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Ainda movido pela curiosidade, Jooheon faltou o trabalho para poder voltar naquele prédio que havia visto Kihyun. Apesar de ter dito que respeitaria a decisão do melhor amigo, ele queria fazer algo.
Dirigiu, pela manhã, até o tal prédio. Parecia não haver ninguém, mas graças ao revestimento de vidro, viu Kihyun estender dois pequenos vasos de flores para o mais alto à sua frente.

Jooheon estacionou o carro ao lado da cafeteria e atravessou a rua com cuidado, ainda hesitante sobre o que faria. Mas ele preferia estar com a consciência limpa à aturar Changkyun triste por mais uma noite antes do casamento. Então, empurrou a porta.

— Estamos fechados — Kihyun disse com um sorriso gentil, porém esse sorriso se desmanchou ao lembrar-se daquele rosto.

— Não é possível que já tem gente querendo vir aqui e... — Minhyuk se interrompeu ao ver Jooheon — você é o cara do bar!

Jooheon rolou os olhos e se aproximou de Kihyun, ignorando por completo a presença de Minhyuk.

— Kihyun, você precisa me ouvir.

— C-Claro. De que precisa?

— Changkyun vai se casar nesse sábado.

— Tão rápido assim? — Hyungwon murmurou.

— Minkyun insistiu que fosse em uma igreja, então vai ser aquela no centro da cidade. Se você ainda ama Changkyun, por favor, faça algo a respeito.

Kihyun molhou os lábios, ainda processando o que o Lee dizia.

— Nada te impede de ficar com Changkyun agora, não é? Vocês três estão aqui, então quer dizer que não estão no bordel e... — o Yoo o interrompeu.

— Jooheon — sua feição estava séria — se acalme primeiro.

— Eu não quero ver meu melhor amigo morando com uma pessoa que ele sequer suporta, Kihyun. Eu quero vê-lo feliz, e ele só é feliz ao seu lado.

"Palavras bonitas", o Chae pensou.

— Prometa que vai pensar — Jooheon segurou ambas mãos de Kihyun, implorando para que o Yoo fizesse algo.

— P-Prometo.

Jooheon respirou fundo antes de dar as costas e, aos pulos, ir até seu carro.

— Que merda foi essa? — Minhyuk indagou.

— Isso foi mais uma pessoa dando sermão em Kihyun além de mim — Hyungwon riu — espero que saiba o que vai fazer, Kihyun.

O Yoo observou Jooheon entrar no carro e misturar-se aos demais veículos no tráfego. Olhou para baixo e, com os olhos marejados, disse:

— Eu vou tentar uma última vez.

Kihyun retirou o avental que usava e o jogou na mesa que estava de frente para Hyungwon, o qual assustou-se com o ato.

— Kihyun, não é melhor você pensar antes de fazer? — Hyungwon gritou, mas já era tarde demais porque o de fios rosados já estava longe da floricultura e cada vez mais perto de Changkyun.

[...]

Kihyun lembrou-se da empresa em que o advogado trabalhava, e correu por ela assim que as portas se abriram. Subiu velozmente a escada rolante até o escritório de Changkyun, parando para respirar apenas quando estava na frente da porta.

Quando estava prestes a bater, a porta foi aberta por um Changkyun descabelado por conta do estresse e com uma planilha em mãos. O Lim se assustou ao ver o menor e travou.

— K-Kihyun, o que faz aqui?

LUST 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora