Capítulo 9

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Ámbar estava pensativa, enquanto escovava os cabelos de Elena e usava os elásticos para fazer um penteado na menina.

- Mamãe, eu não sou boba. - Elena comentou, mexendo no porta joias.

- O que? - Ámbar perguntou.

- Eu não sou boba. - Ela reforçou, virando-se para a mãe.

- É claro que não é, porque está dizendo isso? - Perguntou.

- Eu vi um beijo na televisão, e pensando bem, era o que você e o papai estavam fazendo. Se beijando. - Concluiu.

- Elena...

- Eu não vou fazer perguntas, mãe, mas...- Se aproximou da mãe, colocando os braços em seus ombros e sorrindo. -, os seus olhinhos estão bem brilhantes.

Ámbar sorriu, revirou os olhos e beijou Elena no rosto.

- Vai lá com o papai, a mamãe vai tomar banho, nós saímos em uma hora.

- Tudo bem. - Elena beijou o rosto da mãe e saltitou para fora do quarto. Ámbar se jogou de costas na cama e suspirou, o sorriso moldou os seus lábios.

O celular apitou, tirando a moça dos devaneios. Ela checou a mensagem de Mônica e confirmou que iria para casa em algumas horas. A loira tomou um banho, vestiu-se, arrumou os cabelos, fez as malas e seguiu para sala. Simon vestia o casaco em Elena, e a menina parecia concentrada no que o pai falava.

- Eu vou te ligar para dizer boa noite, e bom dia, para saber como está na escola e para nós conversarmos pelo tempo que você quiser.

- Ta bem, papai. - A menina o abraçou, escondendo o rosto em seu pescoço. - Eu posso levar algo seu? Para eu abraçar quando for dormir?

- Claro, meu amor, vai lá no quarto e pegue o que quiser.

- Obrigada. - Agradeceu, virando-se ao ver a mãe. - Nós já vamos? - Perguntou.

- Temos alguns minutos, podemos comer aquele bolo e ir dizer tchau para Delfi, Pedro e as meninas.

- Ta. - Elena disse, indo para o quarto.

- Ela parece estar bem, né? - Ámbar perguntou, sentando-se ao lado de Simon, e arrumando o rabo de cavalo.

- Ela está bem, como eu viajo bastante sei o que ela está sentindo. É só aquela chateação passageira, mas assim que pisar na mansão ela vai ficar mais feliz.

Ámbar assentiu, deitando no ombro de Simon. O músico entrelaçou suas mãos e beijos os nós dos seus dedos.

- Tudo bem? - Ele perguntou.

- Uhum. - Ela murmurou. - É que agora eu te reencontrei, é inevitável não pensar em tudo...eu vou sentir saudades. - Confessou.

- Eu também vou. - Beijou o topo de sua cabeça. - Mas não ache que vai se livrar de mim tão rápido. - Piscou um dos olhos, fazendo-a rir. - Agora que eu reencontrei você e conheci Elena, eu vou grudar em vocês feito chiclete. - Disse, agarrando-a pela cintura e a puxando para si. A moça riu.

- Não que eu ache isso ruim. - Eles sorriram.

- Voltei, podemos comer aquele bolo agora? - Elena perguntou.

- Vem, formiguinha. - Simon a ergueu nos braços e fez cócegas em sua barriga, arrancando uma gargalhada da menina. Eles comeram o bolo, desceram as malas e passaram no apartamento para despedir-se de Pedro, Delfina e as crianças.

- Bom, está na hora de chamar o taxi. - Ámbar disse.

- Vocês vão de taxi? - Simon perguntou.

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