Capítulo 12

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- Cosima Niehaus.


Ela não ouviu o telefone tocar, apenas a voz de Cosima quando ela o atendeu.


- Belinda Hamilton está de plantão neste final de semana. Não, eu a vi, ela estava no hospital mais cedo – ela sentiu os lençóis se movendo, Cosima levantando da cama, ouviu o som do chuveiro ligado antes que a conversa estivesse terminada, e dois minutos depois, Cosima, ainda molhada do banho, estava ao lado dela, vestindo jeans.


- Eu preciso ir ao hospital.


- Algum problema?


- Talvez. Belinda não está atendendo às chamadas – ela a beijou e aquilo a confortou; mas de forma quase sincronizada, no momento em que ela saiu, as horas de solo dela terminaram, porque Charlotte acordou. Delphine desceu as escadas e preparou uma mamadeira para a menina, e então a colocou na cama para alimentá-la. Foi a mamada noturna mais fácil da vida de Charlotte; a mamadeira estava vazia em poucos minutos, e ela adormeceu novamente. Charlote merecia um abraço por ser uma menina tão boa, pensou Delphine, e arrumou os travesseiros, aconchegando-se à filha e determinadamente ignorando a voz de sua mãe em sua cabeça, que lhe dizia que ela não deveria deitar-se na cama com o bebê.


E foi aquela cena que Cosima encontrou quando voltou para casa. Depois de lidar com o problema no trabalho, ela passara no posto de gasolina, comprara suprimentos e estava pronta para cair na cama de novo. Durante o caminho de volta, tudo parecia lógico, e ela se sentira tão segura; ela havia ido até a casa de Belinda. Certa de que ela estava em casa, ela havia esmurrado a porta, e sentira uma pontada de medo, o mesmo medo que sentira quando chegara à casa e encontrara Shay. A casa silenciosa, e uma sensação horrível de que algo estava errado.


- Belinda! – ela gritara – Eu vou chamar a polícia se você não abrir a porta.


- Desculpe! – a porta se abriu, e ela viu que os olhos dela estavam inchados de tanto chorar – Eu não posso ir trabalhar.


- O que aconteceu? – ela perguntou, espantada.


- Você pode cobrir por mim hoje?


- Você pode ligar para a recepção do hospital e pedir a eles que avisem a você, se houver algum problema?


- Vou fazer isso agora – Cosima disse, impedindo que ela fechasse a porta, quando ela tentou dispensá-la – Belinda, o que está havendo?


- Infecção intestinal.


- Não me venha com essa! – ela exclamou.


- Por favor, Cosima.


Não era da conta dela. Desde que ela estivesse bem, era o que importava, mas o coração dela ainda estava acelerado quando ela entrou em casa, o gosto metálico do medo permanecia em sua boca, e ela tomou um copo de água e mais outro antes de subir as escadas.

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