Capítulo 30

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Elizabeth Darcy estacionou o carro no meio fio, e desceu para esperar a saída das crianças. O sinal bateu pouco depois e um batalhão delas começou a surgir. A escola infantil de Derbyshire era uma das mais preparadas, Darcy fizera questão de matricular o filho ali.

Assim que viu o pequeno, Lizzy sorriu. Parecia não ser capaz de acompanhar o quão rápido ele crescia. O jovenzinho carregava sua mochila nas costas, sua lancheira em uma mão e o casaco na outra.

- Ei garotão! - Lizzy sorriu para ele.

- Eu já sou um homem, mamãe. - ele corrigiu.

- Ah é você já é meu homenzinho! - sorriu, abrindo a porta de trás e guardando as coisas que ele carregava. Quando ia pegá-lo no colo, ele disse que subiria sozinho. Lizzy o encaixou na cadeirinha, passando as alças por seus ombros. - Posso saber por que você está com essa carinha? - percebeu que o menino estava emburrado.

- Simon faltou! - ele explicou. Ele e Simon eram melhores amigos, faziam tudo junto. Então tinham uma espécie de aliança de nunca faltarem. - Ele quebrou a promessa.

- Você não pode ficar bravo com ele, antes de saber o que aconteceu! - lembrou. Seu filho era uma cópia fiel do pai. Os olhos, os cabelos e até o gênio. Ele havia herdado o orgulho, e a esperteza de ambos. Nem completara cinco anos, e já estava começando a ler as primeiras frases.

- Eu sei, só que eu tenho o direito de ficar chateado, não tenho? - seus olhinhos brilharam em procura de aprovação.

- Sim querido! - Liz deslizou seu nariz contra o dele, exatamente como fazia desde que ele viera ao mundo.

Darcy carregava a cadeira de rodas onde Lizzie fora colocada, enquanto esperava que ela fosse chamada pelos médicos, ele segurava sua mão.

- Você está bem? - a pergunta partiu dela.

- Sim... Eu estou bem! E você? - ele perguntou duro feito uma pedra. Lizzy sentia a temperatura da mão dele, e sabia que cada um dos seus poros exalava tensão.

- Você está nervoso! - ela sorriu.

- Elizabeth Darcy, você poderia parar de tirar sarro de mim, ao menos num momento como esse? - ele pediu sério, o que só a fez rir mais, até ser interrompida por outra contração. A quase mamãe torceu o rosto numa careta, e respirou vezes seguidas. - Elizabeth! - ele se abaixou ao lado dela, e tocou seu rosto. - Você está bem? Onde estão esses médicos? Nosso filho não pode nascer no meio do corredor! - olhou em volta.

- Querido se acalme, ainda não está na hora! - ela afagou sua mão. - Então é nosso filho, hum? - ela ergueu a sobrancelha. Eles haviam decidido não descobrir o sexo do bebê logo na noite em que Lizzy contou que estava grávida.

(...) 8 meses antes.

Elizabeth estava numa consulta de rotina, e chegou ao consultório com os resultados.

-Parabéns! - a médica sorriu.

- Por? - Lizzy juntou as sobrancelhas.

- Seus exames indicam que você está grávida.

- Grávida?? - seu queixo despencou. Oh meu deus... Darcy! - ela precisava falar com ele.

- Precisamos fazer um exame especifico, mas eu daria quase cem por cento de certeza que está grávida.

Na noite que Lizzy conseguiu o exame, ela não conseguia parar de olhar para o papel. Eram apenas números e letras, mas ela não sabia evitar a alegria que jorrava dentro dela.

Minha mãe quer que eu caseOnde histórias criam vida. Descubra agora