Georgina caminhava sem parar de olhar em volta. As quadras esportivas eram ocupadas por vários homens, e outros muitos caminhavam ao seu redor. Ela embarcara num avião, e ali estava para reencontrar Wickham depois de tantos anos.
Finalmente o avistou sentado e rodeado por outros caras, ela se aproximou tentando soar o mais confiante possível. George e o grupo davam risadas, e ela finalmente parou a pouco espaço deles. Wickham ergueu os olhos, Georgiana não pôde deixar de lembrar de Peter, e mesmo tendo vacilado por um momento, se deu conta de que estava ali por causa do seu filho.
- Ora, ora Georgiana Darcy! - se levantou soltando um sorriso.
- George! - retrucou, mesmo incerta da sua capacidade de falar.
- Caras, eu tenho uma visita! - olhou em volta, e os caras se ergueram, medindo a garota de cima a baixo. - Ela tem dono! - Wickham socou o ombro de um deles, que saiu rindo. - Olha só para você! - ele segurou o queixo dela, e ganhou um tapa.
- Não coloque a mão em mim. Que diabos você pensa que está fazendo? - retirou a carta do bolso e jogou contra o peito dele.
- Tentando falar com minha família.
- Não somos sua família!
- Até onde eu saiba, o garoto é meu.
- O garoto tem nome, e é Peter! "Garoto" esse que você se esqueceu por quase uma década. Então não venha dar uma de pai agora!
- Cadê meu filho?
- Achou mesmo que eu o traria aqui? - apontou em volta. - Acha mesmo que eu o deixaria ver no que o pai se tornou.
- Talvez você esteja preservando a minha imagem para ele. - disse cínico. - Além do mais, eu o visitei...
- Não! - o interrompeu - Você tentou me atingir. Você tentou confundi-lo.
- Ah vamos lá Geor - ele se aproximou, e a fez recuar e ele sorriu - Somos íntimos! Por que eu iria querer provocar minha garota!? Eu só quero minha família de volta.
Foi a vez de Georgiana rir. Até chegar a penitenciaria de Liverpool, não tinha certeza se poderia enfrentá-lo. Mas olhando a figura patética em sua frente, que usava sua beleza e lábia para seduzir mulheres inocentes, e tinha coragem de apelar para um filho que nunca valorizara, ela só podia sentir nojo.
- Você é patético! - George fechou o semblante, não esperava que Gigi pudesse agir com tanta superioridade. - E quer saber? Já deu disso. Fique longe de Peter, longe de mim. E se você ousar se aproximar de qualquer um de nós, mesmo através de uma maldita carta, eu juro...
- Que vai chamar seu irmãozinho? - Gigi vacilou. - Quer dizer que ele não sabe que você está aqui. - deduziu.
- É claro que sabe!
- Não sabe não, você não teria vindo se ele soubesse!
- Vá para o inferno Wickham! - xingou - É uma pena que você não vá apodrecer na prisão. Porque é o que você merecia por tudo que fez! - dito isso deu as costas e começou a caminhar apressada para a saída, ainda ouviu a voz do ex, mas não conseguiu prestar atenção. Desde que recebera a carta da prisão, ela ficara em choque. Nela, George dizia sentir falta do filho e que queria vê-lo na prisão. Embora HMP Altcourse, fosse completamente segura e diferente das demais prisões, Georgiana nunca permitiria que seu filho entrasse nela. Tivera um longo trabalho para ocultar seu plano, se ela contasse a Darcy, ou a Fred eles a impediriam. Mas ela precisava dar um fim naquilo, precisava enfrentá-lo ao menos uma vez na vida.
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Minha mãe quer que eu case
أدب الهواةO mundo está repleto de verdades terríveis, mas para Anne Bennet a mais perturbadora é ser a maior e melhor organizadora de casamentos de Meryton, e não ter casado nenhuma das três filhas. Siga os passos dessa família numa releitura do romance de Ja...