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desculpa o atraso aaaa

[ 🌹 .*+]

O olhar de Kihyun era feroz. Ele não abaixava a cabeça quando o pai de Changkyun o examinava. E o Lim mais novo estava com medo de qualquer faísca pudesse surgir e um incêndio acontecer entre ambos. O jantar todo foi silêncio puro, apenas o tilintar dos talheres os faziam companhia.

Foi só quando todos terminaram a refeição que o pai de Changkyun limpou a garganta e iniciou o diálogo:

— Yoo Kihyun, certo?

— Certo. Lim Seokmin, ou estou enganado?

"O garoto sabe brincar", pensou o pai de Changkyun.

— Há quanto tempo conhece meu filho?

— Bons meses.

— O que o levou a abrir uma floricultura? Você me parece ser inteligente.

— Está dizendo que pessoas que cuidam de floriculturas são burras?

O senhor Lim se engasgou com as palavras, para depois cair na gargalhada. "Esse garoto é alguma coisa", pensou.

— Muito pelo contrário, Kihyun — decidiu mudar o rumo da conversa — como tem passado sua família?

Changkyun soube que aquele pergunta doeu no menor. Então estendeu a canhota e acariciou a perna de Kihyun, que havia engolido em seco.

— Estão em Haeundae. Faz tempo que não nos vemos. Mas acho que estão bem — sorriu.

— Quer sobremesa? — foi a primeira vez que a senhora Lim se pronunciou, claramente animada.

— Ah, não, obrigado. Eu estou cheio — Kihyun recusou educadamente. Changkyun se aproximou do ouvido do de fios rosados e sussurrou:

— Se ele riu ou parou de fazer perguntas, é porque você passou no teste sem noção dele.

Kihyun sorriu sem mostrar os dentes e ruborizou quando o advogado o deu um beijo na bochecha.

— Nós vamos passar a noite fora — Changkyun anunciou ao se levantar. Os olhos de Kihyun dobraram de tamanho, ele não sabia daquilo. Mas claro que não saberia, Changkyun havia tomado a decisão de última hora — não nos esperem acordados.

Changkyun entrelaçou sua mão à de Kihyun e o guiou Kihyun pela mansão. Antes de entrar no carro, mandou uma mensagem para o melhor amigo, dizendo que já estava a caminho e perguntou se estava tudo pronto. Ao receber uma resposta positiva, sorriu.

— Está sorrindo tanto por que? — Kihyun perguntou quando Changkyun se sentou no banco do motorista.

— Você vai ganhar uma surpresa hoje — e beijou-lhe a pontinha do nariz — nossa comemoração.

[...]

— Qual a graça de tampar meus olhos sendo que vou ver tudo de qualquer forma? — Kihyun resmungou. Changkyun desamarrou a gravata que havia usado como venda improvisada e a jogou no chão.

Os dois estavam em um hotel luxuoso, dava para perceber isso só pelo quarto: a cama de casal era enorme, e se brincar, cabiam mais que quatro pessoas nela. Não tão longe da cama, à direita, havia um sofá camurça, se assemelhava-se à um divã. No banheiro, havia apenas uma banheira, porém tão larga quanto a cama.

— E claro que não pode faltar isso — foi essa fala de Changkyun que fez Kihyun virar para ele e surpreender-se com o buquê de rosas vermelhas em sua canhota, e uma pequena caixinha da cor bordô em sua destra.

— Você se lembra — Kihyun sussurrou, sentindo a visão embaçar.

Depois de um mês de convivência no bordel, Changkyun perguntou como Kihyun gostaria de ter tido sua primeira vez e o de fios rosados contou, no mínimo dos detalhes, desde a cor da rosa vermelha que receberia até a larga cama de casal em um hotel de luxo.

— Não tem como esquecer. Você me contou com tanto brilho nos olhos — Changkyun entregou o buquê para Kihyun e o selou. Um pressionar simples, demorado e carinhoso, em que o Lim sentiu o gosto salgado das lágrimas de Kihyun. Em seguida, abriu a caixinha, com um sorriso terno nos lábios finos — passe as noites de chuva comigo, Yoo Kihyun. Durma na mesma cama que eu, vista meu sobretudo quando sentir frio, use minhas roupas depois de uma longa noite de sexo, me deixe ser seu porto seguro e ouvinte de suas histórias. Case-se comigo, Yoo Kihyun.

LUST 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora