Capítulo 12

3.2K 206 57
                                    

Simon observou o buque de delicadas rosas brancas, nos braços. Rosas, especialmente as brancas, lembravam um momento muito feliz e importante de sua vida. Foi quando finalmente começou a namorar com Ámbar e tiveram a primeira noite de amor.

O rapaz sorriu, nostálgico e colocou o buque sobre a bancada da cozinha. Vestiu a jaqueta de couro, e subiu para o quarto que havia passado a noite. Pegou a mochila colocou as roupas que havia usado na viagem, pendurou as alças nas costas, enfiou o celular no bolso e desceu, topando com Mônica.

- Hey, Simon.

- Oi, Mônica. - Ele sorriu. - Eu queria esperar Ámbar acordar, mas eu preciso voltar para casa.

- Você não quer acorda-lá para se despedir? - A mais velha indagou.

- Não, deixe-a descansar. Eu ligo para ela depois, eu comprei esse buque para ela, você entrega?

- Claro, querido. - A mulher o abraçou, e os dois seguiram para fora. Despediu-se dela e seguiu para o carro. Abriu a porta de trás, tirou os brinquedos de Cookie e o quebra-cabeça de Elena, entregando para Miguel. Despediu-se dos Valente e de Emília e antes que entrasse no carro, a porta da frente abriu.

- Simon!

Os quatro viraram para a voz, encontrando com Ámbar. Ela estava com os cabelos presos em um coque frouxo, por cima da camisola usava o roupão de seda, e calçava um par de pantufas brancas.

- Hora de ir. - Mônica disse, passando o braço em torno da cintura de Emília, Miguel abraçou a garota pelos ombros e os três seguiram para dentro da casa.

- Hey. - Simon disse. A moça cruzou os braços, aproximando-se dele. Simon conhecia bem aquela expressão no rosto dela, semelhante a quando ela estava com ciúmes. Mas ele sabia que esse não era o caso.

- Você ia embora sem se despedir? - Ela perguntou, parando na frente do rapaz.

- Eu não queria acorda-lá. - Ele ergueu os ombros. - Elena disse que você desligou o despertador e voltou a dormir, então eu achei melhor deixa-lá descansar. Deixei nossa filha no colégio e ia voltar para casa.

Ela suspirou baixinho, abraçando o rapaz pelos ombros. Simon a envolveu pela cintura e apoiou o queixo em seu ombro, afagando suas costas.

- Eu te comprei rosas. - Ele disse.

- Eu as vi, são lindas. Obrigada. - Agradeceu.

- Imagina. - Ele sussurrou, beijando-a no ombro. A loira virou o rosto em sua direção, encostando a ponta do nariz no pescoço do músico.

Ele ainda usava o mesmo perfume, desde quando o conheceu. Ámbar respirou fundo e fechou os olhos.

" Braços cruzados, o pé batendo insistentemente no chão de madeira, cara fechada. Simon conhecia bem aquela expressão e fisionomia, algo não estava certo.

- Bonita? - Simon chamou.

- Hum. - Ela murmurou, sem tirar os olhos da televisão.

- Tudo bem? - Perguntou, sentando-se ao lado dela no sofá.

Passava das 17:00 horas da tarde e estavam sozinhos na mansão. Monica e Miguel estavam viajando, Alfredo, Luna, Matteo haviam saído para um passeio, e Rey e Maggie estavam na casa da mãe da moça.

- Tudo, por que não estaria? - Ela perguntou de volta, finalmente virando-se para o namorado. Simon ergueu as sobrancelhas, definitivamente confuso.

- Bem, você está com esse vinco entre as sobrancelhas. - Tocou o espaço entre as sobrancelhas dela, fazendo-a relaxar o rosto. - E sempre que você está assim tem algo errado.

Treinando o papai Onde histórias criam vida. Descubra agora