Genteeee, primeiramente, boa noite. Segundamente, esqueci de falar (eu vivo sendo esquecida), então, eu vou responder todos os comentários, possa ser que demore um pouco, mas irei sem falta. E você que ainda não comentou, não se acanhe... prometo não morder.
[ ... Lisa ]
Após sair do banho e me arrumar, vou em direção ao quarto da Alessa. Tudo indicava que ela estava além de um não estar bem e, sim, perdida em algo que ela mesmo provocou. Chego a sua porta e dou uma leve batida, passa-se alguns segundos e ouço sua voz rouca, do que parece ser de choro, pedir que eu entre.
Quando adentro ao seu quarto, o que vejo me parte o coração: Uma Alessa em posição fetal, dispersa a um ponto que ela parece nem se quer estar enxergando; mas não é nada que ela não tenha provocado, porém eu não vim para destroça-la ainda mais. Vou em direção a sua cama, sento na ponta e espero que ela tome a minha iniciativa como apenas um gesto ouvinte e não acusatório. Demora alguns minutos e ouço-a perguntar:
- Ele está muito puto comigo?
- Não diria puto; mas, sim, triste, Alessa. O que você disse a ele, foi pior do que se você tivesse o acertado com um tapa no rosto. – exponho, relembrando o quanto foi doloroso vê-lo se sentir derrotado. - Ele te ama além do simples fato de vocês serem irmãos... não sei como foi após a morte de seus pais, mas para ele você é uma responsabilidade e lhe ver nesse estado o faz pensar que fracassou em te amparar; em te dar colo e carinho. – ela se senta na cama, provando o que eu suspeitava; demonstrando ter chorado a noite toda, a ponto de suas pálpebras incharem e seus olhos cintilarem em um vermelho doloroso.
- Eu não quis dizer aquilo para ele, mas simplesmente saiu. Foi como se a minha confusão falasse por mim... – faz uma respiração profunda e continua:
- Eu só queria que ele me enxergasse como alguém capaz de decidir o que eu quero. Ser madura, sem precisar de alguém dizendo "Alessa, faça isso", "Alessa, faça aquilo", "Alessa, isso não é o certo"... Cansa, sabe?! E eu me sinto além de cansada, me sinto perdida. – ela transborda em palavras, com um olhar perdido fixado nos meus e ali vejo um pingo do que sinto desde a morte dos meus pais.
- Pode parecer que não, mas te entendo. Entendo que queira andar com as suas próprias pernas, porém nem sempre vamos estar prontos para isso. – afago seus cabelos. -Para se caminhar você precisa de treino, pois não seguimos em apenas tapetes vermelhos na vida. Andamos em caminhos desconhecidos, Alessa, caminhos que podem ser íngremes e tortuosos, e se você não aprende a identificar um desses ou se firmar neles desde o inicio, você não está preparada para se aventurar. Não está pronta para ser a dona de si mesma que tanto quer. – ela me olha confusa, mas balança a cabeça.
- Sei que anda se encontrando com o Pietro todas as vezes que não estar em casa, ao invés de antigas amigas como disse a Vic. Mas não vou te julgar por tentar andar pelas próprias pernas, mas só ti peço que investigue se é esse mesmo o caminho que quer andar... Às vezes você pode entrar em direções sem volta e quando não há volta, significa que há perda de quem éramos, para nos tornamos alguém quem nós mesmos desconhecemos. – seus olhos parecem mais aliviados pelo que acabei de dizer e como comprovação do que suspeitava, ela me abraça. Depois de um minuto caladas, digo:
- Eu só gostaria que você não descontasse no Mark. Ele não tem culpa alguma, só é alguém que quer te proteger e as vezes se excede. Não é por mal, Alessa. É por amor e por amor você tem que se sentar e conversar, caso não goste de algo. – ela se fasta do meu abraço, enxugo suas lágrimas e ressalvo:
- Palavras machucam mais que ações, então não deixe alguém que ama remoer algo que não tenha saído daqui. – aponto para o seu coração e ela balança a cabeça.
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Marcas Do Passado ⇝ Livro 1《Concluída》
Romansa(+18) Lisa Miller era uma jovem linda e com tantos sonhos, até uma trágica noite... Monstros tiraram tudo que ela possuía, e então ela não tinha mais nada. Na rua, sozinha, e sem ninguém; totalmente desacreditada que as coisas vinham e ficavam, com...