Kevin estava galgando um muro alto, ele recobria todo o heliporto multar. O sujeito estivera estudando sobre o lugar, era um ponto semelhante a aquele em que Kevin esteve quando levado para o laboratório.
Ainda estava vazio. Costumava ficar assim até umas cinco da manhã, quando começavam a chegar os helicópteros. Primeiro apenas um ou dois, logo três ou quatro e antes de se haverem passado quarenta minutos a maioria chegava.
O plano era simples, invadir o primeiro helicóptero que fosse possível e tentar não ser visto. Ele alcançou o topo do muro, usando brevemente a lâmina como apoio.
Ele observou cuidadosamente as torres de vigilância, já havia feito isso. Sabia que eram muitos e que sairiam em poucos instantes, também sabia que o pessoal da manhã entraria em uns cinco minutos. Também sabia que quase todos se atrasavam uns vinte minutos por fumarem num estacionamento ali perto. Alguns com cigarros comuns, alguns com cigarros de maconha.
Então enquanto a segurança estivesse desfalcada ele teria de agir. O piloto e seu ajudante desceram do helicóptero. Kevin não era um perito em helicópteros mas havia treinado bastante na fuga do laboratório. Lembrando de ter basicamente arremessado o helicóptero no chão da outra vez, Kevin ficou um pouco preocupado com a aterrissagem.
O pessoal da noite começou a ir embora. As cores sóbrias e belas da manha melhoraram bastante o aspecto do local.
Enfim, o fluxo de seguranças noturnos ficou praticamente vazio. Kevin procurou um canto menos iluminado da muralha, um que ficasse longe dos imensos faróis à frente. Encontrou um a uma certa distância. Sentiu-se feliz consigo mesmo por quase não ter usado a lâmina nas vezes que escalou o muro, afinal alguns guardas poderiam acabar desconfiando.
Ele se lançou muro abaixo, uma queda de quase dez metros que só pode ser aparada graças à sua perna super poderosa e ao seu braço mecânico. Kevin levantou-se, ofegando um pouco por causa das reações naturais no corpo de alguém que caiu do topo de um muro.
Ele contornou uma torre de observação e, tomando o máximo de cuidado possível para não ser visto por algum soldado que estivesse meio fora de hora, se aproximou do helicóptero. O piloto já havia dedaparecido, do laboratório até aqui não era uma viajem curta e com certeza o piloto merecia um curto descanso. Outros três helicópteros começaram a se aproximar, e Kevin se escondeu o mais rápido possível. “Merda, se eu não pegar um helicóptero agora, não vou conseguir completar a missão.”
Quando os pilotos se foram ele disparou para perto do helicóptero mais próximo. “Só mais um pouquinho.” Um segurança saltou de trás de uma pilastra sacando uma pistola, “Ah, sabia que estava fácil demais.” Pensou o aborrecido Kevin.
Ele saltou para o lado quando a bala cruzou o ar. “Ótimo, agora todos os guardas e pilotos sabem que tem alguém aqui.” Kevin arremessou uma faca e ela se enterrou até o cabo no capacete do soldado.
Seis pilotos começaram a aparecer com armas em mãos. Kevin saltou para trás de um helicóptero. “O tiroteio vai atrair os outros guardas assim que se aproximarem.” várias balas rasgaram o aço perto de Kevin. “Da última vez eu perdi uma perna para roubar um helicóptero, não vou deixar que tentem me impedir.”
Kevin se deitou e rolou para baixo do helicóptero. Sacou uma pistola e acertou as pernas de três pilotos. Então rolou para trás e pôs-se de pé, imediatamente contornando o helicóptero e disparando na cabeça de um piloto. Em seguida no peito de outro. Só restava um não ferido, deste Kevin cuidou lançando outra faca, os soldados feridos já estavam de pé. Mas agora estavam mais lentos e sentiam dor, foi fácil para Kevin acabar com eles.
O som das hélices de outro helicóptero se aproximava. Kevin adentrou o helicóptero mais próximo e ligou o motor, mas agora os seguranças entraram pelo portão e se aproximavam. Alertados pelos corpos no chão eles vinham com fúria. Kevin sacou uma granada e uma pistola preparou, se posicionou de modo que o helicóptero no céu ficasse atrás de só e os seguranças à sua frente.
Kevin tirou o pino e contou : um. O helicóptero se aproximou. Dois. Ficou sobre ele. Três. Estava a sua frente. Quatro. Lançou a granada. Cinco. Atirou nela com a pistola.
A explosão destruiu a cauda e danificou várias partes do helicóptero, fazendo com que ele se descontrolasse desse pinotes loucos, algumas hélices quebraram e o objeto que se movia assustadora e quase semanticamente se jogou conta os seguranças, Kevin não ficou para ver o espetáculo. Avançou para o primeiro helicóptero sem furos de balas que encontrou, ligou o motor, esperou as hélices funcionarem e partiu voando daquele lugar medonho. Kevin deixou seu último pensamento caso o plano falhasse:
“Isso é por você, mamãe. E por você, Keyla. Sei ambas odiariam me ver fazer isso, sei que uma me diria que isso não traria a outra de volta. Mas a verdade é que trazer alguém de volta nunca foi o objetivo. O objetivo é banir esses malditos do mundo. O mundo é mal minhas lindas, mesmo sendo má em sua natureza, só a morte pode curar toda a maldade.”
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Laboratório de Sangue
Ficção CientíficaTreze anos atrás, a vila Gran XVI foi destruída. Seus habitantes, mortos, apenas um morador sobreviveu. Ele deseja desesperadamente obter explicações e vingança. O mundo esta um caos. A rebelião bate às portas, ameaçando a estabilidade do governo, e...