Minha mãe quer que eu case

Capítulo 5

Alguns dias depois...

Elizabeth saiu do banho enrolando os cabelos em uma toalha, enquanto plugava o secador na tomada, Lydia entrou no quarto feito um furacão.

– Olha o que eu tenho bem aqui – mostrou algumas entradas.

– O que é isso?

– Tem um novo bar inaugurando, e meu amigo é filho do irmão do dono.

– Você poderia tentar "sobrinho do dono". – Elizabeth disse olhando as entradas.

– Tanto faz. Disseram que é um local incrível, geral está desesperada para conseguir um desses. E já que você não planejou nada, nós vamos! – pulou sobre a cama da mais velha.

– Pensei que eu deveria escolher a programação da semana!

– Você já escolheu? – ela indagou.

– Não, mas...

– Então está decidido, vou avisar Jane e já nos encontramos. – saiu fechando a porta, e voltou em seguida. – Tente usar algo apresentável. Você vai a um bar, e não ao bingo.

– Saia daqui – Lizzy ordenou jogando a toalha molhada contra a porta.

Lizzy secou os cabelos, e caminhou até sua parte do guarda-roupas. Além de casamentos, os Bennets eram obcecados por festas de aniversários. Todos os anos, cada aniversariante comemorava o seu por uma semana. Na verdade, enchiam a semana de uma programação divertida, e acabavam numa enorme festa. Mas aquele ano Lizzy não estava exatamente no clima. Ela e Charlotte sempre escolhiam o que fazer quando era sua vez. Mas daquela vez elas haviam gasto cada segundo na programação do casamento, e, portanto, ela teria de aguentar as sugestões de Lydia.

Depois de observar suas opções, finalmente escolheu o vestido que usaria, seus sapatos e até mesmo alguns acessórios. Lydia teria que morder a língua dessa vez.

...

O bar ficava bem no centro, numa parte descolada da cidade. Tiveram de esperar por vinte minutos na fila até que Matt, o tal sobrinho do dono, aparecesse e as colocassem para dentro. O estabelecimento era um lugar fantástico. Havia cadeiras almofadadas, mesas coloridas com desenhos modernos. Pelo menos três balcões espalhados para atender a demanda de convidados, e um palco mais à frente onde uma banda tocava música ao vivo. A vocalista tinha cabelos curtos, pretos com mechas rosas. Uma espécie de roqueira romântica. Lizzy esperava não precisar tapar os ouvidos.

– Agora meninas se divirtam – Lydia disse com os olhos brilhantes.

– Lydia! – Elizabeth a puxou pelo braço – Nem ouse ficar bêbada ou vamos deixá-la na calçada.

– Eu estou em um bar! Duh!

– Aposto que eles vendem qualquer coisa sem álcool. Se você começar a beber vamos embora, você ouviu?

– Isso é o que eu ganho por te trazer ao lugar mais divertido da cidade – revirou os olhos de forma dramática. Exageradamente agarrada a Matt, foi se juntar ao grupo de colegas da faculdade. Jane e Lizzy ocuparam uma mesa, mas Lizzy logo percebeu a inquietação da irmã mais velha que não desgrudava os olhos do celular.

– Vamos lá Jane, o que há com esse celular?

– Eu espero que não te incomode, mas Charles queria passear. Eu disse a ele que estava saindo para seu aniversário, e ele perguntou se poderia vir. Eu não...

- Conseguiu dizer não! – completou – Fez bem. – sorriu. – Quer dizer que as coisas estão ficando sérias entre vocês?

- Eu não esperava, mas ele realmente vai ficar na cidade. – Explicou. – Aquela casa é dele, e ele está procurando um lugar para montar uma clínica, e vai se matricular para se especializar em pediatria provavelmente.