Delphine não se importava mais com o filme, de repente; ela queria vê-la, e se virou no sofá, de modo que as pernas de Cosima tiveram que prender as dela para evitar que ela caísse. Cosima podia ver os lindos olhos dela brilhando na escuridão, e queria protege-la, inclusive de si mesma, mas por Deus, ela também queria beijá-la, mergulhar de cabeça naquele prazer, e ao mesmo tempo tinha que deixar as coisas bem claras.
- Nós vamos devagar.
- Eu sei.
E então, Cosima podia beijá-la; beijá-la de verdade, desta vez, e ela podia beijá-la também, um beijo lento e delicioso que não era estranho, apenas exigiu um pouco de ajuste, porque Delphine estava abaixo dela e mal equilibrada. Ela a puxou contra si um pouco, e a perna nua dela ficou presa entre as dela, vestidas em um jeans apertado; e enquanto a língua de Cosima deslizava para dentro de sua boca, enquanto seus lábios se apertavam com mais força, Delphine percebeu que se quisesse permanecer no sofá teria que entrelaçar a outra perna à dela.
Ela cheirava como Cosima... como o primeiro beijo, mas desta vez ela se sentia sensual, em vez de cansada, se sentia viva, em vez de esgotada, e se sentia desejada, em vez de protegida.
Ela estava ficando tonta.
Ela estava mordendo o lábio inferior de Cosima, sua pequena mão passeava pelas costas dela, e a sensação do jeans áspero dela em sua virilha...
- Delphine... – ela se afastou um pouco, enquanto Delphine se apertava mais ainda contra ela – Eu pensei que estávamos indo devagar!
- Não com esta parte – ela murmurou.
Elas se beijavam como adolescentes, sem uma intenção real: só que, diferente do resto de seu corpo, o braço de Cosima começou a ficar dormente, então, ela a virou , de forma que ela ficasse deitada de costas, e ela pudesse ficar por cima de Delphine, seus cotovelos afundando no sofá, enquanto ela a beijava profundamente.
Aquele não era um beijo perigoso, porque elas não planejavam progredir para nada mais sério naquele momento. De certa forma, as duas sabiam disso, mas mesmo assim, precisavam de uma confirmação verbal.
- Nós não devemos – disse Cosima, quando a coxa de Delphine deslizou por entre suas pernas, e a mão dela escorregou para dentro de sua camiseta, acariciando-lhe as costas e sentindo a maciez de sua pele, a firmeza de seus músculos, e ela arqueou contra o seu corpo – Eu acho melhor pararmos...
- Eu sei – ela arfou – Mas está tão bom...
- Sim – Cosima parou, então, porque ela era preciosa demais para correr riscos – Vamos apenas... devagar.
- Então, vamos continuar só com os beijos... – a boca de Delphine estava colada à dela, e seu corpo era uma massa vibrante de desejo sob o dela. Já era muito mais do que apenas um beijo, mas Deus, como era bom.
- Eu acho que podemos ir um pouco além disso – Cosima prometeu. A mão dela estava afastando a blusa de Delphine agora, os seios dela macios e quentes sob seus dedos. Isso era tão mais do que um beijo, enquanto os dedos dela acariciavam os seios dela com habilidade.
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Pequeno Milagre
FanfictionPassaram-se quatro anos desde que a médica Cosima Niehaus perdera sua esposa. Mas ela ainda não conseguira superar a dor. A fim de buscar um recomeço, aceitou trabalhar na emergência. Um dia, durante uma caminhada pela praia, cia estarrecida ao ver...