Vamos com calma

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Carla Maraisa narrando

O meu dia não poderia ter sido melhor, na verdade esse foi um dos dias mais legais da minha vida, foi perfeito, o meu nego não mediu esforços para deixar meu domingão maravilhoso, por mais dias como esse. Me senti um pouco infantil quando neguei ir para cama com ele, sei lá é um pouco estranho transar assim depois de tanto tempo.

Mas na real tudo que eu disse para ele é verdade, não quero decepcionar ele de novo, não quero sair como a filha da puta novamente, foi difícil pra mim e principalmente para ele esquecer tudo que passamos, é ruim ser traído pela pessoa que você gosta e tanto confia, quero me aproximar muito mais dele, quero mostrar o meu lado romântico e fiel primeiro, quero ir com calma.

Ponto positivo nele é que ele soube respeitar o meu momento, aceitou um não, não vou ser burra de novo, a carne é fraca mas o meu caráter é muito mais forte, vou esperar e não vou ceder. Pelo menos vou tentar, porque também sou de humanas.

Chegamos em casa e parece que o povo ama pegar no nosso pé, é impressionante cara.

Eu: Ué continuem falando, pararam por quê?.

Bruno: É porquê o casal chegou, e pelo visto o domingo de vocês foi ÓTIMO, né cantora? — Ele dá uma piscadinha para mim, Bruno é ridículo.

Fernando: Foi sim, mas o de vocês foi bom também, né?.

Rosi: Foi maravilhoso, nós fomos em cada canto de Portugal mas voltamos lá para as quatro horas assim, e vocês?, já é tarde, conta como foi?, para onde vocês foram? — Curiosa?, imagina, nem um pouco.

Eu: Cês são tudo fofoqueiros, hein, senhor. Querem saber quantos orgasmos eu tive também não? — Falei e olhei para a cara de Fernando que já estava vermelho porém rindo, e os outros rindo que nem umas hienas.

Julyer: Mulher, conta tudo e não esconda nada, viu?, bafão conta logo!.

Fernando: Gente, nós fomos para uma pousada que eu estou pensando em comprar, almoçamos, assistimos filmes, acho que dormimos um pouco, não tenho certeza — Ele omite a parte da casa de stripper que fomos — Fomos na piscina, tomamos café e nos arrumamos para vir embora. Foi isso, seus curiosos!.

Luiz: Mas e os orgasmos que ela falou aí? — Vejo a Maiara encarar ele.

Maiara: Cê quer levar uma porrada agora ou depois? — Minha metade me conhece melhor do que ninguém e sabe que eu não quero falar desse assunto.

Fernando: Gente, nós não fizemos nada do que vocês estão pensando, okay?.

Maiara: Gente, não tá na hora do banho não?, vamos, sobem e vão dormir, vão fazer alguma coisa que preste, andem!.

Mayara: Iih patroa, cê não manda em nós não, tá? — Ela debocha da cara da minha irmã — Mas cê tem razão, chega disso. Mas Maraisa e Fernando — Olhamos para ela — Sem barulho na madruga, hein — Ela é podre.

Eu: Vocês são amigos da onça, senhor. Boa noite pra vocês!.

Fui para o meu quarto sem esperar pelo o Fernando pois queria me livrar daquele constrangimento todo, minha irmã percebeu que eu estava estranha e foi conversar comigo. Quando eu sai do banho ela estava lá, sentada na minha cama e vendo tv, passei por ela e fui colocar um pijama, na verdade só uma blusa do meu pai e uma calcinha sem sutiã, assim que terminei de me vesti, ela desligou a tv e me chamou para sentar bem do ladinho dela.

Maiara: Me conta vai, que carinha é essa?.

Eu: Que cara?, eu estou bem e não aconteceu nada — Quem é que eu estou tentando enganar?, a minha irmã?, nossa, bravo Carla Maraisa, conseguiu muita coisa.

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