Capítulo 4

4.6K 324 113
                                    

Simon deitou Elena na cama, banhada, devidamente vestida e adormecida. Delfi havia lhe ajudado a banhar a menina, já que ela se recusava a abrir os olhos, depois a moça colocou o pijama na menina e Simon a deitou na cama, beijando sua fronte.

- Papai. - Sussurrou, segurando a mão do pai.

- Uhm? - Simon disse, voltando a olha-lá.

- Canta para mim? - Pediu, em um sussurro exausto.

- Qual musica você quer? - Perguntou, sentando-se ao lado dela e encostando a cabeça no travesseiro.

- A sua favorita. - Ela murmurou. Simon afagou os cabelos loiros e úmidos dela e sussurrou o trecho de uma canção que adorava.

Lembrava-se do dia em que fizera um dueto com Ámbar, foi uma das primeiras vezes que ela derrubou todas suas armaduras.

" Lo que quiera puedo ser

¿Cómo me ves?

Cuando piensas que me iré

Todo al revés "

- Eu gosto dessa. A mamãe canta ela pra mim toda noite. - Sussurrou, bocejando. Ela segurou a mão do pai e ouviu mais um trecho da canção, antes de adormecer.

Delfina tinha duas crianças para colocar na cama, toda noite, e sabia bem como era difícil lutar contra o sono quando encostava a cabeça no travesseiro deles. Por tanto, quando Simon demorou demais para voltar, ela desligou a tv e alimentou os pets, seguiu para o quarto e sorriu com a cena. Elena e ele dormiam juntos, de mãos dadas.

A moça arrumou o cobertor sobre eles e desligou a luz, ligando o pequeno abajur de joaninha que pertencia a Alana até algumas semanas atrás. Desligou todas as luzes do apartamento, encostou a porta e pegou a chave em baixo do vaso de planta, trancou a porta e seguiu para o seu apartamento, entrou no quarto do casal.

Sorriu ao ver Pedro adormecido na cama, com Alicia deitada em seu peito e Alana em seu ombro. A filha mais velha sorriu ao ve-la.

- Oi, mamãe.

- Oi, gatinha. Hora de dormir. - Delfi disse.

- A gente pode ficar aqui? - Perguntou.

- Tudo bem, por hoje sim. - A menina sorriu. Delfi se juntou a eles na cama, e não tardou a adormecer

De manhã, Simon acordou com dor nas costas e o peso de Elena sobre o seu peito. O músico bocejou, afastando a menina e a arrumando na cama. Colocou ambas as mãos na base das costas e se esticou, soltando um grunhido ao estalar. Seguiu para o seu próprio quarto, tomou banho, se vestiu e seguiu para cozinha para preparar o café.

- Bom dia! - Elena exclamou, se impulsionando no balcão para sentar na cadeira, por sorte foi efetuada com sucesso.

- Bom dia, espoleta. - Pincelou o nariz da menina, fazendo ela sorrir. - Vamos tomar o café?

- Vamos! Eu to faminta. - Confessou, com um pequeno sorriso nos lábios. Simon colocou a panqueca no prato dela e despejou mel. - Não é doce demais logo pela manhã?

- Você é criança, e crianças comem doce. - Disse, bagunçando o cabelo, já bagunçado, dela.

- Mas a mamãe não deixa.

- Mas a mamãe não está aqui. - Beijou o topo da cabeça dela e sentou-se na cadeira ao lado para tomar o seu café. - Falando na sua mãe, Yam vai procurar por ela.

- Não! - Ela disse, em tom de voz alto. - Quer dizer, a mamãe não gosta de ser incomodada no trabalho.

- Hija, eu tenho que falar com a sua mãe. - Disse.

Treinando o papai Onde histórias criam vida. Descubra agora