Epílogo

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O dia havia amanhecido ensolarado, naquele sábado. Elena foi a última a acordar, com o choro alto de Katie, que dormia no quarto da frente, a adolescente se revirou na cama e cobriu as orelhas, alguns minutos depois o silêncio foi novamente interrompido pelos passinhos no piso do seu quarto.

- Elie? - A voz de Theodore soou pelo quarto, enquanto as mãozinhas do menino lhe balançava pelo ombro. - Elie, acorda.

- O que houve, Theo? - Elena perguntou, sentando-se na cama e coçando os olhos azuis.

- Todo mundo já acordou, só falta você. - Ele disse, colocando as mãos sobre o colchão alto e dando impulso para subir. A mais velha o ergueu pelas axilas e o ajudou a subir na cama. - Hoje é café da manhã em família, lembra?

- Lembro. - Ela bagunçou as madeixas loiras dele, e desceu da cama, enfiando os pés nas pantufas. Theodore pulou da cama no chão, e bocejou, esfregando os olhos verdes - característica puxada de Antônio Álvarez. - Eu vou escovar os dentes, pode descer.

- Eu vou te esperar. - O menino disse.

- Ah, eu não vou te carregar. - Ela apontou o indicador para o irmão mais novo.

- Ei, o folgado aqui é o Thomas. - Theo disse, colocando as mãozinhas na cintura, o pijama azul de dinossauros lhe deixando ainda mais fofo, com as bochechas gorduchinhas, e as madeixas loiras sobre sua testa.

- Ah, eu me esqueci. É que vocês são idênticos. - Brincou, seguindo para o banheiro.

Thomas e Theodore Álvarez são gêmeos idênticos, de quatro anos de idade, e quem completa o trio de bagunceiros é Daniel Álvarez, de mesma idade. Danny foi adotado com três semanas de vida, foi encontrado perto da mansão, dentro de uma mochila, ele quase morreu. O garotinho é gentil e arteiro ao mesmo tempo, tem a pele negra, os olhos puxados, cabelos castanhos e um sorriso de covinhas encantador.

Elena saiu do banheiro, ainda com o pijamas de calor e as pantufas nos pés, os longos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo.

- Ei, pirralhada. - Disse, ao ver os quatro irmãos mexendo em suas coisas. O mais velho deles, Gabe Álvarez. O menino tem quase sete anos de idade, adora andar de skate, e passar tempo com Lily Balsano, seus cabelos escuros e ondulados moldam sua face, e seus olhos são de um tom escuro de azul, e sardas marcam o seu rosto alvo. - Cai fora. - Mandou, fechando a caixa de joias.

- Não tem nada que eu não tenha visto mesmo. - Gabe disse, dando de ombros.

- Cai fora, cabeção. - Ela deu um leve tapa na cabeça do irmão e o fez ir para fora, com os trigêmeos logo atrás. Elena trancou a porta e desceu os degraus da escada, passando pelos quadros na parede.

O primeiro era de Ámbar, ela e Simon, o seguinte era do casamento deles, em que Elena foi a daminha, a outra era de quando Gabe nasceu, e as três seguintes era do nascimento dos gêmeos, da adoção de Danny e nascimento da Katie.

A menina chutou um brinquedo que estava no meio do caminho e revirou os olhos, eles nunca guardavam os brinquedos, coisa que ela fazia desde os quatro anos de idade.

- Bom dia, Nena. - Simon disse, enquanto assava as panquecas.

- Bom dia, papai. - A garota ficou na ponta dos pés e o beijo no rosto. - Bom dia, mamãe. - Se aproximou da mãe, que estava sentada numa cadeira e amamentava Katie.

- Bom dia, meu amor. - A mais velha disse, recebendo o beijo da filha no rosto.

- Oi, bezerrinha. - Brincou com Katie, depois se juntou ao pai para finalizar as panquecas.

- Eu quero ajudar também, papai! - Danny pediu.

- Lave as mãos primeiro, e depois você pode ajudar sua irmã com a massa

Treinando o papai Onde histórias criam vida. Descubra agora