Ele pilotou até o lugar com pressa — algo estava acontecendo e isso o deixou inquieto. Eu estava um pouco nervosa, poderia conhecer um pouco mais do mundo dele, mas não sabia se iria gostar. Ele deixava claro que gostava de corridas clandestinas, coisas como apostas, e obviamente tudo isso vinha envolvido com brigas.
Mas o que quer que acontecesse, eu precisaria ficar calma. Uma garota histérica no meio do problema dos outros seria a última coisa que ele iria querer.
Estávamos no centro da cidade, em um lugar mais afastado da movimentação. Ele estacionou a moto perto de um bar de motoqueiros e correu por uma rua até chegar a uma área aberta. Tive que tomar cuidado para não tropeçar e cair enquanto o acompanhava.
O lugar era uma área enorme, quatro motos estavam paradas uma ao lado da outra com os faróis ligados e vários homens estranhos de jaquetas de couro ao redor. Havia somente um lugar vago. Um garoto estava parado lá no meio, segurando uma bandeira branca enquanto olhava para o mesmo lugar que os caras nas motos.
Segui o olhar deles até um canto e percebi uma briga de dois rapazes, ambos pareciam jovens.
Eu fiquei para trás enquanto Luke foi até eles.
Ele parou a briga dos rapazes se colocando entre eles, e puxou o outro, saindo da roda que tinha se formado. Derek estava parado ao lado dele com o olhar em mim.
— A culpa é dele. Aquela corrida não valeu. Eu não vou entregar minha moto a esse idiota. Foi trapaça — disse o garoto que Luke segurava.
— Eu te disse que não era para participar das corridas. Disse para ficar fora disso. Agora tem que arcar com as consequências.
— Sem essa! — gritou o menino, puxando a jaqueta e livrando-se de Luke. — Ele trapaceou. Eu não vou entregar minha moto.
— Não foi trapaça — disse o outro. Ambos estavam machucados. — Você perdeu. Aposta é aposta.
Luke encarou o cara enquanto afastava o outro menino.
Eu podia ver sangue escorrendo de seu rosto.
— Se não foi trapaça acho que você vai aceitar uma corrida. Somente eu e você. Se eu ganhar pego a moto dele de volta.
— E se eu ganhar? — perguntou o rapaz, com um sorriso no rosto.
— Você fica com a moto dele e a minha.
Os outros caras por ali começaram a falar com Luke, tentando fazê-lo desistir, mas ele não deu ouvidos aos outros e veio até onde eu estava.
— Espera por mim aqui. Eu já volto.
— V-Você não deveria fazer isso. E se esse você perder? Vai ficar sem a sua moto. Não vai mais poder correr.
Ele piscou para mim, fazendo um sinal com a cabeça, e Derek parou perto de mim.
— Pode deixar. Eu tomo conta dela. Mas eu ainda acho que isso é loucura, cara. Conhecemos o Dony há um bom tempo, e todos sabem que ele realmente trapaceia. Ele vai fazer você perder.
— Eu não tenho medo dele.
Luke correu até o meio da pista, conversando com um cara cheio de tatuagens espalhadas pelo corpo e piercings no rosto. O homem fez sinal para ele e lhe entregou algo — uma chave, eu acho.
Os outros homens se afastaram da pista, desligando os faróis. Ficaram só Luke e o outro rapaz, Dony. Em seguida eles ligaram os faróis e o menino no centro da pista abaixou a bandeira. Vários homens — e até mesmo algumas garotas — estavam em volta do lugar gritando euforicamente. Eu podia escutar a torcida dividida entre os dois.
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Broken: Basta um verdadeiro amor para unir o que antes foi quebrado
RomantizmSINOPSE: Verônica Sinckler é uma garota comum, por causa de um trauma do passado, não consegue mais se relacionar com garotos e sendo assim, sempre se afasta de quem tenta se aproximar. Luke Mcdoneel é o típico bad boy com um passado dolorido que...