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— Você não quer mudar ou está com medo de mudar, Kihyun?

"Um pouco dos dois", foi o que Kihyun pensou.

Era incrível como o cheiro de Changkyun continuava no quarto mesmo depois de as empregadas o limpar. Kihyun estava encolhido na poltrona, fitando o chão.
Ainda lembra-se do primeiro dia que viu Changkyun, e de como se apaixonou.

"Dois meses atrás.

— Você tem um cliente novo, Kihyun — o Chae disse ao estender o Hurricane.

— Fiquei sabendo. Ele escolheu o quarto mais espaçoso do bordel.

— Como será que ele é? — Hyungwon murmurou enquanto enchia um copo de água para si.

— Deve ser idiota por querer apenas o Kihyun — Minhyuk alfinetou ao passar pelos dois. Kihyun teve vontade de quebrar o copo na cabeça do Lee, mas conteve seu instinto assassino.

— Não dê ouvidos a Minhyuk, sabe que ele faz isso porque gosta de te irritar — Hyungwon tentou tranquilizar o amigo.

Kihyun bufou e bebeu o último gole do álcool.

— Quando ele chegar perguntando por mim, diga que já estou no quarto — o Yoo disse ao levantar-se e caminhou até o segundo andar. Já havia entrado no quarto escolhido por seu novo cliente algumas vezes quando queria dormir sem que ninguém o incomodasse. Como sempre foi o favorito do dono do bordel, Jaesuk, ninguém chegava perto daquele cômodo.

Kihyun gostou bastante da poltrona, a achou confortável até. Pelo visto, ter convencido Jaesuk a trocar os móveis deu algum resultado. Olhou pela janela e suspirou. Como será que seria esse tal Changkyun?

Alguém abriu a porta, e dela surgiu um rapaz moreno, de fios escuros e um semblante um tanto quanto sério. Ele deixou o sobretudo na cama e sentou-se ao lado do tecido grosso. "Então ele é o tipo de cara silencioso?", Kihyun pensou.

Levantou-se, indo de encontro ao maior, e ficou de frente para ele. Quando Changkyun ergueu o olhar, foi como se revirasse Kihyun do avesso, o deixou completamente nu e indefeso com apenas uma olhadela.

— De que você gosta? — o de fios rosados indagou.

— De conversar."

Dois toques à porta e ela foi aberta: era o Chae.

— Seungyeon está te esperando, Kihyun.

O Yoo deu um suspiro pesado e assentiu.

— Já vou.

A verdade é que Kihyun não queria se levantar daquela poltrona. Por mais que aquele não fosse o horário do Lim, tinha a vasta esperança de que a qualquer momento o moreno podia abrir a porta.
Um coração partido se apega às mínimas possibilidades.

LUST 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora