2. A Que Eu Amei

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Os dias se passaram lentos, ainda faltavam exatamente um dia para completar às três semanas desde que Andrea havia voltado para Chicago, o que deixava uma certa editora nada contente.

Miranda tirou os óculos e colocou em cima da mesa.

– Emily, aonde estão as amostras de tecido que eu pedi? Será que você é tão inútil a ponto de não conseguir fazer uma coisa tão simples? — Perguntou seguindo para a porta, parou ficando em silêncio.

Seu olhar raivoso se transformou em um semblante sereno, ela mordeu os lábios enquanto analisava a morena parada próxima a mesa de sua assistente.

– Dia tenso? — Perguntou com um sorriso tranquilo nos lábios, a editora deu de ombros.

– Talvez.

– Não deveria gritar tanto, ao menos não por isso — Disse maliciosa, fazendo o corpo da mais velha tremer.

– Uma pena.

– Com certeza — Disse enquanto mordia os lábios, aproximou-se lentamente como quem não queria nada e passou os lábios pelos lábios da mulher a sua frente — O que acha de gritar como se deve? — Perguntou em um sussurro — Adoraria testar sua mesa.

– Não acho apropriado.

– Não me negue isso, principalmente agora.

– Não devemos — Sussurrou — É completamente errado.

– Te desejar é completamente errado, mas eu desejo você — Sussurrou, Miranda a olhou nos olhos e passou a língua umidecendo os lábios.

A editora fez um sinal com a cabeça para que entrassem na sala, olhou para as duas secretárias que tentavam disfarçar o que viam.

– Não quero ser interrompida, isso é tudo — Disse séria e entrou na sala fechando a porta com a chave.

Quando virou-se, viu a morena completamente nua a esperando enquanto estava sentada na mesa, a editora mordeu os lábios se aproximando como uma tigre prestes a devorar a presa e a beijou com desejo, adentrando a mão nos cabelos da mulher completamente a sua mercê em cima da mesa.

Miranda sentiu as roupas sendo tiradas de seu corpo com rapidez e a penetrou, escutando o gemido ecoar por toda a sala, sugou-lhe o mamilo rígido da morena e o mordeu levemente sorrindo ao escutar o gemido manhoso.

Logo sentiu os dedos ágeis lhe possuírem com a mesma vontada que havia feito, gemeu sem se preocupar com quem as ouviria, tomou os lábios da morena e sentiu que ela gozaria, então parou escutando o suspiro de frustação, puxou a mulher para a ponta da mesa e a tomou com a boca chupando-a com desejo, escutando o gemido alto, enquanto sentia o sabor do líquido agridoce em sua boca, ela levantou beijando a mulher e sentindo-se penetrada outra vez, não demorou a se entregar ao orgasmo, caiu sentada na cadeira completamente cansada e puxou a morena para seus braços, beijando-a no pescoço.

– Senti tanta saudade, amor.

– Eu mais, sweet — Sussurrou a abraçando melhor.

– Marquei uma consulta para agora a tarde — Miranda a olhou confusa.

– Está se sentindo mal?

– Não, mas como quer tanto saber o sexo do nosso bebê — Miranda sorriu e a beijou lentamente.

– Por que não me disse que viria hoje? Pensei que nos veríamos apenas amanhã durante a noite.

– Quis adiantar a viagem e fazer uma surpresa, sei que adora minhas surpresas — Disse convencida, Miranda riu revirando os olhos — Acha que nos ouviram?

– Tenho certeza que sim, está com vergonha?

– Não, eu mal fico aqui, já você... — Miranda a mordeu no ombro levemente.

– Vamos almoçar?

– Sim, pedi para Roy buscar as meninas para almoçarmos juntas e depois irmos para a consulta.

– Perfeito, depois da consulta iremos para casa, você precisa descansar.

– E ficar sentindo seu cheiro pra poder dormir bem — Sussurrou contra o pescoço da mais velha, Miranda a beijou na testa.

– Vamos nos vestir e descer?

– Sim — Disse se levantando, Miranda a acariciou na barriga que estava pouco mais dilatada por causa do tamanho.

– Ainda consigo me surpreender em como você fica linda com essa barriga enorme, por mim sempre te veria assim — Andrea sorriu.

– Não se acostume Priestly, não ficarei grávida nos próximos... Dois à quatro anos.

– Bom, isso não sabemos, mas em quatro anos podemos voltar a falar sobre o assunto — Andrea riu revirando os olhos e começou a se vestir, Miranda logo fez o mesmo, logo saíram da sala — Emily desmarque tudo o que tenho que fazer durante a tarde e amanhã pela manhã, isso é tudo.

– Tchua Em.

– Tchau — Disse pegando o telefone para desmarcar os compromissos de Miranda, as duas entraram no elevador.

A

ssim que chegaram ao térreo Roy já as esperaram, as duas entraram e cumprimentaram as gêmeas, logo seguiram para o restaurante, após o almoço tranquilo, seguiram para o consultório, Andrea deitou na maca e levantou o vestido, a médica a cobriu nas pernas e passou o gel.

– Vamos ver se o bebê de vocês irá querer se mostrar — Disse passando o aparelho sobre a barriga de Andrea, a médica olhava atenta para o monitor.

– Algo errado Ingrid? — Miranda pergunta após perceber o silêncio que se fazia presente.

– Não, o bebê de vocês está perfeitamente bem.

– Tenho certeza que será a Luna — Cassidy disse animada.

– Eu tenho certeza que será o Mateo — Diz Miranda vendo que Andrea estava um pouco apreensiva, pois apertava sua mão.

– Se for o Mateo a Andy terá que ter a Luna depois — Disse Caroline.

– Então é bom procurarem o doador para gerar a Luna — Disse Ingrid e olhou para as três — Pois o Mateo já está chegando — Andrea olhou Miranda e sorriu que a beijou nos cabelos.

As meninas suspiraram desanimadas, mas sorriram logo em seguida.