Sal e Açúcar

Capítulo 60

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•Pov Giulia•

Fui indo para a diretoria junto com a minha mãe. Chegando lá, estava a Manuelita já com curativos sentada em uma cadeira na frente da mesa da diretora.

Giulia: Pode começar a bronca já, to com um pouco de pressa...

Verônica: Giulia, shiu! -me interrompeu nervosa.

Em seguida uma moça séria entrou na sala, e foi para o lado da minha mãe.

Giulia: Quem é essa? -disse olhando para a moça.

Verônica: Essa é a Thaís, a vice-diretora.

Thaís: Você que é a Giulia, né!?

Giulia: Sim, por que?

Thaís: Fiquei sabendo que você agrediu essa garota. -olhou para a Manuelita.

Giulia: Sim, agredi mesmo! Que que tem?

Thaís: "Que que tem"?! -perguntou com um tom mais elevado. -Aqui no internato não permitimos agressões!

Giulia: Quem é você na fila do pão para falar assim comigo?! -levantei estressada.

Thaís: Sou a segunda diretora desse internato, e exijo respeito!

Giulia: Engraçado que eu estou aqui à 4 anos e nunca te vi. -fui irônica.

Thaís: Trabalho pela internet. Agora já chega! Sente-se! -eu sentei devagar, fixando meu olhar no dela. -Agora me conte Manuelita, o que aconteceu?

Manuelita: Eu fui fazer uma piada com ela e com o pessoal, e do nada ela me empurrou...

Giulia: QUE?! Para de mentir, sua estúpida! -levantei muito rápido da cadeira, e gritei com a Manuelita.

Thaís: Sente agora, Giulia! -bateu na mesa da minha mãe, e gritou comigo.

Verônica: Desculpe, Thaís. Mas essa história esta muito mal contada, vamos ver o que a Giulia tem a dizer...

Thaís: Verônica! Nós temos que esquecer a família no nosso horário de trabalho. De qualquer forma a Giulia agiu errado de machucar a Manuelita! Não adianta defender sua filha!

Verônica: Mas vamos pelo menos ouvir o lado da Giulia!

Thaís: Estou a ouvidos. -disse para mim.

Giulia: Aqui a Manuelita parece santa, mas ela não é! Ela sempre fica pegando no meu pé, e das minhas amigas. Hoje ela passou dos limites! Ela atraiu todos os alunos que estavam na cantina, e começou a nos humilhar na frente de todos!

Manuelita: Mentirosa! -disse alto para mim.

Thaís: Silêncio!

Minha mãe e a Thaís pediram para a gente sair da sala e esperar no pátio, porque elas iriam tomar uma decisão. Depois de uns 10 minutos a gente foi chamada de volta para a sala, e quando voltamos a minha mãe estava chorando.

Giulia: Mãe, por que você esta chorando? -olhei para a Thaís. -O que você fez para ela?

Thaís: Sente as duas, porque nós vamos falar a nossa decisão! -só a Manuelita sentou, e eu permaneci em pé olhando para a minha mãe. -É o seguinte...

Giulia: Fala logo!

Thaís: Manuelita! Nós chamamos o Sr José e pedimos para ele nos trazer a filmagem do momento da agressão, e a câmera capturou a humilhação que você fez, por isso estamos dando 2 semanas de suspensão para você, por desrespeito ao próximo! E Giulia... Você esta expulsa desse internato!

Giulia: QUE?! EXPULSA?! -perdi a linha e disse alto.

Thaís: Isso mesmo. Amanhã mesmo você vai ser transferida para outro colégio!

Giulia: Você não pode fazer isso! -já sentia minhas lágrimas. -Mãe... -olhei para a minha mãe, que também estava chorando.

Verônica: Sinto muito, filha. Eu tentei de tudo para limpar sua barra, mas agredir uma pessoa assim já foi longe demais... -alguém bateu na porta, e era os país da Manuelita, Isadora e Maikon.

Isadora: Você esta bem, meu amor?! -correu para abraçar a Manuelita.

Manuelita: Na medida do possível...

Maikon: Nada mais vai acontecer com você! -passou a mão no cabelo da Manuelita olhando para mi.

Isadora: Foi você que fez isso com a minha filha? -se aproximou de mim.

Giulia: Fui eu mesma! Por que? -encarei ela.

Veronica: Filha, se acalme! -eu sentei, e os pais da Manuelita também.

Isadora: É o seguinte, diretora! Não é a primeira vez que essa encrenqueira bate na minha filha, essa garota é uma sem rumo, uma descontrolada! -disse revoltada com as diretoras. -Por isso, se ela não começar a fazer tratamento psicológico, eu vou entrar na justiça contra ela por agressão!

Thaís: Não precisamos ser tão radicais...

Maikon: Nesse caso vai ser preciso!

Isadora: Espero que meu desejo seja comprido até o fim dessa semana! -se levantou com seu marido e sua filha. -Agora se me der licença, eu vou levar minha filha ao médico. -saiu com sua família.

Thaís: Pode ir arrumar suas coisas, Giulia! -disse muito brava comigo.

Giulia: Eu não vou sair. -disse devagar em um tom intimidador.

Sai correndo sem rumo algum, quando eu percebi eu esbarrei no Guilherme.

Guilherme: O que foi, Giulia!? Por que você esta chorando!?

Giulia: Me deixa em paz, Gui! -empurrei ele.

Decido fugir para a rua, mas o que eu não imaginava é que um carro em alta velocidade estava vindo em minha direção.

Guilherme: Giulia! -gritou, e correu em minha direção.

Ele me empurrou para a calçada, sendo atropelado na hora.

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