Capítulo 8

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Ámbar empurrou a porta e cedeu passagem para Simon, que carregava Elena nos braços.

- Eu vou tomar banho, você cuida dela? - A loira perguntou.

- Aham, vai lá. Use o banheiro do meu quarto, lá a ducha é melhor. Vou usar a banheira para dar banho em Elena.

- Tudo bem. - Ela disse, seguindo para o quarto e pegando suas coisas, em seguida indo para suíte de Simon.

- Ei, porquinha. - Simon sussurrou, beijando o rosto de Elena, enquanto seguia para o quarto. - Acorda para tomar banho.

- Papai? - Ela sussurrou.

- Vem, filha, hora do banho. - Colocou ela de pé, ajudou a se estabelecer sobre as pernas, a se livrar das roupas e tomar banho na banheira. - Vem, Nena.

Enrolou a menina no roupão, secou seu cabelo com a toalha, ajudou ela a vestir um conjunto de blusa e short fresco e leve e penteou seus cabelos.

- Papai, me faz dormir? Eu to cansada. - Ela sussurrou, erguendo os braços. Simon a ergueu nos braços, a menina cruzou as pernas em sua cintura e lhe abraçou, deitando a cabeça em seus ombros e fechando os olhos.

O rapaz perambulou pelo quarto, balançando Elena e afagando suas costas, em minutos a respiração dela pesou e os braços escorregaram. Simon a deitou na cama, colocando o urso de pelúcia entre seus braços e beijando o seu rosto.

- Tenha bons sonhos, Nena. - Sussurrou. - Hey! - Ele disse, ao ver Ámbar na porta. - Que susto.

- Desculpe. - Ela riu baixo. - Só queria dar um beijo em Elena.

- Vai lá. - Ele cedeu espaço. A loira se aproximou da filha e beijou sua fronte, afagando o seu cabelo.

- Podemos conversar? - Pediu.

- Claro, vamos lá na cozinha. - Os dois seguiram para a cozinha, a moça sentou-se de frente para bancada, observando Simon preparar alguma batida de frutas. - Qual o problema?

- Elena chorou durante o sono, a noite. - Contou. - Isso nunca aconteceu.

Simon uniu as sobrancelhas, estendendo para a loira o copo de abacaxi com hortelã e sentando-se a sua frente com a batida de manga.

- Foi um pesadelo? - Ele perguntou.

- Não. - Ámbar negou. - Ela teria acordado, e me chamado. Ela só chorou, sabe? E eu não sei o que fazer. - Sussurrou, cobrindo o rosto e respirando fundo.

- Calma, Ámbar. - Simon segurou sua mão. - Você viu como ela estava bem, conversou, brincou, riu. Pode ser que ela estivesse um pouco chateada, não sei.

- Eu sou uma péssima mãe. - Confidenciou.

- Ei, não é verdade.

- Eu estou sempre impondo regras, proibindo isso e aquilo, ela...

- Ámbar. - Simon interrompeu. - Você é uma mãe incrível, Elena é saudável e feliz, e toda criança tem suas chateações, isso é normal. Eu não sei nada de paternidade e maternidade, mas eu sinto tanto orgulho de Elena, e de você principalmente, porque a tornou quem ela é. Você é incrível, Ámbar. - Beijou o dorso de sua mão.

- Obrigada. - Ámbar sorriu, embora seus olhos estivessem cheios de lágrimas.

- Vem cá. - Ele chamou. Ela se levantou, deu a volta no balcão e Simon a puxou para si, envolvendo-a em seus braços e a fazendo sentar sobre suas pernas. Ámbar deitou em seu ombro e suspirou, o perfume do rapaz invadiu suas narinas, e a loira sorriu, apertando o músico mais forte entre seus braços.

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