Capítulo 3

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( Alana na mídia. Último quadro.)

- Tio Simon! - Alana gritou animada, correndo pela sala e abraçando o músico.

- E ai, tampinha. - Bagunçou os cabelos da menina, fazendo-a. - Essa aqui é a Elena. - Apresentou, colocando-a no chão.

- O papai me falou dela. - Alana sorriu. - Vem, Elena, vamos brincar. - Estendeu a mão.

- Eu posso? - Perguntou ao Simon.

- É claro, vai lá. - A menina sorriu.

- Alana, cadê a Alicia? - Delfi perguntou.

- Está dormindo, eu a coloquei na cama dela. - Explicou, caminhando devagar com Elena para a sala de jogos. - Como foi que se machucou?

As duas seguiram conversando e Simon se juntou a Delfina na cozinha, que já começava a preparar algo para que eles comessem.

- E ai, guitarrista. - Pedro bateu nas costas do amigo, juntando-se a esposa na pia e beijando os lábios dela. - Cadê a baixinha?

- Brincando com Alana. - Respondeu.

- E como ta a cabeça dela? - Perguntou.

- Ela não reclamou de nada. - Simon respondeu. Delfi franziu o cenho e parou de picar os tomates.

- O que houve com ela? - Perguntou.

- Eu não te contei, querida? Simon foi sair do estúdio com Elena no colo e bateu a cabeça dela no batente.

- Deus do céu, Simon! - A moça disse, séria. - Será que você consegue devolver a menina inteira? - Gesticulou com a faca na mão, vez ou outra apontando para ele, enquanto falava. Pedro tirou a faca da mão da esposa e colocou sobre a pia.

- Foi um acidente. - Reclamou. - Ela está bem, vendendo saúde.

- Com os dois joelhos machucados, cotovelo ralado e um galo na cabeça. - Delfi enumerou. - Elena é tão serena e obediente. Um dia com Alicia e não sei qual dos dois sairiam pior.

- Não julgamos, querida. - Pedro disse, abraçando a esposa por trás. - Simon está aprendendo.

- Não quis julgar você, Simon.

- Tudo bem, eu entendo. Mas é tudo novo para mim. Eu nunca sei o que cozinhar para ela, ou o que ela deve assistir, ou o horário de dormir e acordar. Eu não sei nada.

- Não se torture assim, é só os primeiros dias. Você vai pegar jeito, e vai ser um paizão para Elena.

- Simon, Simon! - Elena disse, entrando na cozinha. Ela parecia ter esquecido dos joelhos ralados já que vinha numa velocidade mais rápida. - Alana disse que me empresta os patins dela, você me ensina?

- Ah, querida. - Delfi disse. - Os pés de Alana são maiores que os seus, é perigoso.

- Mas... - Simon interviu, quando viu sua boca se curvar em um bico chateado. - Depois que sairmos daqui, nós vamos fazer os seus próprios patins, o que acha?

Os grande olhos azuis de Elena brilharam, ela soltou um gritinho animado e envolveu o pescoço do pai com seus braços.

- Nós podemos mesmo? - Elena perguntou.

- Mas é claro. - Ele sorriu, ela também.

- Obrigada. - Agradeceu, abraçando ele mais uma vez e voltando para junto de Alana.

- Viu? - Delfi disse, passando um braço pelos ombros dele. - Você ta aprendendo, e logo vai ser um ótimo pai. O melhor pai que Elena poderia ter.

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