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Assim que Kihyun desceu as escadas, todos os olhares voltaram-se para ele, inclusive o de Changkyun. Estava completamente trajado de preto, a calça rasgada realçava o peso de suas coxas fartas.

— Tomem cuidado — Hyungwon disse assim que Kihyun aproximou-se deles.

— Não iremos fazer nada de mais — Kihyun disse e olhou para Changkyun — vamos?

Changkyun assentiu e despediu-se de Hyungwon com um sorriso.
O Lim guiou Kihyun até seu carro, que estava estacionado do outro lado da calçada. Abriu a porta para o de fios rosados, que envergonharia-se caso tivesse tido tempo, pois no lugar disso só sorria para Changkyun.

Changkyun dirigia com tranquilidade, cauteloso e olhava de vez em quando para Kihyun, que estava maravilhado com a quantidade de luzes na cidade.

— Você não sai do bordel com frequência?

— Eu saía até mês retrasado. Comecei a ficar com preguiça dos homens que me chamavam pra sair. De vez em quando eu saía com Hyungwon e íamos beber.

Changkyun murmurou um "ah" e devotou sua total atenção ao trânsito, que começava a ficar mais intenso à medida que se aproximavam da casa.
Passados dez minutos, o Lim estacionou o veículo na garagem e podiam ouvir a música alta. A ideia de dar a festa foi de Jooheon, tanto para comemorar as ações da empresa quanto para descontrair.

— É enorme — Kihyun murmurou quando fechou a porta do carro.

Changkyun sorriu e chamou-o para perto com um aceno singelo. Kihyun andou rente ao corpo de Changkyun, um certo formigamento preenchia seu corpo.

— Pensei que não voltasse hoje! — Jooheon exclamou ao vê-lo passar pelo hall — então essse é o Kihyun? — estendeu a mão para o de fios rosados, que a aceitou. Jooheon beijou a mão de Kihyun, e ambos deduziram que o Lee já estava um pouco alterado — sou Jooheon, melhor amigo desse demônio aí.

Kihyun riu.

— Aproveitem a festa, garotos — Jooheon disse ao pegar um drinque da bandeja do garçom que passara ao seu lado e aproximou-se de um de seus círculos de amigos.

— Quer beber algo? — Changkyun perguntou.

— Estou bem, não precisa.

O Lim percebeu a inquietude de Kihyun e, pelo pulso, guiou-o carinhosamente até os jardins. Haviam dois bancos de madeira escura dispostos próximo da piscina. Kihyun sentou-se quando Changkyun indicou para fazê-lo.

— Sei que você é meu terapeuta nas horas vagas — Changkyun começou — mas acho que é minha vez de ser o seu — suspirou, arrancando uma risada descrente de Kihyun — o que houve?

Kihyun fitou a água da piscina, cristalina e iluminada pelos pequenos holofotes dispostos em seu interior e respirou fundo antes de dizer:

— Eu estou muito perto de você — Changkyun arqueou uma das sobrancelhas — e não posso te beijar porque estamos fazendo de conta que nada aconteceu.

LUST 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora