Crise de ciúmes

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As horas foram passando e as bebidas rolando com o povo tudo bêbado se pegando e eu aqui, com uma garrafa de vodka na mão e morrendo de ciúmes de uma pessoa que eu coloquei para fora da minha vida, que maravilha.

Eu não estava completamente bêbada, só estava um pouco alterada e sabia muito bem o que eu estava fazendo. Aquela ruiva água de salsicha grudou no Fernando e não soltou mais, que inferno.

Não achei que iria doer tanto ver ele com outra mulher como está doendo agora, era para eu me divertir, mas estou aqui sofrendo. Fernando e a ruiva estavam dançando bem agarrados, tentei não olhar, porém foi só foi eu piscar os olhos e que eles já estavam aos beijos alí. O meu sangue subiu fervendo e meus olhos se encheram de lágrimas, minhas mãos se fecharam pronta para dar um socão nela, não pensei muito bem nas consequências e só fui.

Eu: PIRANHA DESGRAÇADA, TIRA AS PATAS DE CIMA DO MEU NAMORADO AGORA — Agarrei no cabelo dela e fui batendo, ela estava meio que parada sem conseguir me dar um tapa, porém, tentando.

Fernando: Solta ela, Maraisa, para com essa porra. Você está maluca? — Sinto ele me puxar pela cintura, mas eu agarro mais no cabelo dela.

Maiara: IRMÃ, PARA PELO AMOR DE DEUS, POR FAVOR, VOCÊ VAI MATAR ELA — Escuto a voz desesperada da minha irmã, mas não dou muita bola.

Eu estava com tanta raiva e só queria quebrar a cara dessa garota.

Ela caiu no chão e eu fui para cima dela dando vários socos na cara horrível que ela tem, ela até tentou rolar para ficar em cima de mim mas não conseguiu. Percebi que rasguei um pouco o vestido dela, eu estava tão eufórica e agressiva. O Fernando e o Luiz conseguiram nos separar sem ela me dar um tapa, frouxa demais.

A festa não estava muito cheia não, o pessoal já tinha ido embora quando aconteceu, Fernando foi ajudar a piranha ruiva para ver se o vestido tinha conserto, mas percebeu que não. Acabei esbarrando neles quando ela estava indo embora.

Eu: Eu quero essa garota fora da minha fazenda agora!.

Fernando: Maraisa, dá um tempo — Ele fala sem paciência e com grosseria — Você já fez merda o suficiente por hoje, não acha não?.

Eu: Só estava querendo colocar essa mulherzinha no lugar dela!.

Fernando: Ah é?, e qual é o lugar dela?.

Eu: Longe do meu namorado — Encaro a cara dela.

Fernando: Seu namorado?, apresenta ele para nós, porque ela estava comigo e não com o seu namorado — Não acredito que ele está sendo grosso comigo por causa dela.

Xx: OLHA O QUE VOCÊ FEZ COMIGO, SUA LOUCA — Ela grita do nada — RASGOU A MINHA ROUPA E EU ESTOU SANGRANDO!.

Eu: VOCÊ ESTÁ MALUCA DE GRITAR COMIGO?, ABAIXA O TOM DA SUA VOZ, PARA DE CACAREJAR E SAI DA MINHA CASA!.

Xx: EU VOU SAIR MESMO, NÃO VOU FICAR NO MESMO LUGAR QUE VOCÊ!.

Fernando: CHEGA VOCÊS DUAS — Ele se aproxima dela e pega na mão dela — Juro que eu não estou entendendo a sua atitude infantil, Maraisa!.

Eu: É o quê?.

Fernando: Mas já vou logo avisando que eu não sou a porra da sua propriedade e da próxima vez que você tocar um dedo em uma pessoa que eu estou ficando, eu juro que faço uma denúncia contra você por agressão, me ouviu bem?.

Eu: Você não teria coragem de fazer isso, você me ama e não me machucaria nunca!.

Fernando: Sim, eu te amo, você sabe que eu te amo demais — A piranha ruiva encara ele — Mas eu não sou trouxa e tudo tem limites, Maraisa. Você me colocou para fora da sua vida por medo, foi você que me pediu para procurar outra mulher, agora aguenta!.

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