( 2 )

3.3K 610 322
                                    

Changkyun se sentou na cama e molhou os lábios. Lábios esses que Kihyun adoraria sentir o gosto.

— Foi estressante — confessou.

Kihyun cruzou as pernas sobre a poltrona e olhou para Changkyun.

— O que houve?

— Um cliente fez escândalo na empresa hoje. Jooheon faltou matá-lo, tive que controlar a situação e fazer um acordo que agradasse ambas partes.

— E deu tudo certo? — indagou o de fios rosados. Changkyun assentiu e suspirou. Kihyun sentia o cansaço do moreno de longe. Por isso, levantou-se da poltrona e sentou-se de joelhos atrás de Changkyun, massageando os ombros rígidos dele.

Changkyun fechou os olhos em êxtase e meneou a cabeça para trás, fazendo com que Kihyun risse.

— Está rindo por que? — o Lim perguntou.

— Você é sensível.

Changkyun riu. Assim que Kihyun parou de massagear os ombros do maior, Changkyun resmungou.

— Por quê parou? Estava tão bom — seus olhos ainda estavam fechados, a voz extremamente rouca e o fato de chover do lado de fora tornavam a situação ainda mais tentadora para um sexo casual. Afastando tais pensamentos, Kihyun o deu um tapa na nuca e voltou para a poltrona.

— Você que devia me mimar — o Yoo disse e fez bico. Changkyun achou aquilo engraçado, talvez devesse arrancar mais reações assim de Kihyun nas próximas vezes que fosse ao bordel.

O Lim jogou seu corpo contra o colchão, e sem olhar para ele, Kihyun disse:

— Por quê não vai ao psicólogo? Eu sou uma vadia, não seu terapeuta — murmurou. Estavam com aquela relação de bons amigos há exatos dois meses, Kihyun nunca sabia o que se passava na cabeça do advogado, queria muito desvendá-lo.

— Eu gosto da sua companhia — foi tudo o que Changkyun disse antes de o quarto imergir em silêncio.

Porém, o silêncio foi desfeito quando Minhyuk começou a gemer no outro quarto. Era o primeiro do corredor, mas mesmo com tamanha lonjura era possível ouvir sua voz aguda. Changkyun gargalhou, e Kihyun acabou acompanhando.

— Venha cá — o Lim pediu — ainda temos uma hora juntos.

Kihyun se levantou e, com as mãos nos bolsos da calça de moletom, andou até Changkyun, ficando de frente para ele.

— O que foi? — perguntou à contragosto. Changkyun achava fofo como Kihyun se irritava facilmente por não tocá-lo ou beijá-lo como queria.

Changkyun, em um movimento rápido, puxou Kihyun pelo tecido da blusa. O aconchegou ao seu lado e abraçou-o por trás, aninhando sua cabeça na curvatura do pescoço do de fios rosados.

— Eu gosto de dormir abraçado ao meu travesseiro quando chove — o hálito quente de Changkyun batia contra a pele de Kihyun, que estava estático — então como você costuma reclamar demais quando não te dou atenção, vou te fazer de travesseiro.

Kihyun rolou os olhos, mas deixou que um sorriso escapasse de seus lábios.

LUST 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora