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Kihyun se perdeu nos orbes de Changkyun. Estavam longe um do outro há um tempo, havia se esquecido da boa sensação que era olhá-lo.

— Você está bem? — Changkyun indagou. Maldito efeito que Kihyun tinha em si. O Yoo assentiu, ainda vidrado em observar Changkyun — o que veio fazer aqui?

— E-Eu... — umedeceu os lábios — eu saí do bordel e vou abrir uma floricultura com os meninos.

— Isso é bom — Changkyun respondeu. Kihyun estava esperando uma comoção maior, não apenas... isso — veio até aqui só pra me contar isso?

— F-Foi.

Changkyun sorriu sem mostrar os dentes e afastou-se de Kihyun. Quando já estava no terceiro passo, ouviu seu nome sair da boca do menor, o chamando.

— Você não gosta mais de mim, Chang? — Kihyun disparou. Aquilo o fez parar de andar e o olhar — não tem mais nada nos impedindo. Eu deixei o bordel, tenho meu dinheiro e não vou ser um fardo pra você. Então apenas me responda, Changkyun — as lágrimas já marcavam o rosto do Yoo, que sequer havia as percebido cair — apenas me responda: você não gosta mais de mim?

Changkyun jogou a planilha no chão. E, junto com a planilha, toda a barreira que havia construído para ficar longe de Kihyun. Para tentar ficar sem pensar no de fios rosados. O advogado andou até Kihyun e segurou as bochechas dele, com ambas mãos, para então juntar seus lábios em um selar demorado.

— Eu nunca deixei de gostar de você — Changkyun sussurrou rente aos lábios de Kihyun. Ainda tinha os olhos fechados, aproveitando o efeito entorpecente do mero pressionar dos lábios do menor — você meio que me deu um tapa na cara depois de me recusar no meu próprio escritório. Então achei que seria melhor assim.

— Não se case, Changkyun — Kihyun pediu, baixinho, para que ninguém escutasse seu desejo egoísta. O Lim segurou Kihyun pela mão e o puxou para dentro do escritório, fechando a porta em seguida.

Changkyun prensou o corpo de Kihyun contra a madeira enquanto o encarava.

— Não vou me casar — Changkyun respondeu, em um sussurro, com os lábios já perto do pescoço branquinho de Kihyun. Depositou um selar ali, seguido de um chupão com gosto, fazendo com que Kihyun apertasse os ombros de Changkyun — não vou te deixar — o advogado então colou os lábios aos de Kihyun outra vez. Um beijo faminto, em que apertava a cintura do menor e sentia seu corpo quente ao ouvir os grunhidos manhosos de Kihyun.

— Não me deixe nunca mais, Chang — Kihyun suplicou. Changkyun o pegou em seu colo e o sentou em sua mesa.

Não se importavam em ter a primeira vez no escritório do advogado, apenas queria matar a saudade de algo que nunca tiveram, do contato que sempre quiseram. Kihyun puxou Changkyun pela gravata e desfez o laço, jogando o tecido escuro para o lado, para que finalmente desabotoasse os botões da blusa social do Lim, sem quebrar o ósculo.

Porém, alguém insistiu em fazê-los quebrar o clima. Pela voz, era a secretária de Changkyun.

— Não acredito nisso — Changkyun riu da própria desgraça — se esconda embaixo da mesa.

Kihyun sentou-se embaixo da mesa como Changkyun havia dito e ele se sentou à sua frente. O de fios rosados deu uma risadinha ao ver o pequeno volume entre as pernas do advogado, que agora falava com sua secretária. Molhou os lábios e deixou um beijinho na ereção de Changkyun, que disfarçou o gemido rouco ao tossir. Kihyun gostou de saber que tinha aquele efeito sobre o Lim. Quando estava prestes a passar a língua pela região, Changkyun mandou a secretária embora, se afastou e puxou Kihyun pela gola da camisa, o fazendo se sentar em seu colo.

— Você é louco — Changkyun disse e riu.

— Chang — Kihyun acariciou o cabelo da nuca do maior — você é só meu agora, não é?

O Lim sorriu e o deu um selinho, assentindo.

— Eu preciso falar com minha família antes — Changkyun tirou a franja de Kihyun dos olhos — vamos abrir um vinho em comemoração depois, tudo bem por você?

Kihyun deitou a cabeça no peitoral de Changkyun, extremamente satisfeito com aquela proposta.

LUST 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora