(+18) Lisa Miller era uma jovem linda e com tantos sonhos, até uma trágica noite...
Monstros tiraram tudo que ela possuía, e então ela não tinha mais nada. Na rua, sozinha, e sem ninguém; totalmente desacreditada que as coisas vinham e ficavam, com...
BÔNUS DO MARK APÓS A DISCUSSÃO COM A ALESSA E ANTES DA PRIMEIRA NOITE JUNTO COM A LISA.
| Mark |
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Eu tenho raiva.
Eu tenho ódio.
Eu, simplesmente, estou enfurecido como nunca estive antes. Porém, nada dessa minha ira é voltada à minha irmã; a Alessa que um dia carreguei no colo e jurei dar todo o amor e proteção que um irmão mais velho poderia dar...
Toda essa minha tempestade negra estar voltada ao simples fato de que eu não pude a proteger. Eu não estava ao seu alcance no momento exato que a casa ruiu e ela se transformou em alguém visivelmente perdida...
O tapa em meu rosto não doeu, o que doeu foi saber que ela precisou me atingir com coisas que, todos que realmente me conhecem, sabem que me torna um fraco: a minha mãe. E meu ódio maior é que se ela precisou usar isso contra mim, foi porque eu fracassei em minha promessa de ser o seu porto seguro; aquele que cuidaria de tudo a sua volta, para que nenhum mal a atingisse.
- CARALHO!!!! – grito já no carro, batendo com as duas mãos no volante, após sair de casa ignorando os apelos da Vic. Bato no volante, xingo, puxo meus cabelos e bato mais uma vez, na esperança de que essa manifestação de ira me ajude a amenizar a decepção de ter fracassado como irmão.
- MERDA!!! – grito mais uma vez e sinto as lágrimas caírem em meu rosto, juntamente com o local do tapa arder, relembrando-me na pele o quanto fui falho.
"Eu mereci ser esbofeteado... Ela só estava jogando contra mim, o que faltei com ela..."
Respiro fundo, sentindo minha garganta doer e giro a chave na ignição, pisando fundo no acelerador. Dirijo sem destino, pelo que parece uma eternidade, até que o sistema do som que é automaticamente ajustado ao meu celular toda vez que o carro der a partida e eu colocar o celular no suporte de acoplamento específico. Penso em ignorar, mas a cada chamada perdida o celular volta a tocar e, irritado com essa interrupção ao meu modo ira, atendo rudemente:
- O que é caralho?
- Opa! Interrompo alguma foda, é isso? – a voz do Dominic preenche o local e eu bufo de irritação.
- Não vem com suas gracinhas agora não, Dominic! Eu acabo de ficar com todo o meu humor negro.
- Wow! Foi mal aí, cara. Problemas com já possíveis namoradinhos, senhor mais novo papai? – Dominic não conhece a palavra "limites" e brinca com o perigo, quando continua com as insinuações idiotas que só ele sabe fazer, e é exatamente seu comentário que me recobra a realidade.
- INFERNO!! – rujo para mim mesmo, batendo no volante outra vez.
- O que foi, cara, agora fiquei preocupado com você. Nunca lhe ouvi nesse estado. Você está dirigindo, Mark? – indaga com a voz realmente séria e preocupada.
