Bônus

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HEEYYYYYY, AMORESSS DA MAIA!!! Olha nós aqui... Então, esse Bônus é a continuação da Alessa, no outro dia após a festa (não sei se vocês se lembram), então aí vai a revelação do "Vo-Vo-Você?"

| Alessa |

- Como pode ser você? - indago em um sussurro, por estar de cara com a pessoa que eu achei que nunca iria ver em toda a minha vida.

"Não pode ser ela. Não tem como ser... Ela havia morrido, não havia?" Minha mente entra em parafuso e eu estou perdida. Confusa. Literalmente à toa.

- Sou eu, minha filha. Sua mãe. - ela diz em uma voz embargada por uma emoção que foge de toda a minha perplexidade; e embargada estou eu por não acreditar no que meus olhos vêem e meus ouvidos ouviram.

- Como? Como isso é possível?! Você morreu. - digo totalmente entorpecida pelo choque e ela ameaça vir me abraçar.

- Não chegue perto de mim! - expresso em repulsa e ela para abruptamente, com os braços abertos no ar. A encaro por longos segundos, vendo sua feição passar de emocionada para choque, tristeza, mágoa e... Não sei de mais porra nenhuma!

- Senhora, você ainda vai entrar? - o motorista do táxi me tira do transe, relembrando-me qual era a minha ação de momentos anteriores, onde só havia uma possível (quase certeza) gestação me assombrando. Viro meu corpo para a porta que abri, como se todas as minhas células optassem por meter o pé de toda essa situação putamente confusa e ajo no intuito de entrar no veículo, ignorando a pessoa que diz ser minha mãe; quando mais uma vez a ouço:

- Por favor, filha! Me deixe explicar! - ela fala em uma voz suplicante e meu corpo estremece ao ouvi-la me chamar de "filha". Suspiro profundamente com os olhos fechados e viro-me sem expressão alguma, dizendo:

- Não me chame de filha! - e vejo-a emudecer, apertando os lábios em uma linha fina, apenas me olhando com olhos em súplice. Da mesma cor que os meus.

- Senhora, não posso ficar aqui o dia inteiro. Vai entrar ou não? - o motorista mais uma vez indaga, alheio a todo o conflito que está se desenvolvendo na calçada e dentro de mim. Todavia o ignoro, mantendo apenas meus olhos firmes na mulher que, até momentos atrás, era um ser inexpressivo em minha vida, mas que sei que é minha mãe. Pois, quando pequena, após investigar em algumas coisas do Mark a procura de saber quem ou como era a minha progenitora (já que todos se mantinham um túmulo em falar sobre ela), encontrei uma foto sua com ele nos braços e uma linda dedicatória que nunca tive. Justamente porque foi-me passado, em toda a minha vida, que essa mulher. Minha mãe. Havia morrido após o parto que me dera a luz. Que ela estava a sete palmos abaixo da terra!

- Senhora? - agora totalmente sem paciência na voz, o motorista se pronuncia e então ouço-a sussurrar um "Por favor, me dê uma chance." Olho dela para o motorista e, por fim, acabo escolhendo fechar a porta do táxi, observar o mesmo seguir até perder-se de vista e ao final ouço a voz da desconhecida se pronunciar:

- Obrigada. Prometo sanar qualquer dúvida que tenha. - volto-me a olhar para ela e apenas a respondo friamente:

- Não me agradeça. - varro meus olhos no local onde estamos e vejo que do outro lado da rua há uma cafeteria e se realmente vou encarar essa realidade paranormal, precisarei de doses extras de café.

Marcas Do Passado ⇝ Livro 1《Concluída》Onde histórias criam vida. Descubra agora