Minha mãe quer que eu case

Capítulo 22

(N/A Quem está prestes a entrar na semana de prova, e mesmo assim veio para o Wattpad? Só passei para dar uma olhada e 79 comentários pularam na minha cara! Então muito obrigada por cada um deles Millesousaa e todos os que comentaram lindamente aqui)

1 mês depois...

- Então como ela está? - Charlotte perguntou por Lydia do outro lado da tela.

- Acho que estamos evoluindo, ela passou a frequentar a sala, quando ninguém está lá! - Explicou. Desde seu retorno Lydia havia se refugiado no quarto, e quase não saia de lá. Havia perdido o apetite, e consequentemente peso. Ela usava pijama o tempo todo, era como se o corpo houvesse ficado, enquanto o espírito tagarela, intrometido e feliz houvesse desaparecido.

- Alguma novidade sobre as coisas terem se solucionado magicamente? - Charlotte mencionou.

Depois de semanas de preocupação, Paul e o cunhado retornaram a Meryton com Lydia. Parte do dinheiro havia sido recuperado, e George estava sendo acusado formalmente por golpe. Anne se referia ao episódio como coisas de crianças, e tentava agir naturalmente. Embora não se pudesse colocar Anne Bennet ao lado de um comportamento natural.

A explicação mais simples, era que o tio Gardiner havia assumido os problemas, e feito um empréstimo para ajudar a arrumar a bagunça. No entanto, alguma coisa fazia Lizzy desconfiar. O tio realmente estava em condição de ajudar a família nos problemas financeiros?

- Não nenhuma, mas se tiver alguma coisa estranha nessa história e vou descobrir. - afirmou convicta, mesmo sem saber como arrancar qualquer coisa de quem quer que fosse.

- E sua mãe?

- Você sabe, às vezes parece que ela está mais decepcionada por Lydia não ter se casado com o traste, do que ele ter feito tudo o que fez. - rolou os olhos. - E por isso, ela está fazendo greve de silêncio.

- Senhora Bennet sem falar!?

- E ela ainda pensa que está nos castigando - brincou.

- Sabe... - Charlotte pensou um pouco, antes de prosseguir - um passarinho me contou, que você esteve na cidade de um certo advogado rude, que é dono de uma certa empresa...- Liz a encarou.

- Eu não sei do que está falando.

- Ah sabe sim. Você me disse que ia viajar com seus tios, mas não me disse que era para ver Darcy.

- Eu não fui vê-lo, e não disse nada justamente para você não ficar pensando isso. - retrucou - Nos encontramos por acaso, e ele foi educado.

- Senhor Rude, agora é o senhor Educado? - brincou. - Ah Liz, ele era o mesmo Darcy de Londres?

- Aquele que se declarou, e eu chutei seu traseiro? - perguntou, tentando se safar.

- Elizabeth Bennet!

- Charlotte Lucas ou melhor Charlotte Collins - retrucou - Eu preciso sair agora, depois nos falamos.

- Você está fugindo!

- Não estou não! - disse segundos antes de fechar a conversa, e baixar a tela do notebook. Como explicar sobre Darcy para a amiga, se nem ela mesmo sabia o que pensar. ?

Ele fora surpreendentemente gentil? Confere!

Ele fora atencioso, divertido e quase adorável? Confere!

Ela poderia sentir algo realmente promissor? Não, sim... Talvez!

A Bennet do meio abriu sua bolsa, de onde retirou a agenda que anotava os compromissos da Meryton matrimônios, dentre as últimas retirou uma das fotografias que Lydia lhe dera no álbum. A mesma em que eles se encaravam. Ela havia desenvolvido uma espécie de adoração pela foto. Um jeito de pensar em todos os " e se" que ficaram parados no tempo.