Broken: Basta um verdadeiro amor para unir o que antes foi quebrado

Epílogo

CAPÍTULO ESPECIAL

ALGUM TEMPO DEPOIS

Mesmo não planejando, a cabana acabou sendo um lugar especial, tanto pra mim, quanto para Luke. Era nesse lugar que vínhamos passar algum tempo juntos, conversar, observar as estrelas ou apenas gritar para a cidade que não nos escutava dali. Levou algum tempo até que meu pai aceitasse Luke por completo, ele ainda ficava meio acanhado com ele, mas conseguiam conversar numa boa, uma vez até peguei os dois conversando sobre um jogo de futebol que passava na televisão, e olha que Luke nem era muito de assistir a programas da tevê. Eles estavam finalmente se dando bem.

Tínhamos acabado de voltar de um encontro, o plano era eu ter ido para casa, mas estava chovendo muito e pelo que parecia, a chuva não iria parar tão cedo, então decidimos ir para um lugar mais próximo onde poderíamos passar a noite, que no caso acabou sendo a cabana.

Mandei uma mensagem para meu pai avisando que passaria a noite fora, e ele entendeu, porque já estava acostumado que eu saísse com Luke assim.

— Vou pegar uma toalha para você se secar. — Ele anunciou, fechando a porta e sumindo pelo canto da cabana.

Eu fui e sentei no braço do sofá esperando-o voltar, eu ainda estava tremendo por causa do frio que fazia, e ainda por cima relampeava lá fora. Não que eu estivesse com medo, pelo contrário, aqui dentro é bem aconchegante, mas o fato de eu estar molhada não ajuda muito.

Ele voltou alguns minutos depois com uma toalha, ele já estava descalço, sem a jaqueta surrada e sem a camiseta, eu precisei respirar fundo para não ficar encarando demais: a tatuagem dele Stay strong and never give up, ainda era bem visível.

Ele aproximou-se de mim com a toalha que ele se secava e a colocou sobre o meu cabelo secando-o.

— Você está tremendo muito. Quer que eu pegue um cobertor ou alguma coisa assim? — perguntou, preocupado — Se quiser pode usar uma das minhas camisetas para tirar seu vestido molhado. — Ele arqueou uma sobrancelha, mas foi uma atitude totalmente sem malicia.

—V-você adoraria a ideia, não é? — Gaguejei secando-me com a minha toalha.

Ele riu, aquele sorriso que sempre me deixava desconsertada e me fazia rir junto à ele.

— É claro que sim. É sexy.

Eu bati no ombro dele, indo me sentar no carpete

— Estou falando sério dessa vez. Você sabe que não precisa ter receio. Você pode dormir no quarto e eu durmo aqui. Já estou acostumado. — Ele falou. — Tem certeza que você não quer trocar essa roupa? Não quero que você adoeça ou pegue uma gripe.

— Luke, eu estou bem!

Ele me observou como se para te certeza que eu não estava mais tremendo e assentiu ainda sem parecer estar convencido. Ele ligou o celular colocando uma música e sentou à minha frente no carpete preto estirado no centro da sala

Ele tocou meu rosto acariciando delicadamente e afastou algumas mexas do meu cabelo ainda úmido do meu rosto, enquanto descia o polegar pela minha bochecha e meus lábios e em nenhum momento tirava os olhos de mim, um calafrio percorreu minha espinha, respirei fundo tirando a concentração da mão dele e o olhando nos olhos.

Um erro

Eu podia ver desejo nos olhos dele, tanto quanto eu podia sentir em cada célula minha, e não conseguia desviar o meu olhar do dele e nem o faria se pudesse, amava quando ele me olhava dessa forma, com essa intensidade como se eu fosse a única pessoa na face da terra, eu me sentia queimando por dentro, me sentia desejada, me sentia amada e protegida e sabia disso, porque nesse exato momento, estava olhando para ele da mesma forma.