CAP 2 - Professora (com modificações)

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                     NOAH CARTER

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                     NOAH CARTER

Conheci uma garota, que tem tudo que uma DUFF tem, estuda, se preocupa com os outros, sabe de tudo e é meio destrambelhada.

Estava saindo do vestiário quando escuto o tal do Anthony e Michael  do time de futebol falando que a Júlia não ficava com ninguém há algum tempo, que ela deveria parar de tentar ser a popular que nunca foi, não entendi, mas fiquei ouvindo.

Eles riram alto e um deles falou de uma festa que ia ter na casa de um conhecido. Eu saí de lá e o mesmo cara deu um grito me chamando.

— Cara, você vai sair sexta a noite? Eu sou o  Michael. — Ele estendeu a mão.

— Não. Por quê? — Apertei a mão dele.

— Festa na casa de um conhecido meu, a festa vai durar até a hora que a policia bater lá. — Ele riu alto.

— Vou sim. Levo alguma coisa? — Ele negou, saindo junto com o Anthony.

Assim que eles saíram eu saí e vi a Júlia com as amigas dela, ela estava com a cara inchada, entrou dentro do carro, no canto do passageiro e uma delas foi dirigindo.

Quando cheguei em casa entrei na internet e procurei ela nas redes sociais e lá estava ela, reclamando de dor nos pés, mas agradecendo a quem ajudou ela.

Um garoto postou um meme com a frase. " A fase DUFF começou." E ela estava chorando quando tinha caído. Eu não gostei nada daquilo, o Noah que foi criado por duas mulheres gritou dentro de mim, minha mãe nunca iria deixar eu fazer algo assim, minha outra mãe nunca ia deixar eu aceitar que alguma amiga minha passasse por isso, ela falou que a sobrinha passou por algo pesado que nenhuma mulher deveria passar. Elas sempre me ensinaram que não se deve machucar uma mulher, se for pra ficar fique sério, se for pra namorar namore sério, se for pra ser amigo, seja o melhor amigo que você poder ser, e até mais que isso. Eu iria falar com esse menino amanhã.

O que é isso Noah, pegando a briga com uma garota, a primeira garota que você vê no novo colégio. — Pensei. — Já sei o que eu vou fazer, mas isso vai ser bom pra mim e pra ela.

Fiz umas ligações, e pronto amanhã é só comunicar para a Júlia que ela é a minha nova professora e ela vai me ajudar e eu vou poder ajudar ela a não ser mais fonte de brincadeiras e zoações  dessa escola. Quando dei por mim, estava adicionando ela em todas as redes sociais.

No outro dia olhei, preferi ir mais largadão, uma regata, calça preta, um vans, e um chapéu, entrei no meu carro, olhei para o meu visual e sorri, mesmo assim por que diabos eu estou sorrindo?! Indo para a escola, liguei o som do carro, e comecei a cantar uma música qualquer que estava tocando lá, cheguei na escola, acabei entrando na sala atrasado. Quando me sentei, a professora de reforço chegou na sala e chamou a Júlia, olhou pra mim rapidamente e foi falar com ela. Ótimo, não seria eu que ia falar. Não demorou muito e ela voltou me dando um papel com os Horários. Eu olhei pra ela e sorri.

— Obrigada! — Ela sorriu e sentou na cadeira. 

No final da aula, eu saí correndo para a biblioteca, chegando perto tentei recuperar o fôlego e olhei-me, comecei a ser o que eu realmente era, e não o que eles queriam ou pensasse que eu fosse. Nem cheguei a entrar e dei de cara com umas meninas falando, zoando com ela. Ela levava na brincadeira, meio sem graça cheguei perto dela e sorri falando:

— Olá, Júlia pronta pra me ajudar?  — Ela olhou pra mim e sorriu. — Meninas queria que vocês saíssem daqui, para ela me ajudar.  — Elas me olharam, com um olhar de riso.

— Só se você me encontrar depois. — Eu tenho que me segurar.

— Não, eu vou sair com a Júlia. — Me sentei de frente pra ela, e ouvi a outra garota bufar, revirando os olhos as duas saíram de lá com raiva.

— Eu vou sair com você? - Ela me olhou com vergonha. — Eu não sabia disso.

— Você é a minha professora, e eu quero te ajudar, eu vi ontem que o garoto falou que "A fase DUFF começou." , eu sei bem como é isso, e querendo ou não eu quero te ajudar, fui criado por duas mulheres e eu sei como se deve proteger uma de qualquer coisa. E eu não gosto quando fazem isso com as pessoas a minha volta.

Ela ficou sem reação, sua cara mudou e eu realmente fiquei com medo, ela respirou e falou firme.

— Eu sei que sou uma DUFF, não precisa passar isso na minha cara, por favor não comece, com essa história de mudar o meu jeito. — Suspirei essa vai ser bem difícil.

— Olha eu não vou te mudar, quero te ajudar, só isso por favor. — Ela me olhou sem jeito e pegou a apostila. — Júlia, por favor. 

— Vamos lá, eu tenho que te ajudar nisso, por favor. — Olhei pra ela e sorri pegando minha apostila. E começamos a estudar.

Assim que terminamos eu segurei na  mão dela e ela me olhou, com uma sobrancelha arqueada, eu sorri pegando o celular dela, coloquei o meu número e disse um "oi" em um aplicativo de mensagens instantâneas quando eu acabei ela riu, — que risada gostosa—  e acabei rindo com ela que me olhou e parecia mais confortável com a minha presença.

— Vamos, nós temos a tarde, para ir ao shopping afinal não comemos nada. — Olhei para ela e garota novamente se armou. — Por favor vamos?

— Não eu tenho que ir, eu trabalho, me desculpa mas realmente não dá, tchau.— Ela levantou devagar ainda, por conta da tala.

— Eu te levo para casa então, tenho que te agradecer de alguma forma. — Falei sorrindo levantando.

— Tudo bem, você é bem insistente. — Ela falou me olhando, segurei a bolsa dela e os livros, ela estava com a bengala que fazia ela se equilibrar. — Mas mesmo assim obrigada.

— Eu sei, mas não estou fazendo isso por dó, você não precisa disso. — Ela negou e me olhou.

— Eu odeio está na posição, eu já passei por isso. — Ela falou me olhando nos olhos.

— Eu já passei por isso. —  Ela parou e respirou fundo. — É melhor irmos logo isso pode piorar.

— Eu sei. — Ela me olhou e eu apontei para o carro, fomos o mais rápido possível. Entramos no carro, o caminho todo falamos sofre como a escola é me admirei em saber que existe muitos grupos lá. Em mais ou menos 30 min, nós já tínhamos chegado na sua casa. Parei em frente, saí do carro com as coisas dela, deixei de baixo do alpendre, e em estantes eu já estava ajudando ela a subir as escadas, ela sorriu e eu sorri dei tchau, e ela também fez o mesmo.

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