Capítulo 20

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Emília, Luna e Delfina tagarelavam sem parar, sentadas na espaçosa cama de Ámbar, que estava bagunça desde que as quatro mulheres se trancaram lá dentro.

Ámbar já havia tomado banho, hidratado o corpo, Delfina havia feito o seu cabelo - um rabo de cavalo preso com o próprio cabelo e algumas mechas em volta do seu rosto. Emília havia feito a sua maquiagem, um leve dourado e vinho nos olhos, mascara nos cílios, um leve blush em suas bochechas, e um batom vermelho marcante nos lábios. Luna havia se ocupado com as unhas da mão, um tom de rosé e lhe ajudado a escolher as jóias que combinariam com todo o look.

Por fim, Ámbar colocou um delicado colar também rosé, com um pequeno diamante, e argolas de ouro.

E depois de trabalharem em conjunto, elas decidiram o vestido e os sapatos: O vestido era preto, de alças finas e com uma pequena divisão que seguia para a comprida saia, que tinha uma fenda, os saltos eram pretos com detalhes rosé, e a bolsa também.

Ámbar Smith era uma mulher muito bonita, e naquela noite em especial, ela estava deslumbrante. A loira parecia brilhar, ou talvez fosse só o grande sorriso que curvava em seus lábios, ou os seus olhos azuis cintilantes.

- Mamãe? - Elena chamou, ao abrir a porta do quarto.

- Oi, filha. - A loira sorriu. As três adultas saíram do quarto e encostaram a porta, deixando mãe e filha sozinhas. - Vem cá.

A menina correu até a mãe, com um grande sorriso nos lábios, segurou suas mãos e depois tocou o seu rosto com delicadeza.

- Ual, mamãe, você está linda! - Elena exclamou.

- Obrigada, filha. - Ámbar agradeceu, puxando a menina para se sentar sobre a sua perna. A menina estava com um pijama de unicórnios, pronta para a festinha do pijama que teria. - Você vai ficar bem sem mim?

- Não se preocupe, eu sou uma menina grande, e tem um montão de gente aqui comigo. - A menina disse, brincando com os dedos da mãe que estava cruzados sobre a sua barriga. - E você, vai ficar bem sem mim? - Indagou. Ámbar riu.

- Não se preocupe, tem um príncipe encantado para me acompanhar. - A loira respondeu, e foi a vez de Elena rir.

A criança virou-se no colo de Ámbar e passou um dos braços pelo seu ombro.

- Você merece ser feliz depois de tudo, mamãe.

- Eu sou feliz, filha. - Ámbar disse, confusa.

- Eu sei que é, mamãe. Mas eu digo, completamente feliz. Você passou por muita coisa desde que era bem pequenininha, menor que eu. - Esclareceu. - Você perdeu o papai por anos, e ele é o amor da sua vida, não é? Você cuidou de mim sozinha, e eu sei que você era bem nova e abriu mão de muita coisa por mim.

- Minha vida só fez sentido quando você chegou, meu amor. Então tudo o que eu abri mão não era importante, você é. E o seu pai. - Completou.

- Eu te amo, mamãe. Divirta-se bastante com o papai.

- Eu também te amo, loirinha. - Ámbar beijou delicadamente a sua face e sorriu. - Seu pai e eu iremos nos divertir sim.

- Muito bem. - Elena sorriu. - Eu vou lá embaixo esperar pelo papai.

- Okay, gatinha. - Ámbar beijou o seu rosto novamente e soltou a menina. Elena correu escada abaixo e jogou-se no sofá.

A campainha tocou alguns minutos depois, e Elena correu para a porta, sorrindo ao ver o pai.

- Papai! - Exclamou.

- Oi, minha princesa. - Simon disse, erguendo a menina no colo e beijando o seu rosto. - Já está pronta para dormir?

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