Balada dos Anjos Caídos

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Alucard, Crowley, Hendrick, Kira, Sanctum, Amael, Aziel e Alice adentraram no local, se deparando com um enorme castelo parecido com um Coliseu fechado. O clima era o mesmo do turbilhão de almas: frio, calmo, silencioso. Um céu negro com nebulosas verdes contrastavam com a paisagem fora do local, que possuía almas caíndo sem parar. O solo era feito do que parecia ser uma pedra preciosa, que imitava as colorações do céu. O local era iluminado por uma força mágica desconhecida, porém apenas em alguns pontos, deixando o mesmo escuro de qualquer forma.

- Temos que entrar na porta da Astrologia do Quadrivium, sigam-me. - Aziel tomou a liderança.

Enquanto andavam, o som dos passos ecoavam pelas extremidades das enormes paredes que os cercavam, apesar de ser o local onde todo o conhecimento da humanidade, descoberto até então pelos demônios, estava reunido, era um lugar vazio e sem vida aparente. Sanctum estivera quieto a viagem toda, apenas ficava olhando para o solo enquanto os outros mantinham os olhos nele. Eles haviam formado uma fila para ficar de olho no próprio; enquanto Hendrick ficava na retaguarda junto de Alucard, Crowley andava junto do velho duque, Kira seguia na frente, e logo após, Amael e Aziel lideravam o caminho.

- Vocês têm alguma pergunta? - Perguntou Amael para quebrar o desconfortável silêncio que se manifestou enquanto caminhavam.

- Nosso objetivo ainda é chegar ao Céu? - Perguntou Crowley. - Me parecia tão fácil quanto achar um portal escondido dentro de um bar.

- Diferentemente da Terra, no Inferno não existem "portas" ou portais, mas sim vértices. São pontos onde a camada da realidade é mais fina, e por conta da ação da corrupção se tornou mais fácil atravessá-las, daí podemos ir de um plano para outro. As vértices são raras por aqui, e a mais próxima de nós desde a masmorra em que estavam está justamente no Quadrivium. - Ele deu uma pausa e logo perguntou novamente. - Mais alguma pergunta?

- Não...Não temos. - Hendrick suspirara profundamente enquanto segurava a mão de Alice e seguia andando.

- Algum problema? - Perguntou Amael.

- Agradeço se evitarem falar sobre o Céu, o Inferno e tudo relacionado a isso perto dela.

- Você compreende que ela já viu mais do que deveria por aqui, né? Não falar sobre isso não vai mudar o que ela passou.

Alice olhava para o chão sem reação, Hendrick ficou quieto.

(...)

Após um tempo caminhando nos longos corredores silenciosos do Quadrivium, eles se aproximaram de um enorme portão de ferro, acima dele uma palavra escrita com letras arcaicas adornavam uma placa de basalto atrás dela.

- Stellae. Significa estrelas, em latim. Aqui é a porta da Astrologia, vamos entrando. - Disse Amael enquanto ia abrir o portão, porém foi impedido por uma enorme gárgula que guardava a entrada.

- Não temos tempo pra isso. - Aziel lançou um projétil na gárgula que a despedaçou por completo. - Entrem.

- Isso foi tão...Anticlímax. - Disse Alucard enquanto se ajoelhava nas cinzas da criatura, os outros seguiam seu caminho para dentro da porta. - É uma boa hora para usar isso... - Segurando uma orbe transparente, Alucard extendeu sua mão até as cinzas da criatura, que foram absorvidas. - Ótimo, minha primeira Maldição. - Levantou-se e seguiu o caminho dos outros.

Todos entraram numa sala com um colossal telescópio apontado para o céu negro do Limbo, contudo, era possível ver estrelas e corpos cósmicos a olho nu. Várias estantes ao redor das paredes e mapas astrológicos jogados pelo chão decoravam o local. Aziel, ao empurrar uma estante, revelou uma fenda na parede que emitia uma luz tão brilhante quando a habilidade da katana de Netero.

New Light - Do Apocalipse ao ArmagedomOnde histórias criam vida. Descubra agora