor. - ela falou sorrindo.

- Tia eu estou no Hotel, não se preocupa. - ela negou.

- Por favor fique na minha casa, temos 2 quartos vazios e a casa está tão quieta… - Ela falou tristonha, seus olhos marejados.

- Tudo bem, eu preciso só buscar as minhas coisas. Depois disso irei lá. - Sorrir largo e olhei para ela. - Espero que ela acorde, não aguento mais querer abraçar ela, poder ver ela bem…

- Ela vai ficar bem confia em mim. - Lurdes sorriu. - Agora vamos…

(…)

- Você sempre vai ser bem vindo em minha casa. Você e a sua esposa. - Eu tinha dito a eles sobre eu ter me casado. Mais meu casamento não está lá essas coisas.

- Tudo bem agora preciso ir, preciso deitar para amanhã,  eu tenho que  acordar bem e poder ver a minha irmã. - Falei rapidamente. Já na porta da casa. - Obrigada por me acolherem.

- Sempre que precisar vamos está aqui. Melhor ir, vai chover. Boa noite querido.- Sorriu Mirna.

- Obrigada, boa noite. - Abracei elas, Rafaelly não estava muito bem, às duas horas que eu passei lá ela mal falou, sempre que fala vamos de Júlia ela tinha seus olhos parados para o nada, algumas lágrimas caíam de seus rosto. Mais quando eu fui embora ela só deu um sorriso mínimo e foi para o quarto.

Sair do abraço indo em direção ao carro, entrei no mesmo. Peguei meu celular e vi algumas ligações da Ashley. Conecte o celular ao carro. E fiquei pensando como meu casamento ficou tão idiota nesses 2 anos. Ashley Henderson minha melhor amiga, desde a escola sempre esteve comigo, nos bons nos mals momentos, começamos a namorar no fim do incino médio, casamos quando terminamos a faculdade. Mais a nossa relação sempre foi mais de amizade, durante esses anos todos, nunca brigamos tanto, como agora. Ciúmes, de me perder eu acho. Liguei para ela é depois de dois toques ela atendeu.

- Amor… - Falei assim que ela atendeu.
- Hey baby, como você está? - Falou em um tom alegre.
- Estou bem, mais a minha irmã não. - Falei suspirando.
- Querido, o que houve?  - Ela falou com uma voz mais triste.
- Ela está internada, em coma, tudo por causa do Yan. E aquela escola, nossos pais… Tudo influenciou isso. - Olhei pra frente com raiva.
- Como assim, o que ele aquele idiota fez? - Folou com raiva. Contei tudo a ela. -  Ela vai sair dessa, eu estou indo prai. Não faz burrada por favor.
- Por favor eu preciso de você. - Falei parando o carro no estacionamento.
- Estou indo, me diga onde você está me mande uma mensagem. - Mandei a mensagem. - Chego em 4 horas. Vou pegar o primeiro voou. Te amo.
- Te amo, até. - Desliguei o celular.

Desconectei o celular do carro, entrei no hotel e peguei minha chave indo até o meu quarto, Entrei no mesmo é olhei pra ele. Tirei os sapatos, as meias, as roupas do meu corpo e me deitei na cama só de cueca olhando para o teto. Fechando meus olhos, pensando em minha irmã e em como a minha vida estava louca. Depois de um tempo acabei adormecendo.

(…)

No outro dia Ashley estava comigo no carro, para pegar o plantão, ela e eu estávamo conversando quando ela falou:

- Acho que eu errei em relação a ter ciúmes de você. - Sorrir colocando a mão na cocha dela.

- Claro que não, somos irmãos. -Sorrir olhando pra frente.

- É eu sei… - Ela sorriu colocando a mão por cima da minha.

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