Capítulo 8

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Olívia

Não sei o porquê da adrenalina estar tomando conta do meu corpo, minhas mãos estão tremendo e meu coração bate como um tambor. Calma, Olívia. Você não deve nada a ninguém, Agnelo é um idiota que só quer seu corpinho. Falo para mim mesma na falha intenção de me tranquilizar.

"Eu já tive o imenso prazer de conhecer essa senhorita." Agnelo fala com um sorriso sarcástico no rosto. "Quero apresentar a vocês também, minha companheira, Stefany Andrade." Meu coração começa a bater mais rápido do que antes e um nó começa a se formar em minha garganta.

"Que honra, meu amigo! Desejo felicidades ao casal." Doutor Salvatore exclama sorrindo com seu rosto simpático.

Casal? Agnelo tem alguém?

"Boa tarde, como estão?" A mulher de curvas generosas e cabelos loiros fala sorrindo.

"Boa tarde. Bem, e você, como vai?" Retribuo minha simpatia quando olho de soslaio para Agnelo ele me olha com censura.

"Estou ótima." Ela diz e eu sorrio.

"Com licença, vamos nos sentar em nossa mesa." Agnelo diz e aperta a mão do Doutor. Em seguida caminha até mim e me dá um beijo demorado na bochecha, sinto meu corpo todo abalar por conta desse simples gesto.

"Bom almoço para vocês." Salvatore acena sorrindo. "Você gostaria de pedir a sobremesa?" Ele pergunta para mim.

"Claro, peça o que quiser, preciso ir ao toalete, com licença." Não espero respostas e caminho rapidamente em direção a plaquinha que informa o local.

Sinto meu rosto queimar e meu sangue ferver, acho que estou passando mal. Tem um nó na minha garganta e a dificuldade em respirar é muita considerando as batidas violentas do meu pobre coração. Merda, Agnelo tem alguém? Como ele pôde? Tenho uma vontade enorme de chorar e gritar, porque está doendo? É tão ruim, droga isso é muito ruim.

Quando entro no banheiro, lavo meu rosto e sem querer algumas lágrimas caem, é sempre assim, eu seguro ao máximo pois sei que se eu deixar a primeira rolar, não conseguirei mais controlar. Com tudo isso chego a infeliz conclusão de que eu estou com ciúmes, e descubro da pior forma que eu estou apaixonada por Agnelo. Talvez eu já soubesse disso quando depois da primeira transa eu não conseguia mais pensar em nada além dele. Quando meu estômago contrai parecendo ter milhares de borboletas, meu coração que vira um tambor dentro do peito apenas sem ouvir esse nome.

Tento me recompor e voltar a agir normalmente, limpo minhas lágrimas e saio do banheiro respirando fundo. Quando estou prestes a fechar a porta, alguém me puxa e me coloca contra a parede.

"O que significa isso?!" Agnelo exclama em tom baixo segurando forte em meus braços.

"Me solta, você está me machucando!" Peço com lágrimas nos olhos mas ele não solta.

"Porra! É com ele que seu pai quer que você se case." Ele fala furioso.

"Sim." Respondo.

"Não foi uma pergunta, disso eu já sei porque eu já estou entrando com providências no seu caso. Porém do que adianta eu tentar me dobrar para te ajudar, quando você chorou em meus braços implorando para não se casar e em seguida te vejo em um encontro apaixonado com o tal!" Sua voz é dura e me magoa.

"Você ficou uma semana sem falar nada comigo, você não entrou em contato para dizer nada! Eu achei que você nem iria mais me ajudar, então resolvi agir por conta própria." Explico e tento me soltar de seu agarro forte.

"Agir por conta própria dando para ele? Assim como fez comigo?" Suas palavras soam como uma facada em meu peito. Doeu Agnelo.

"Me solta agora, se não eu vou gritar, me solta!" Peço controlando meu tom de voz e fazendo um esforço imenso para não chorar.

AGNELO (Bônus De Julian - Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora